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  • A condição feminina...
    Iniciado por moonchild
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#15
Eu tenho 2 cães(uma cadela de sete anos e um cachorro de quase quatro meses) e 2 gatos(mãe e filho), alem disso tenho uma sobrinha de 4 anos (um pequeno tufão loiro😄)
E eles preenchem muito a minha vida(de maneiras diferentes claro)
Confesso que ja tive vontade de ter filhos, mas percebi que isso era mais por vontade de outrem do que da minha, como o Cody neste momento não tenho condições de ter filhos (para alem da falta de tempo tambem não tenho dinheiro, e um parceiro que tambem possa ser um bom pai). Mas tambem não sinto de momento que isso seja algo que eu queira.
Sou da opinião de que há um momento para tudo, e se até agora não aconteceu, é porque não era o momento certo.
"Um dia eu lhe disse para esconder o seu coração... Você deveria ter escutado"

Ter filhos não devia ser obrigação.
Há uns anos atrás dizia exactamente isso: filhos não é para mim, não tenho perfil para ser mãe. E também tinha sempre uma frase cada vez que via uma birra: "havia de ser comigo!"
A verdade é que sem dar por isso, apareceu "aquela pessoa" e após uns largos anos na boa vida e após termos casa, chegamos à conclusão que aquele estilo de vida já cansava e que a casa parecia vazia. Foi aí que decidimos ter a nossa princesa.
Cheguei à conclusão que quando vemos aquele bébé pela primeira vez, tudo é instintivo. Parece clichê, mas a verdade é que a nossa noção de amor muda completamente.

Aí está, as coisas acontecem quando devem acontecer :)

I see now that the circumstances of one's birth are irrelevant, is what you do with the gift of life that determines who you are"

O Sagrado Feminino - Por Mirella Faur

Durante os milênios da supremacia patriarcal, refletida nos valores espirituais, culturais, sociais, comportamentais e amparada pela hierarquia divina masculina, foi negada e reprimida qualquer manifestação da energia feminina, divina e humana. Resultou assim em uma cultura exclusiva e destrutiva, centrada na violência, conquista e dominação, com o conseqüente desequilíbrio global atual. Os homens – como gênero – não foram os únicos responsáveis pelas agressões e atitudes extremistas a eles atribuídas; a causa pode ser atribuída à maneira pela qual a identidade masculina foi criada e reforçada pelos modelos e comportamentos de "heróis" e "super-homens". Fundamentados em seus direitos "divinos", outorgados inicialmente por deuses guerreiros e depois reiterados pela interpretação tendenciosa dos preceitos bíblicos, os homens foram inspirados, instigados e recompensados para desconsiderar e deturpar as milenares tradições matrifocais e os cultos geocêntricos. Em lugar de valores de paz, prosperidade e parceria igualitária, foram instaurados princípios e sistemas de conquista, exploração e dominação da Terra, das mulheres, crianças e de outros homens.

Pela sistemática inferiorização e perseguição da mulher, o patriarcado procurava apagar e denegrir os cultos da Grande Mãe, interditando os seus rituais, "demonizando" e distorcendo seus símbolos e valores. A relação igualitária homem-mulher foi renegada, a mulher declarada um ser inferior, desprovido de alma, amaldiçoado por Deus, responsável pelos males do mundo e por isso destinada a sofrer e a ser dominada pelo homem. Os princípios masculino e feminino – antes pólos complementares da mesma unidade – foram separados e colocados em ângulos opostos e antagônicos. Enalteceu-se o Pai, negou-se a Mãe e usou-se o nome de Deus para justificar e promover o código patriarcal, a subjugação e exploração da Terra e das mulheres. A tradição, os cultos e a simbologia da Deusa foram relegados ao ostracismo e paulatinamente caíram no esquecimento. Patriarcado e cristianismo se uniram na construção de uma sociedade hierárquica e desigual, baseada em princípios, valores, normas, dogmas religiosos, estruturas sociais e culturais masculinas.

