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  • Nem sempre é mediúnidade
    Iniciado por F.Leite
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     Será que sentir-me mal ao lado de alguém é sinal de que essa pessoa está carregada de energias negativas?  

    Será que é a minha sensibilidade que sente essas energias ditas negativas?

    Será que se pode generalizar dizendo que é mediúnidade em todos os casos em que essa sensação acontece?

    Perguntas polémicas mas que merecem resposta já que são situações que mais tarde ou mais cedo todos experimentam. Quanto mais não seja, serve para me caírem em cima e aliviarem o stress. Junta-se assim o útil ao agradável e vocês não perdem o vosso tempo.

     É observando, estudando  e lendo o que outros pensam sobre o assunto que se vão encontrando pistas. Uma das conclusões de alguns estudos é que apresentamos um tipo definido e igual para todos, na chamada resposta corporal. Na forma de cumprimentar, no motivo porque franzimos o sobrolho, no tom de voz com que falamos, no cruzar e descruzar das pernas durante uma conversa, nos gestos que fazemos com as mãos e muitos mais sinais que são respostas inconscientes da nossa mente.

    Dizem os especialistas na matéria, que é possível ter uma ideia da personalidade de um individuo e dos  seus defeitos e feitios, só pela observação das feições e dos olhos e dessas respostas físicas. Elas são uma característica comum a todos os seres humanos. Podemos com a prática evitar de os fazer, mas é quase impossível evitar algum deles.

    Se são uma característica comum e se são atos involuntários, então são atitudes tomadas pelo subconsciente, já que é ele que tem a mania de fazer e de nos "obrigar" a fazer o que ele entende que deve ser feito. Quer isso dizer que existe no nosso intimo a capacidade de detetar as características daqueles que connosco comunicam na forma presencial. Em consciência podemos não nos aperceber porque nunca nos demos ao incómodo de reparar nesses pormenores, mas se praticássemos conseguiríamos fazê-lo.

    Acontece é que quando encontramos alguém pela primeira vez, ao mesmo tempo que olhamos para a figura que ele tem, o nosso subconsciente olha para a figura que ele faz e isto como medida de proteção e dessa forma deteta esses pormenores. Tudo o que o nosso subconsciente deteta, transmite à consciência e é nessa transmissão de dados que se instala a confusão.

    O arrepio frio, a aparente perda de energia, o mal estar que se instala, são muitas vezes a forma de aviso que o corpo recebe já que a consciência no seu estado normal não ouve o subconsciente. Por esse motivo nos avisa por sensações quando acordados e por símbolos quando dormimos. Ele adota uma linguagem universal, não deixa é de nos tentar avisar sobre se achou ou não boa pessoa (de acordo com as tabelas formadas pela consciência de cada um), aquele que nos aparece pela frente.

    Se essa primeira  impressão não for alterada pelo convívio nesse primeiro encontro, manter-se-à em encontros posteriores, até que algo aconteça que nos mude a forma de ver esse individuo.

    Outras vezes acontece porque o subconsciente deteta nesse individuo traços de sintonia negativos. São pormenores enraizados em nós mesmos que estamos a tentar mudar por os saber errados. O subconsciente tenta com essas sensações afastar-nos desse individuo, assim como quem está a tentar deixar de fumar evita estar junto de quem fuma.

    Eu tinha dificuldade em frequentar centros comerciais ou lugares onde se concentrava muita gente. Sentia o mal estar que muita gente também sente nesses locais. Procurei por auto-sugestão ultrapassar essa situação e aconteceu um dia o relaxamento levar-me a ver pessoas que não vejo há muitos anos porque nunca gostei de conviver com elas. Depois de "acordar" dessa sessão fiquei a meditar do porquê do meu subconsciente me mostrar essa imagem e demorou, mas uns dias depois fez-se luz. Locais com muita gente são locais possíveis de os encontrar. Como eu tinha prometido a mim mesmo que nunca mais iria falar com eles, fazer-me sentir mal era a forma do meu subconsciente me afastar desses locais em que era possível acontecer um encontro com algum deles.

    Fui à Feira de S. Mateus, andei no meio da multidão e até gostei.

PS: Não pretendo generalizar, simplesmente esclarecer.

