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  • O sal e os banhos de descarrego
    Iniciado por F.Leite
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     Quando alguém pede ajuda e descreve indícios de que tem problemas causados pela presença de entidades, o tratamento normalmente recomendado são copos com água e sal e banhos de descarrego.

     Eu nada tenho contra esse tipo de tratamento, nem estou aqui para criticar as opções de cada um. Acho contudo, que o conhecimento sobre a forma como estes ingredientes de tratamento funcionam, deve ser do conhecimento de todos os que a eles recorrem. Assim como acho que todos devem saber como devem ser feitos corretamente.

     Estes tratamentos resultam com alguns e com outros não, embora todos os façam exactamente da mesma maneira. Somente difere a "quantidade de fé" que cada um põe no tratamento e as médias comprovam que quem mais fé põe nos resultados que quer conseguir, melhores resultados consegue obter. É o mesmo que dizer que quem o faz para se curar, cura-se, mas quem o faz para tentar a cura, fica na mesma.

     Não fiquem a pensar que eu estou a dizer que o sal e os banhos e até o defumadouro não servem de nada, pelo contrário, são muito importantes, mas não para curar ninguém nem para enxotar espíritos. Servem sim para pôr em funcionamento o nosso sistema de proteção individual contra "coisas esquisitas".

     Nós temos esse sistema de proteção integrado na nossa mente, mas desde cedo somos habituados a fazer seja o que for sempre a troco de alguma coisa. Habituamos o nosso cérebro a trabalhar por contrapartidas e é assim que ele fica a trabalhar para toda a vida. Para que o corpo e a mente nos "ajudem" a fazer alguma coisa temos que ter um objetivo em mente e temos que dar o primeiro passo nesse sentido. Depois desse primeiro passo surge o ânimo e as coisas começam-se a fazer mais ou menos como o previsto ou desejado. Quem corre por gosto não cansa porque tem o corpo e a mente a ajudar.

     Não é o copo com água e sal que espanta os espíritos, mas sim a intenção (desejo mental) de os espantar e a acção de colocar o copo (inicio do processo físico). A proteção será erguida na exata medida em que a pessoa se acredita no resultado, pois a nossa mente nós não conseguimos enganar. Se não pomos fé no resultado nenhum resultado iremos conseguir, pois a mente não vai fazer algo em que em consciência não nos acreditamos.

     Se fosse o sal em si mesmo que tivesse a capacidade de espantar espíritos, então na cozinha de nossa casa o ambiente estaria sempre limpo e quem trabalha com produtos salgados não sofreria dessas afrontas. Pode ser também que os espíritos se afastem do sal, por causa das tensões altas e receiem ter ataques cardíacos.

     Tudo o que fazemos, só sai bem feito, quando o fazemos com a certeza que o vamos fazer bem, seja pela prática anterior, seja pela força de vontade. Fazer só por fazer só dá obra medíocre.

     Quando puserem água e sal para se libertarem de energias façam-no com a certeza "absoluta" de que vai resultar e tenham consciência de que o estão a fazer para ativarem o vosso sistema de proteção contra essas energias. Se a vossa mente souber que é para isso, é isso que vai fazer por vós e tereis a oportunidade de verificar as resultados favoráveis. Digam de forma a ouvirem-se: "estou a colocar este copo com água e sal para que eu crie em mim mesmo a proteção necessária contra (dizer o motivo).

     Esta acção deve ser feita não como quem põe água ao gato, mas sim revestido de um mínimo de solenidade, por forma a manter o subconsciente alerta e atento ao que se deseja. É exatamente como ir à "bruxa", pois é o ambiente que influência o nosso subconsciente, por vezes mais que as palavras que ouvimos serem ditas.

     Se for um banho de limpeza, deve ser feito de uma forma diferente do banho normal. Ponha uma vela na casa de banho (da cor que mais lhe agradar ou pelo significado que determinada cor tem para si) e mostre a si mesmo/a que é um momento importante na sua vida o tempo e os motivos desse banho. Diga a si mesmo/a as melhoras que quer sentir e imagine-se a já beneficiar delas enquanto a água de plantas escorre pelo seu corpo e não tenha receio se está a fazer bem ou mal o seu banho, pois o que é preciso é fazê-lo. Não é uma quebra no ritual que vai estragar coisa alguma ou impedir resultados.

     Nunca caia na asneira de citar nomes, seja de pessoas vivas ou mortas durante estes rituais. Pode julgar que é a energia de fulano que a anda a prejudicar e pedir proteção contra ele, mas imagine que está errado/a e que não é? A sua mente vai-se proteger contra um inocente e deixar os culpados continuarem a interferir na sua vida. Fale somente em proteção contra energias e ou pensamentos alheios e a sua mente generalizará e a proteção será global e mais profícua.

     Outra coisa importante é não banalizar estas ações e andar a pô-las em prática por dá cá aquela palha. Faça-as com moderação. A nossa mente tem o defeito de criar vícios e se o fizerem amiúde chega a um ponto em que só protegem se o banho for feito ou o sal for posto. Mentalize-se antes que a proteção é para estar sempre ativa de dia e de noite.

