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  • Cérebro "versus" alma: parte III- O prazer
    Iniciado por F.Leite
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   Se não cometêssemos "o pecado" do prazer jamais conseguiríamos viver. Seria o arrastar de uma vivencia triste e sem interesse ao longo dos dias.

    O simples facto de se sentir prazer em algo incentiva-nos a procurar meios de conseguir alcançar esse prazer. Tudo aquilo que de alguma forma nos satisfaz proporciona-nos momentos de prazer, sejam prazeres físicos, sejam emocionais. Os prazeres físicos estimulam o sexo sendo que a busca desse prazer é o responsável pela proliferação da espécie. Ninguém partiria para o truca-truca se não fossem os momentos de prazer que o orgasmo proporciona.

    Mas os prazeres físicos também são os responsáveis pela vida em sociedade e predispõem o individuo a procurar companhia. É algo tão importante para o cérebro, que um individuo que deixa de sentir prazer nas pequenas coisas acaba por contrair doenças mentais de vária índole, entre os quais o stresse  e a depressão. Por isso sentimos prazer em comer, em apreciar a natureza, em ser elogiados, etc, e é a necessidade de sentir esses momentos de prazer que nos levam a exercitar a inteligência para os obter.

    Trabalhamos para ter forma de adquirir tanto o que necessitamos como o que nos dá prazer, porque é esse mesmo prazer que nos instiga a trabalhar, mas somente quando esse mesmo prazer só pode ser adquirido com dinheiro ou quando o trabalho em si mesmo nos dá prazer.

    Quando o cérebro experimenta algo que lhe dá prazer, guarda essa memória e buscará forma de incentivar a consciência a procurar de novo esse prazer. Torna-se uma busca instintiva que se manifesta quando em presença do sujeito (pessoa, atitude, objecto ou alimento) que nos dá prazer. Falamos e recordamos das coisas que nos dão prazer porque o nosso cérebro se encarrega de não nos deixar esquece-las, por causa da importância que elas têm para o usufruto de uma vida mental saudável.

    O problema é que o que dá prazer a uns pode ser visto pelos restantes como algo errado e criticável. Refiro-me ao prazer que alguns indivíduos sentem em praticar atos que causam danos físicos e morais na vida dos outros, inclusive terem prazer em torturar ou matar terceiros. São efeitos secundários provocados por sinapses entre neurónios que inibem o individuo de ter compaixão pelos outros. São por isso rotulados de deficientes mentais.

    Quando temos algo que fazer, pomos em ação o córtex pré-frontal do cérebro. É ai que são memorizados os objetivos e a forma que planeamos para os alcançar. No entanto, o corpo estriado do cérebro estimula o individuo a fazer o que faz por hábito ou por costume. Mas depois temos uma zona do cérebro que tudo faz para convencer o córtex pré-frontal a levar o corpo a executar o que dá mais prazer ao corpo. É uma zona cerebral denominada accumbens.

    É esta zona, mais interessada no prazer, que faz com que ponhamos de parte muitas tarefas importantes e procuremos a diversão e do prazer, pois para esta zona tudo o que dá trabalho é para esquecer. Se não houver um estimulo forte no córtex pré-frontal, ele será convencido pelo hábito e pelo prazer a permanecer na rotina e a adiar o trabalho.

    Isto não são ideias minhas, mas baseadas em estudos de neurologistas famosos.

    Valia a pena que as pessoas meditassem bem nestas coisas para aprenderem a contrariar a forma instintiva como o cérebro funciona. Nunca se viu tanta depressão e stress como agora, porque as pessoas não aprendem a evitar as situações que conduzem a estes estados da mente.