Todos nós temos um subconsciente, independentemente de ser medium ou não. E esse subconsciente, pelo que venho a perceber controla nos, de certa forma, através das experiências e das associações que faz.

Um exemplo (aff vamos às minhas experiencias): sempre detestei locais movimentados, andar na rua sempre de cabeça baixa, sempre com auscultadores e isso porquê? 

Porque simplesmente ao longo da minha ainda curta experiência por estes lados,  fui inferiorizada, excluída,  posta de parte. Uma bela experiência para os inícios.

Como defesa, o subconsciente ensinou me a me esconder. A ouvir música para não ouvir o que diziam a minha volta. A olhar para o chão enquanto ando para não ver se alguém olhava para mim para julgar, criticar.

Sentia me desconfortável a falar com as pessoas. A primeira coisa que ouvia para começo de conversa era: "porque não olhas para mim quando falas? ".

Até ao dia que decidi chutar o balde, e ser o que sou hoje. Isso porque sem saber o que sei hoje,  e nem sei como o fiz, " contornei" o que o subconciente dizia.

E ainda tenho que lhe fazer uns ajustes, digamos, mas lá chegaremos.

Ainda continuo com os auscultadores nos ouvidos mas isso já é por questões de gosto musical e para evitar ouvir comentários que me vão meter em barulho. (😧 pavio curto)

Jo
Esta teoria levanta-me uma questão. Se for assim, então aquelas pessoas que até têm traumas, problemas, seja o que for, mas que não sentem nada disso? O subconsciente delas está adormecido? Não deveria funcionar da mesma maneira para toda a gente?
Be true to yourself

#3
Citação de: Jo em 27 agosto, 2017, 22:34
Esta teoria levanta-me uma questão. Se for assim, então aquelas pessoas que até têm traumas, problemas, seja o que for, mas que não sentem nada disso? O subconsciente delas está adormecido? Não deveria funcionar da mesma maneira para toda a gente?

    O subconsciente age de acordo com a reação que temos da primeira vez que algo acontece. É a reação à primeira vez que fica guardada como sendo a forma ideal de agir. Se quando da primeira vez eu não dei importância ao que senti o subconsciente não guarda o aviso que deu como algo a repetir. É a atenção e a reação emocional do meu eu consciente que ele vai tomar como modelo sempre que situação idêntica aconteça.

    É a carga emotiva a responsável por determinada forma de agir ficar gravada no subconsciente ou não.   O subconsciente tem por missão fazer com que o corpo execute tudo o que é considerado o melhor ou o ideal para a sobrevivência do corpo. Quando uma experiência nova acontece na nossa vida, é a forma como reagimos a ela nessa primeira vez, que ele vai repetir sempre que ela voltar a acontecer. Se é agradável instiga-nos a querer repetir, muitas vezes até desvalorizando o perigo que acarreta. Se a experiência é má e provocou medo, sempre que se configura situação idêntica ele faz com que o medo surja e nos afastemos ou evitemos a situação.

    Se a pessoa não ligar patavina ele não instiga a que se tenha alguma reação, pois não tem reação de comparação para executar. Mas pode ter no futuro se tivermos uma resposta emocional diferente a essa mesma ação.

    Um trauma, implica um encadeado de reações e muitas formas normais de agir são inibidas pois o subconsciente não nos consegue fazer ter duas reações diferentes ao mesmo tempo. Opta pela reação que teve maior carga emocional da primeira vez que aconteceu.

    Não reagimos de forma idêntica porque todos temos formas diferentes de ver e sentir as experiências. Até dependem do estado emocional que a pessoa tem no momento do acontecimento. Estados emocionais diferentes teriam respostas diferentes e portanto comportamentos futuros diferentes.

   Será que consegui explicar ou compliquei ainda mais?

Citação de: Minako em 27 agosto, 2017, 21:48
Todos nós temos um subconsciente, independentemente de ser medium ou não. E esse subconsciente, pelo que venho a perceber controla nos, de certa forma, através das experiências e das associações que faz.

Um exemplo (aff vamos às minhas experiencias): sempre detestei locais movimentados, andar na rua sempre de cabeça baixa, sempre com auscultadores e isso porquê? 

Porque simplesmente ao longo da minha ainda curta experiência por estes lados,  fui inferiorizada, excluída,  posta de parte. Uma bela experiência para os inícios.