     Tenham em atenção que banhos e sal não servem para mudar comportamentos alheios. São uma forma de ter proteção interna contra o que vem de fora e nos é dirigido. Sejam conscientes no motivo porque os usam como tratamento. Cuidar da nossa vida exige respeito por nós mesmos e nada como estar informado para saber como agimos e porque agimos de determinada maneira.

     A felicidade e o bem estar não se compram, constroem-se à custa do esforço, da perseverança, de bons ideais, do conhecimento e de um pouco (ou talvez de muita) sorte à mistura. É impossível é obter a felicidade sem percorrer o caminho onde existem as condições para a alcançar. Ficar sentado e nada fazer é simplesmente perder tempo.

Arcandi
Bom dia F. Leite. Ao ler o que escreveu fez-me lembrar a questão da auto-cura. A capacidade do corpo se regenerar quando a mente se foca nessa direcção. Tal como a cura, a protecção passa pelo mesmo, o foco. A intenção tem um grande peso pois a mente encontra-se focada naquele "ritual", naquele momento, naquele objectivo, e aí as coisas de facto funcionam. O nosso cérebro é capaz das coisas mais incríveis! :)

Cá está um tópico para ler com atenção. Muita atenção!

Citação de: F.Leite em 28 outubro, 2017, 10:53
         Estes tratamentos resultam com alguns e com outros não, embora todos os façam exactamente da mesma maneira. Somente difere a "quantidade de fé" que cada um põe no tratamento e as médias comprovam que quem mais fé põe nos resultados que quer conseguir, melhores resultados consegue obter. É o mesmo que dizer que quem o faz para se curar, cura-se, mas quem o faz para tentar a cura, fica na mesma.
(...)
    Não é o copo com água e sal que espanta os espíritos, mas sim a intenção (desejo mental) de os espantar e a acção de colocar o copo (inicio do processo físico). A proteção será erguida na exata medida em que a pessoa se acredita no resultado, pois a nossa mente nós não conseguimos enganar. Se não pomos fé no resultado nenhum resultado iremos conseguir, pois a mente não vai fazer algo em que em consciência não nos acreditamos.
Concordo a 200%.

Citação de: F.Leite em 28 outubro, 2017, 10:53
    Se fosse o sal em si mesmo que tivesse a capacidade de espantar espíritos, então na cozinha de nossa casa o ambiente estaria sempre limpo e quem trabalha com produtos salgados não sofreria dessas afrontas. Pode ser também que os espíritos se afastem do sal, por causa das tensões altas e receiem ter ataques cardíacos.
E se isto não vos convencer, pensem nas pessoas que moram perto do mar ou em ilhas.  Rodeadas de água com sal, nunca, jamais!, seriam importunadas.
E no entanto, isso não é assim, não é?


Tirem uns momentos para reflectir no que é que isto realmente significa. Poderão chegar a conclusões surpreendentes.
Obrigado F.Leite.

Citação de: Arcandi em 28 outubro, 2017, 11:11
A intenção tem um grande peso pois a mente encontra-se focada naquele "ritual", naquele momento, naquele objectivo, e aí as coisas de facto funcionam. O nosso cérebro é capaz das coisas mais incríveis! :)
Eu compreendo o que queres dizer com isto, mas penso que parte do "problema" reside naquilo que pensamos e nas palavras que escolhemos para falar destas coisas. Neste caso em particular, o problema é as pessoas terem-se convencido que fazer certas coisas são acções incríveis, logo impossíveis de alcançar para a maioria - são actos possíveis só para uns poucos, os que têm "dons".

As coisas dão trabalho, exigem esforço e dedicação para se conseguir mudar os hábitos e crenças. Mas todas as pessoas podem fazê-lo, caso tenham vontade de o fazer.

Pena é que tantas pessoas escolham o papel de vítima e ponham a responsabilidade do que lhes acontece em cima de outros, vivos ou mortos.

Que haja alturas em que o cansaço da vida nos faça ter menos disponibilidade psicológica para lutar e precisemos de ajuda, é uma coisa. Que nunca tenhamos essa disponibilidade é que já é revelador de outras coisas.
"Cedo ou tarde você vai perceber, como eu, que há uma diferença entre conhecer o caminho e percorrer o caminho". 
(Morpheus, The Matrix)

Quais as ervas mais adequadas? Passa-se o corpo por água depois do descarrego, ou deixa-se secar naturalmente?

Citação de: arteycuerpo em 28 outubro, 2017, 18:18
Quais as ervas mais adequadas? Passa-se o corpo por água depois do descarrego, ou deixa-se secar naturalmente?

     Quando eu necessitava dos banhos para estimular a protecção mental, usava essência de Alfazema na água do banho. Depois limpava-me normalmente e de seguida dedicava alguns minutos a re-visualizar mentalmente o propósito do banho.

Não tinha ideia que pudesse ser tão simples. Realmente parece-me mais agradável e relaxante do que aqueles banhos de descarrego à venda nas lojas.
Tenho de experimentar. Obrigada 😃