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  • Água de ~rabo~ lavado
    Iniciado por Pimenta
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Alguém tem a receita e os procedimentos???

Talvez esta receita, extraída de : O canto da Terra

Pediatria - Primeiro banho
Quando se lava uma criança pela primeira vez, dá-se-lhe água do banho a beber:

Auguinha de ~rabo~ lavado,
Para a menina ir ao recado.

Auguinha do teu ~rabo~,
Que te não de faz mal nenhum.

Quem quiser que o menino cresça,
Lave dos pés p'ra a cabeça.

As boas águas te lavem,
E as boas fadas te fadem.

Auguinha a correr,
E o meu menino a crescer!

Auguinha a lavar,
E o meu menino a medrar!

Cada lavadura,
Cada formosura.

#2
E a outra água !!!! Aquela que damos a pessoa amada a Beber.

Citação de: oculto em 13 setembro, 2017, 21:24
Talvez esta receita, extraída de : O canto da Terra

Pediatria - Primeiro banho
Quando se lava uma criança pela primeira vez, dá-se-lhe água do banho a beber:

Auguinha de ~rabo~ lavado,
Para a menina ir ao recado.

Auguinha do teu ~rabo~,
Que te não de faz mal nenhum.

Quem quiser que o menino cresça,
Lave dos pés p'ra a cabeça.

As boas águas te lavem,
E as boas fadas te fadem.

Auguinha a correr,
E o meu menino a crescer!

Auguinha a lavar,
E o meu menino a medrar!

Cada lavadura,
Cada formosura.


Boa!!! :) :)

     Já ouvi dizer que quem faz o preparado tem primeiro que beber a agua de lavar o ~rabo~ e ao outro é que dá a agua do ~rabo~ lavado.

     Nada como experimentar. Deve ser daquelas coisas que primeiro estranha-se mas depois entranha-se.

Afinal qual é o jeito correto?

O jeito correcto é:

1- Para uma higiene perfeita, lave o "dito cujo" diariamente ou sempre que a necessidade assim obrigue
2- Secar bem sequinho.
3- Não utilizar pó-de-talco.  Está agora comprovado que pode causar transtornos graves.
4- Lavar e desinfectar o banheiro para futuras utilizações.

#7
     A expressão correta é; "parece que bebeu água de  c ú  lavado" e não tem nada a ver com magias ou afins. Era utilizada para definir um individuo que fazia as vontades todas a outra pessoa.

    É como aquela outra em que se diz: "até parece que já me viste o  c ú  ", para avisar que o individuo em questão está a abusar da confiança ou a exceder-se em intimidades.

    Acho que fica esclarecido. Mas parece que pretende fazer uma magia a alguém para a prender a si. Porquê? Acha-se assim tão má pessoa que se não for por métodos baixos e traiçoeiros não consegue ter ninguém?

    Porque não procura antes tornar-se uma pessoa em quem os outros possam confiar e desejar para companhia? Não seria bem mais honesto e digno da sua parte?

    Igualmente medíocre será quem o ensinar a fazer o que você pretende e olhe que com a sua idade já devia ter uma maneira de pensar bem mais consciente, pois o que pretende fazer é crime contra a liberdade de terceiros.

#8
Kkkkkk vc está certissimo!!!! Mais não pretendo fazer magia não, era só curiosidade mesmo. Obrigada pelo esclarecimento.

E.... como é só curiosidade, aqui vai:

[b As Bruxas e a Água do ~rabo~ Lavado


Publicado em 07-11-2016
Inserido no mês internacional das bibliotecas e aproveitando a coincidência do Dia do Halloween (31 de outubro) convidámos a escritora/professora Maria Eva Machado, de Guimarães, para vir à EB da Costa e da Ribeira (Roriz) apresentar este sugestivo livro.



Num trabalho interdisciplinar (Professores Titulares de Turma, de Expressão Plástica e de Inglês) dedicámos metade do dia em cada escola para desenvolvermos a temática da literatura de tradição oral, para além de outros trabalhos relacionados com o referido Halloween. O livro "As Bruxas e a Água do ~rabo~ Lavado" assenta numa tradição oral, que são pertença do povo, de todos os povos, que os vão recriando e adaptando aos lugares e ao tempo e recupera a crença popular na magia de certas águas e no poder misterioso das bruxas, que vão sofrendo diferentes nomes, no dizer da autora, em diferentes localidades, tais como mulheres sábias, curandeiras, videntes, sibilas, xaras, arreganhadentes...



EB da Costa (Roriz)

Esta história decorre na Rua de S. Dâmaso (Guimarães), onde viviam tês bruxas que, além de outros poderes, conheciam uma poção mágica fortíssima, feita com água do ~rabo~ lavado, capaz de provocar uma grande paixão a quem a ingerisse. À temática destas águas sempre foram atribuídos poderes mágicos e de mau-olhado, visando tirar ou dar saúde física ou psicológica a terceiros.

EB da Ribeira (Roriz)

Segundo pesquisa da escritora as expressões seguintes eram modos de explicação de males estranhos ou de invocações, tendo em vista a realização de desejos ou amores apaixonados:

" Ó homem, tens de ir ver o que se passa contigo, porque até parece que te deram a beber água de ~rabo~ lavado".

"Bebe água do ~rabo~ lavado que te livra do mau-olhado".

"Bebe água do ~rabo~ lavado e verás que o teu desejo será realizado".

"Com água do ~rabo~ lavado qualquer homem/mulher fica apaixonado".

Embora a grande maioria das crianças nasça nos hospitais ainda há muitas aldeias onde o seu nascimento ocorra em casa e seja um momento cheio de mistério e magia, comportando uma sucessão de gestos e rituais muito antigos, que se acredita serem benéficos para o futuro da criança. Estas práticas iniciam-se logo após o parto, destacando-se a importância do primeiro banho e da água utilizada – água do ~rabo~ lavado.

Continuando com a pesquisa de Eva Machado esta água tem um efeito profético, segundo a crença popular. É por isso que, logo após o banho, não pode ser despejada de qualquer maneira. No dizer do povo, o destino da criança é traçado pelo percurso da água enquanto se escoa. A água com que se lava, pela primeira vez, um rapaz deve ser deitada fora de casa, na rua ou no quintal. Já a água do primeiro banho de uma rapariga deve ser despejada dentro de casa, pelo soalho ou numa loja. Dizia-se, então, que a felicidade da mulher está em casa e a do homem fora de casa.

Um dos maiores terrores do povo, quando uma criança vinha ao mundo, era que a fala lhe tardasse. A crença nesta água mágica determinava que, nos primeiros dias de vida, as crianças deveriam beber água do ~rabo~ lavado, afastando-se assim a possibilidade de ficarem mudas ou de começar a falar muito tarde. E, ao mesmo tempo que se dava a água a beber, repetia-se: "aguinha do ~rabo~ lavado para falar cedo e declarado".

Finalmente, referir que, pela qualidade do livro, da temática e da empatia da escritora, os alunos sentiram-se muito felizes e foram muito participativos.

Narciso Machado

(31/10/2016)
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Fonte:agsmartinho

Obrigada pelas informações.