Como defesa, o subconsciente ensinou me a me esconder. A ouvir música para não ouvir o que diziam a minha volta. A olhar para o chão enquanto ando para não ver se alguém olhava para mim para julgar, criticar.

Sentia me desconfortável a falar com as pessoas. A primeira coisa que ouvia para começo de conversa era: "porque não olhas para mim quando falas? ".

Até ao dia que decidi chutar o balde, e ser o que sou hoje. Isso porque sem saber o que sei hoje,  e nem sei como o fiz, " contornei" o que o subconciente dizia.

E ainda tenho que lhe fazer uns ajustes, digamos, mas lá chegaremos.

Ainda continuo com os auscultadores nos ouvidos mas isso já é por questões de gosto musical e para evitar ouvir comentários que me vão meter em barulho. (😧 pavio curto)
Moça, o inicio do teu texto parecia meu ;)
Também tenho essa tendência de protecção na minha própria "torre", headphones e telemóvel (tablet ou livro na mão) uma atitude na defensiva de quem tambem foi chutada na vida, o olhar baixo, mas como trabalho com atendimento ao público, la tenho que encarar nos olhos,e isso tem-me ajudado a ganhar estrutura para enfrentar os fantasmas do passado.
Fleite você hoje está a pôr-se a jeito, ja viu se atrai as "virgens ofendidas" que acreditam que têm capacidades especiais e você a esfregar-lhes que não?! :D
"Um dia eu lhe disse para esconder o seu coração... Você deveria ter escutado"

     Moonchild, atente que eu não estou a generalizar.

     São temas que mereciam ser bem debatidos, mesmo porque aliviariam muita gente de situações que as traumatizam e as fazem sentir-se de alguma formas diferentes dos outros e que por isso se sentem diminuídas.

     Eu entendo que existem casos bem diferentes nas causas que proporcionam estas situações. Porém antes de partir do principio que os espíritos são os culpados de tudo, julgo que tenho a obrigação de me certificar se não existem outros motivos que os ilibem de culpas.

     Nestes casos em apreço existem esses motivos e são causas bem naturais.

Citação de: F.Leite em 27 agosto, 2017, 23:48
     Eu entendo que existem casos bem diferentes nas causas que proporcionam estas situações. Porém antes de partir do principio que os espíritos são os culpados de tudo, julgo que tenho a obrigação de me certificar se não existem outros motivos que os ilibem de culpas.

     Nestes casos em apreço existem esses motivos e são causas bem naturais.

Convém mesmo esclarecer e debater pois existe muito ser humano que, dando um exemplo, anda deprimido e pensa que é vítima de um obcessor, quando na realidade estamos a falar de algo do foro psicológico do indivíduo.

Temos seres humanos que por se sentirem incomodados por algo, exemplo, multidões,  julgam que "sentem" presenças,....., quando estamos perante algum trauma vivido e que por vezes nem nos recordamos com tanta clareza do mesmo, o que faz com que o subconsciente se ponha na defensiva.

Isto é um tema que se for bem explorado, pode e vai ajudar muitos de nós a começar a compreender como as coisas funcionam, e talvez assim, possamos melhorar a nossa vida.

Claro, e eu concordo com isso, é sempre importante debater estes assuntos e procurar as causas, antes de ir atrás de outras respostas, e é bom ver que ha quem saia dos lugares comuns e tenha outros pontos de vista.
"Um dia eu lhe disse para esconder o seu coração... Você deveria ter escutado"

Jo
Citação de: F.Leite em 27 agosto, 2017, 23:20


    Será que consegui explicar ou compliquei ainda mais?


Conseguiu explicar perfeitamente. E concordo plenamente com a teoria proposta. Apenas fiquei com essa dúvida dado que já me deparei com situações dessas e, como abordou o tema, gosto sempre de aprofundar ao máximo. Principalmente quando o assunto envolve a mente humana.

Confesso que esperava que a resposta fosse essa, mas queria a confirmação.

E concordo consigo. Há muita gente que associa tudo a mediunidade ou sensibilidade ou seja o que for, quando há factores notórios físicos ou emocionais que explicam certas atitudes. Parece que ultimamente está na moda.

