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  • Serra do Caramulo
    Iniciado por NádyaKosta
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Boa tarde a todos

Venho desabafar uma das minhas histórias surreais.
Hoje já consigo falar sobre elas e contar sem me importar ou ter receio do que os outros pensem.



Caramulo – 2016

Não sei o que há entre mim e os sanatórios, são sítios que me chamam que eu adoro e acho-os de uma enorme beleza. Numas ferias descobri a terra que mais me fez feliz, Caramulo. Em cada curva avistava-se um edifício abandonado. O que mais me acarinhou foi o das crianças. Toda a gente pensa que esses sítios são maus, de grande dor, nada disso. Ali senti uma enorme alegria e vida, como se a alegria das crianças ainda la estive-se. Lembro-me que logo com a entrada fiquei deslumbrada com o interior, e ouvi risos de brincadeira, explorei tudo, e numa esquina ouso uma voz "o chão ta podre" , devido ao abandono e á humidade do lugar as madeiras do chão estavam podres e a desfazerem-se, sei que nessas alturas o mais seguro é ir á volta junto á parede. Senti crianças a correrem pela varanda, ao pegar num dos desenhos que la ficaram tive uma ideia delas a desenharem, mas uma imagem triste ao mesmo tempo, pois os seus rostos eram pálidos. Cá fora junto a um pequeno parque de brincar, um rapaz olhava serio para mim, como se estivesse ali para garantir que eu ia embora. Curiosamente não me assustou ali, é um sitio que ainda hoje gosto de fechar os olhos e imaginar que ando lá

No Grande Sanatório, outra visão linda sem explicação, foi o contrario. Um sossego e silêncio assustador, cantos que me recusava ir lá. Lembro-me de uma divisão que parecia-se com um mini teatro em que não consegui passar da porta, não sei o que lá havia mais além de bancos, moveis e lixo, entre a vontade do espreitar e o medo decidi voltar para trás. Corredores enormes, imensas salas, tudo sossegado. Em dada altura senti que alguém me seguia, então comecei a filmar atrás de mim, e nada apareceu.
Senti um sopro numa sala de máquinas e aparelhos. Noutra parecia um escritório, papeis por todos o lado, baixei-me para vê-los, eram relatórios médicos e nesse momento percebi que algo estava atrás de mim,  pousei os papeis com cuidado, e sai sem olhar para trás.

Noutros sanatórios nada aconteceu, apenas o vazio e o silêncio ali estava, não passava de simples paredes abandonadas, mas lindas na mesma. O mais assustador neles era a ruína em que estavam e a quantidade louca de relatórios e medicamentos espalhados pelo chão.


Obrigado pelos que dispensaram uns minutinhos a lerem

Boa semana.  :)

Em 2016 foste lá, como entraste no Grande Sanatório?
Aude id scire, memento, ut obliviscatur!
https://www.facebook.com/tutuga.fotografia.7?fref=ts

Entrei pela parte de trás.
Tinha um carreirinho no meio das silvas. Mas depois vi que pela frente tinha portas abertas dava ideia que era um café com muitas coisas do sporting.

Tens fotos disso?
De onde entraste?
Aude id scire, memento, ut obliviscatur!
https://www.facebook.com/tutuga.fotografia.7?fref=ts

Dos sanatorios sim agora da entrada não sei mas amanha vejo e posso colocar aqui ☺

#5
      O grande Sanatório era um sanatório para pessoas de ambos os sexos e tinha um café, teatro e cinema. Havia também o sanatório da Bela Vista somente para marinheiros, o sanatório Salazar para elementos do exército o qual tinha uma prisão e onde é hoje o Hotel do Caramulo, o sanatório da Nª Sª da Saúde, também chamado de  Casa da Serra que era um sanatório só para senhoras e alguns mais.

   O relato que faz sobre o que viu e ouviu no Sanatório infantil torna-se muito interessante para mim que vivo aqui no Caramulo e é interessante porque estou a escrever um livro sobre as origens e causas da mediúnidade e procurava exemplos que comprovassem que os médiuns videntes e auditivos vêem e ouvem as imagens e sons que "outros" querem que eles vejam e ouçam e não de alguém que realmente ande por cá.

    E digo isto porque o Sanatório Infantil que também era escola primária onde inclusive Passos Coelho foi aluno (o pai dele era médico pneumologista cá), depois de abandonado, já foi casa de habitação do Sr. Germano, depois de um guarda da GNR, depois foi um ATL, depois ainda a oficina de tapetes de Arraiolos da Dona Olímpia Madeira Lopes e por fim foi o local onde era ensinada a catequese às crianças. Após a Igreja local ter tomado posse do local, este foi dotado ao abandono e  vandalizado  como é típico nos locais usados para consumo de drogas, como foi também o caso.

    Nunca nenhum dos moradores relatou ter visto ou ouvido qualquer criança naquela casa. Contudo você viu e ouviu e eu não duvido.

    Agradeço ter publicado a sua experiência pois para mim é mais uma resposta às duvidas para as quais aos poucos vou conseguindo obter explicações.

    Já agora, se quiser visitar o Grande Sanatório sem receio de estar a invadir propriedade alheia, é só dizer, pois eu peço a chave à Dona Margarida, a proprietária do Museu do Caramulo e que é também a dona do Grande Sanatório (que agora tem portas e está fechado ao publico) e poderemos fazer uma visita ao local com o à vontade necessário para se experiênciar o que por lá se possa sentir.

    Disponha se o quiser fazer.

Boa noite.