As últimas décadas do século passado proporcionaram uma gradativa mudança de paradigmas nas relações e nos conceitos relativos ao masculino e feminino. No entanto, para que este avanço teórico se concretize em ações e modificações comportamentais e espirituais, é imprescindível reconhecer a união harmoniosa e complementar das polaridades e procurar novos símbolos e rituais para o seu fortalecimento e equilíbrio. Com o surgimento progressivo de uma dimensão feminina da Divindade na atual consciência coletiva, está sendo fortalecido o retorno à Deusa e a revalorização do Sagrado Feminino.

Somos nós que estamos voltando à Deusa, pois Ela sempre esteve ao nosso lado, apenas oculta na bruma do esquecimento e velada pela nossa falta de compreensão e conexão com seu eterno amor e poder.

A principal diferença entre o Pai patriarcal, celeste e a Mãe cósmica e telúrica universal é a condição transcendente e longínqua do Criador e a essência imanente e eternamente presente da Criadora, em todas as manifestações da Natureza.

A redenção do Sagrado Feminino diz respeito tanto à mulher quanto ao homem. Ao esperar respostas e soluções vindas do Céu, esquecemos de olhar para baixo e ao redor, ignorando as necessidades da nossa Mãe Terra e de todos os nossos irmãos de criação. Para que os valores femininos possam ser compreendidos e vividos, são necessárias profundas mudanças em todas as áreas: social, política, cultural, econômica, familiar e espiritual. Uma nova consciência do Sagrado Feminino surgirá tão somente quando for resgatada a conexão espiritual com a Mãe Terra, percebida e honrada a Teia Cósmica à qual todos nós pertencemos e assumida a responsabilidade de zelar pelo seu equilíbrio e preservação.

O reconhecimento do Sagrado Feminino deve ser uma busca de todos, porém cabe às mulheres uma responsabilidade maior, devido à sua ancestral e profunda conexão com os arquétipos, atributos, faces, ciclos e energias da Grande Mãe.

Uma grande contribuição na transformação da mentalidade do passado e na expansão atual da consciência coletiva são os encontros de homens e mulheres em círculos e vivências comunitárias, para despertar e alinhar mentes, corações e espíritos em ações que visem a cura e a transmutação das feridas da psique, infligidas pelo patriarcado. Apaziguar a si mesmo, harmonizar seus relacionamentos, vencer o separatismo, reconhecer e honrar a interdependência de todos os seres, evitar qualquer forma de violência, dominação, competição ou discriminação são desafios do ser humano contemporâneo, no nível pessoal, coletivo e global. Incentivando a parceria entre os gêneros e a interação dos planos energéticos (celeste, telúrico, ctônico) criam-se condições que favorecem a expansão da consciência individual e contribuem para a evolução planetária.

Lancelot, gostei   :)

A humanidade está muito esquecida, esqueceu há muito que o Infinito é ambas as coisas, masculino e feminino.
É palermice um género querer superiorizar-se ao outro. No Caminho só segue quem não vai coxo.

Não tenho essas questões no lugar onde agora trabalho, mas de vez em quando noutros contextos lá oiço a pergunta "quando é que te casas?" - pessoas sérias que, em faltando a parte do casar, não me perguntam quando é que tenho filhos...
Ninguém me pergunta quando é que me candidato a presidente ou algo do género. O que é pena, sempre dava para ter uma conversa muito mais interessante.

A mesma sociedade que faz pressão para as mulheres serem mães é a mesma sociedade que espera que a mulher esteja totalmente disponível para uma carreira profissional e que faz cara feia quando uma mãe diz que tem de faltar para tratar de assuntos familiares. A sociedade é muito esquizofrénica.
"Cedo ou tarde você vai perceber, como eu, que há uma diferença entre conhecer o caminho e percorrer o caminho". 
(Morpheus, The Matrix)