Espero que este tópico ajude muita gente.
Be true to yourself

     Uma pergunta que surge na mente de quem observa e procura entender estas coisas é a seguinte:

    -"Se não tem a ver com espíritos, porque é que uma pessoa com esses problemas vai a um médium e sai de lá com o problema resolvido?".

     Em primeiro lugar temos que ver se o problema fica mesmo resolvido e o que se constata é que, na maioria dos casos, ele volta passado mais ou menos tempo. Uma forma simples de justificar isto é dizer que a pessoa tem mediúnidade e que está sempre sujeita a estas coisas. Resposta simples, abrangente e que desculpa o médium e a sua equipe logo à partida, se o problema subsistir.

     Em segundo lugar precisamos de observar com nos comportamos a nível mental e como esse comportamento influência o nosso subconsciente na ida ao médium.

     Por principio, quem lá vai sabe ao que vai. Acreditasse minimamente que o problema vai ter solução ou então não poria lá os pés. Este acreditar é a tal fé que nos salva. Depois quem vai ao médium, não o faz como quem vai ver a novela das cinco. Há sempre uma certa ansiedade que a acompanha e o ambiente apelativo ao sobrenatural fazem com que um tiquinho de receio nos invada. Há sempre segredos na nossa vida, coisas do nosso subconsciente que não queremos que o médium descubra. Esses segredos íntimos, que até podem ser coisas de somenos importância e das quais não nos lembramos,  mas que o subconsciente valoriza, fazem-nos ter calores, suar, enfim sentir-mo-nos incomodados, confusos e ânsiosos.

     Os ingredientes necessários para sermos influenciados são todos criados mesmo antes do médium começar a falar. Basta que ele comece por acertar nas primeiras coisas que diz, para que o subconsciente baixe as defesas e aceite como verdade a catrefada de asneiras que possam vir de seguida.

     Basta apreciar a forma como as pessoas valorizam o ele acertar no que disse em relação ao passado. Esquecem-se é que basta que o médium seja uma pessoa intuitiva, isto é, que tenha a capacidade de sintonizar a nossa mente, para que se aperceba do nosso passado e dos nossos anseios, tanto mais que nessa altura o subconsciente está ali, indefeso e à mercê da mente do médium.

     O grau de veracidade com que a pessoa interiorizar o que o médium lhe diz, será o valor com que o subconsciente guardará essas memórias. Se lhe for dito que seguindo determinadas instruções ou rituais o problema se resolve, basta executá-las e o subconsciente passa a fazer a pessoa agir como lhe disseram que a pessoa faria. Se a pessoa se sentia mal na casa por causa do fantasma, então a pessoa passa a não sentir nada na casa porque a ladainha para que ele se fosse foi feita.

     Tudo tão simples mas resulta. O problema é durante quanto tempo.

     Durará até que o subconsciente se aperceba que algo está errado e que as perceções que enviou ao consciente e que motivaram a ida ao médium continuam a existir. Durará até que a pessoa, devido a algo que lhe aconteça, comece a pensar que é algum espírito que de novo a está a incomodar.  Se a mente entende que há de novo um espírito a rondar, então o subconsciente volta a agir provocando sensações idênticas às da primeira vez. Pode não haver coisa nenhuma, mas a mente está-lhe a dizer que sim e se a mente diz que sim, então as sensações e os medos terão que acontecer de novo.

     Cria-se um ciclo em que somente mudando a forma como a mente consciente vê as causas, se consegue quebrar os efeitos.

     Um problema adicional nestas coisas é a multiplicidade de tratamentos que as pessoas fazem para se aliviarem dos sintomas. São banhos, é o sal, é o defumadouro, é um sem fim de coisas que confundem o subconsciente e de tal forma, que chega a um ponto em que nada resulta.

     Quem tem fé num tratamento não tenta com outro diferente. Se tenta outro é porque não tem fé e se não tem fé o tratamento não resulta. É a fé no tratamento e no resultado que nos cura não são as "entidades".

     As coisas são diferentes quando envolvem manifestações físicas, incorporações ou visões que ultrapassem a visão de familiares falecidos. Nesses casos sim, um médium  consegue obter resultados, mas que não deixarão de estar sempre dependentes da força de vontade do paciente. Nestes casos é necessário fazer com que o subconsciente desligue a sua capacidade de captar essas frequências em que  os espíritos se insinuam na nossa mente.