Primeiro gabo-lhe a sorte de morar nesse sitio, nunca uma terra me fez tao feliz e me deslumbrou.
Tenho uma paixão enorme por sanatorios, nao sei porquê, corro-os de norte a sul de portugal.
Por acaso tenho ideias de ai voltar um dia, o sanatorio infantil não me tem saido da cabeça ultimamente.
Não sabia a história assim tão completa, tinha ideia que tinha ficado por ali porque só senti isso dessa epoca, e foi dos sitios menos vandalizados que encontrei.
Infelizmente ou felizmente não sei, tenho muita historia, e neste momento já não me importo de as contar. Se precisar de alguma mais disponha.

Resto de boa noite

Espectacular história. Conta mais por favor.

Citação de: F.Leite em 27 junho, 2017, 23:35
      O grande Sanatório era um sanatório para pessoas de ambos os sexos e tinha um café, teatro e cinema. Havia também o sanatório da Bela Vista somente para marinheiros, o sanatório Salazar para elementos do exército o qual tinha uma prisão e onde é hoje o Hotel do Caramulo, o sanatório da Nª Sª da Saúde, também chamado de  Casa da Serra que era um sanatório só para senhoras e alguns mais.

    O relato que faz sobre o que viu e ouviu no Sanatório infantil torna-se muito interessante para mim que vivo aqui no Caramulo e é interessante porque estou a escrever um livro sobre as origens e causas da mediúnidade e procurava exemplos que comprovassem que os médiuns videntes e auditivos vêem e ouvem as imagens e sons que "outros" querem que eles vejam e ouçam e não de alguém que realmente ande por cá.

     E digo isto porque o Sanatório Infantil que também era escola primária onde inclusive Passos Coelho foi aluno (o pai dele era médico pneumologista cá), depois de abandonado, já foi casa de habitação do Sr. Germano, depois de um guarda da GNR, depois foi um ATL, depois ainda a oficina de tapetes de Arraiolos da Dona Olímpia Madeira Lopes e por fim foi o local onde era ensinada a catequese às crianças. Após a Igreja local ter tomado posse do local, este foi dotado ao abandono e  vandalizado  como é típico nos locais usados para consumo de drogas, como foi também o caso.

     Nunca nenhum dos moradores relatou ter visto ou ouvido qualquer criança naquela casa. Contudo você viu e ouviu e eu não duvido.

     Agradeço ter publicado a sua experiência pois para mim é mais uma resposta às duvidas para as quais aos poucos vou conseguindo obter explicações.

     Já agora, se quiser visitar o Grande Sanatório sem receio de estar a invadir propriedade alheia, é só dizer, pois eu peço a chave à Dona Margarida, a proprietária do Museu do Caramulo e que é também a dona do Grande Sanatório (que agora tem portas e está fechado ao publico) e poderemos fazer uma visita ao local com o à vontade necessário para se experiênciar o que por lá se possa sentir.

     Disponha se o quiser fazer.
Fiz urbex nestes sanatórios, o primeiro foi o santa maria, e odiei. Foi assustador, eu não ouço coisas, apenas o coração bate forte e fico meio paralizada.
O seguinte foi o infantil, devido ao mau estado do pavimento não passei do primeiro andar, e senti nada, e a cor era mais alaranjada, mais alegre.
Tentei o grande sanatório, mas a única entrada era tipo numa espécie de traseiras e sem silvas ou impedimentos, mas demasiado escuro para quem não levou lanternas, e para apenas duas pessoas.
O cirúrgico, como tem janelas bem tapadas, estava escuro, na entrada não tive medo nem senti nada, mas tinha que ter lanterna e mais gente a acompanhar.
Ficámos de fazer visita mais tarde com mais gente, mas ainda nada.
Aude id scire, memento, ut obliviscatur!
https://www.facebook.com/tutuga.fotografia.7?fref=ts

#9
Boa tarde a todos

Andei á procura e nâo tenho fotos da parte de trás do Grande Sanatório. Mas deixo aqui algumas que tirei.

Grande Sanatório








Sanatório Infantil







Citação de: PouPou em 28 junho, 2017, 20:13
Fiz urbex nestes sanatórios, o primeiro foi o santa maria, e odiei. Foi assustador, eu não ouço coisas, apenas o coração bate forte e fico meio paralizada.
O seguinte foi o infantil, devido ao mau estado do pavimento não passei do primeiro andar, e senti nada, e a cor era mais alaranjada, mais alegre.
Tentei o grande sanatório, mas a única entrada era tipo numa espécie de traseiras e sem silvas ou impedimentos, mas demasiado escuro para quem não levou lanternas, e para apenas duas pessoas.
O cirúrgico, como tem janelas bem tapadas, estava escuro, na entrada não tive medo nem senti nada, mas tinha que ter lanterna e mais gente a acompanhar.
Ficámos de fazer visita mais tarde com mais gente, mas ainda nada.


É preciso coragem para lá ir de noite :)


Citação de: Santa Muerte em 29 junho, 2017, 20:50
Ou uma lanterna... ;)

Já foi um belo lugar de acampamento ou acantonamento em belos tempos! Belos Lobos da Neve.... Saudade... Uma lanterna faz sempre falta Santa, sabes que de noite todos os gatos (lobos) são pardos! ;)

Citação de: NádyaKosta em 29 junho, 2017, 20:20
É preciso coragem para lá ir de noite :)

     Basta somente não ter medo do sobrenatural para não deixar que a mente nos pregue partidas.

     As partidas que a cabeça nos prega, são bem piores que as traquinices dos fantasmas.