Muito bem fundamentada a sua explicação para muitos dos casos que acontecem, uma dúvida que me assalta por vezes o pensamento é até que ponto se consegue ler os pensamentos de outrem no caso dos médiuns.

#11
A depressão pode ser causada pela Obsessão, como a Obsessão pode ser atraida pela depressão. Há espíritos que estão sempre a espera de uma brecha para atacar a pessoa. Quando a pessoa se sente em baixo, baixa a sua faixa vibratória que origina o contato com os Espíritos Obsessores. Na minha opinião e vale o que vale, a depressão tem sempe a ver com foro Espiritual. Se a pessoa está em baixo, com a obsessão ainda mais em baixo fica. Ainda arrisco a dizer que maior parte (se não quase todos) dos Suicídios são intuidos por Espíritos Obsessores. Claro que só tratamento Espirtual não resolve é preciso tratamento médico. As Doenças vem sempre de dentro para fora, não o contrário.
Abençoado seja o seu santíssimo nome em favor de todos nós Deus nosso Pai.

#12
Citação de: Filipe_P em 27 outubro, 2017, 23:03
... uma dúvida que me assalta por vezes o pensamento é até que ponto se consegue ler os pensamentos de outrem no caso dos médiuns.


     Fazer uma leitura de pensamentos exige muita prática e é dificultada pela falta de quem auxilie o praticante. Tem que haver alguém que fique a pensar e o praticante tem que "viajar" por frequências mentais até que consiga sintonizar a mente do outro. E cada um tem a sua própria onda dentro de determinada frequência. É assim como o numero de telefone, cada um tem o seu e é preciso marcá-lo para fazer a chamada. São imensas horas de prática para conseguir o "contacto" mental.

    Bem mais fácil é a leitura das emoções e sentimentos e isso acontece com muita facilidade. Talvez se deva ao facto de emoções e sentimentos serem desencadeados e desencadearem também uma libertação de hormonas e outros químicos que nos percorrem o corpo e a mente. Em todas as pessoas essa libertação de químicos ocorre da mesma forma, embora as reações que provocam no que respeita a atos e atitudes sejam dependentes da personalidade de cada um.

    Veja a coisa assim: Uma pessoa anda com um problema a rondar-lhe a mente. Pensa nele e procura soluções e dessa procura pode resultar uma vasta gama de emoções, seja a ansiedade, o desânimo, a raiva, o ódio, a subjugação ao problema, etc. O corpo reage a esses pensamentos produzindo os diversos químicos necessários para ativarem o funcionamento das zonas cerebrais com capacidade para gerar resposta ao problema, seja pelo recurso a memórias de situações idênticas do passado, seja por associação de causas e efeitos.

    O subconsciente fica a batalhar no problema até encontrar uma resposta ou solução e gera pensamentos e mais emoções ainda. Quem tem a capacidade latente de "ler" pensamentos (usemos esta expressão à falta de outra melhor), quando está perto ou em contacto com quem tem a mente a trabalhar dessa forma, vai sintonizar essas emoções que ocupam a mente do outro. Até o odor que esses químicos libertam junto com o suor auxiliam a mente do médium a "compreender o que se esta a passar com aquela pessoa.

    A mente do médium associa as emoções que capta e os sinais químicos que recebe e traduz-los segundo a sua própria maneira de funcionar obtendo uma resposta baseada na sua própria experiência de vida. Quer isto dizer que se eu reajo de determinada forma a determinado estimulo e estou a sentir esse estimulo vindo de outra pessoa é porque essa pessoa no seu intimo está a reagir como eu reagiria. Então eu digo a essa pessoa: "Está a passar por isto assim e assado", ou "na sua mente ocorrem estes pensamentos assim e assado", não porque eu os esteja a "ler ou ouvir", mas porque a minha mente assim os traduziu.

    Por isso é fundamental que antes de se julgar uma emoção que nos vem de fora, saber de quem vem e reformular-mos a nossa opinião segundo a lógica de quem pensou e se emocionou, pois pode essa pessoa ter uma resposta diferente da nossa a situações exatamente iguais. Se nos guiar-mos pela nossa resposta estaremos a errar redondamente.

    É uma explicação curta, mas julgo que dá para entender basicamente como funciona.