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  • O Ouija, o Tarot e os Espiritos
    Iniciado por F.Leite
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     O que vou escrever é a resposta a perguntas sobre a acção dos espíritos nas artes divinatórias. Que fique entendido que é a opinião que formei após ter recorrido a essas práticas e posteriormente ter feito a apreciação global do que foi dito, dos intervenientes e das suas consequências na prática quotidiana.

    As artes divinatórias têm na sua prática a intuição e a leitura em partes iguais, sendo que a leitura permite diversas interpretações e algumas mesmo opostas. É aí que entra a intuição do médium que faz a leitura. No ouija e no jogo do copo é somente a intuição. Essas práticas podem ou não ter a assistência de entidades espirituais.

    A pergunta sobre se são apenas espíritos inferiores que actuam nessas práticas, implica definir exactamente o que são espíritos inferiores e a partir daí responder à questão. Aqui temos que adaptar o provérbio "Diz-me o que fazes e dizer-te-ei quem és" pois é "Pelo hábito que se conhece o monge".

    Um espírito que pelas suas praticas de boa moral adquiridas ao longo de várias reencarnações (segundo dizem) e portanto milhares de anos, perderia tempo a providenciar respostas para satisfazer a curiosidade (muitas vezes mesquinha) de quem recorre a essas artes? Será que é essa a finalidade da dita evolução espiritual?

    Eu entendo que não e qualquer um que pense de forma isenta julgará o mesmo. Isto leva-me a concluir que não são esses ditos superiores que o fazem. Depois temos a questão do futuro. Se nos foi vedado o conhecimento do passado (de outras vidas) qual a finalidade de contrariar as normas e contarem-nos o futuro, cujo conhecimento é bem mais prejudicial à nossa vida actual? Onde está o nosso livre arbitro se o futuro já está escrito e previsto nas cartas e no tabuleiro?

    Quem responde então nas artes divinatórias? Talvez nós mesmo quando o médium nos fala do nosso passado, pois esse passado está permanentemente connosco na nossa mente e pronto para ser invadido por quem o saiba fazer ou tenha ajuda para tal. Quanto ao futuro, aqui sim entram os espíritos, mas a realização dos acontecimentos futurados depende exclusivamente da forma como o paciente interioriza o que lhe é predito. Acontece que normalmente são pessoas facilmente influenciáveis as que recorrem a esses serviços, pelo que não admira que uma parte das previsões dê certo.

    No ouija e no jogo do copo, quando bem realizados, são espíritos que interagem com os participantes levando-os a, de forma inconsciente, manobrarem o jogo para obterem respostas, mas a questão observada para os espíritos superiores aqui também se coloca. E a coisa complica-se pois espíritos ditos inferiores não conseguem interferir de forma tão rápida entre intuição e acção mental/mecânica, necessárias para obter uma resposta na hora. Se assim fosse qualquer médium seria uma marioneta nas mãos deles, o que não acontece.

    Se os espíritos superiores o fazem e se eles já foram encarnados que partiram, onde adquiriram eles essa capacidade de interferir com a nossa mente, com a nossa vontade e com o nosso corpo? Aprenderam do outro lado? Quem lhes ensinou e com que propósito?

    Convém que fique entendido que as almas desencarnadas, por algumas vezes acompanharem o familiar que cá vive, auxiliam o médium a ser intermediário na comunicação. Contudo são somente recados sobre o passado da sua própria vida que são transmitidos, de assuntos que não foram esclarecidos ou de arrependimentos. Não têem condições para irem além disso. Chamar-lhes inferiores será uma ofensa e não nos devemos esquecer que um dia poderemos vir a estar na mesma situação em que eles estão agora.

    Coisas do futuro que nos espera.

Durante um tempo fui fascinada pelo  tarot, (inclusive cheguei a comprar dois baralhos, hoje em dia estão arrumados num canto, por vezes da aquela vontade de voltar a usa-los, mas sou firme na minha decisão), com o tempo de uso, fui me sentindo cada vez mais desconfortavel com o uso do tarot (havia quem basicamente depositava em mim o seu futuro, a sua felicidade, como é que eu podia decidir a vida delas? Eu não era Deus, nem coisa que o valha, e era terrivel sentir que o que eu ditasse, era o caminho que seguiriam, e se por minha causa elas se tornariam infelizes devido a uma má escolha? Não dava para mim, raramente seguia métodos,(sentia que eram uma especie de batota e preferia fazer á minha maneira), e por norma, coincidencia ou não, acertava muitas vezes, por vezes enquanto embaralhava as cartas entrava numa especie de transe nessa altura por norma caía sempre alguma carta que ia de encontro á questão que me colocavam, fui achando aquilo um pouco "perigoso" e decidi deixar de vez.
"Um dia eu lhe disse para esconder o seu coração... Você deveria ter escutado"

Citação de: F.Leite em 26 maio, 2017, 19:00
       Um espírito que pelas suas praticas de boa moral adquiridas ao longo de várias reencarnações (segundo dizem) e portanto milhares de anos, perderia tempo a providenciar respostas para satisfazer a curiosidade (muitas vezes mesquinha) de quem recorre a essas artes? Será que é essa a finalidade da dita evolução espiritual?
Sim, anda aqui uma pessoa a tentar evoluir para um dia acabar do lado de lá a explicar à D. Xica os porquês do marido se perder em olhares e mesuras com a jovem do 1º direito... mal posso esperar!!


Citação de: moonchild em 27 maio, 2017, 00:27
Durante um tempo fui fascinada pelo  tarot, (inclusive cheguei a comprar dois baralhos, hoje em dia estão arrumados num canto, por vezes da aquela vontade de voltar a usa-los, mas sou firme na minha decisão), com o tempo de uso, fui me sentindo cada vez mais desconfortavel com o uso do tarot
Também tenho dois baralhos de Tarot e também não lhes toco já nem sei há quanto tempo.
Não fazia leituras para outros, porque sentia sempre que era a minha energia que se sobrepunha, raramente sentia que o baralho era "isento" por muito que o limpasse - e se era a minha energia que lá estava, que tipo de respostas estava a obter? A verdade ou uma versão da verdade? (fosse a minha ou fosse a verdade de quem me "inspirava")

Nas perguntas que lhe fiz para mim, o Tarot nunca me deu respostas ao lado, foi sempre terrivelmente certeiro. Mas realmente depois de ter decidido entrar no caminho onde hoje estou esse tipo de artes deixou de fazer sentido e não mais tive interesse em ir fazer peguntas ao Tarot.

A pergunta é muito válida: quem é que está a responder e com que intenções o faz?

O instrumento em que essa questão se tornou ainda mais pertinente foi o pêndulo. Que maravilhada fiquei quando adquiri um e constatei que aquela coisa se mexia sozinha! Passado uns tempos e algumas respostas meio estranhas, comecei a questionar sobre o que faria o pêndulo mexer.
Eu esforçava-me por controlar a forma como me posicionava, de modo a não mexer nem o corpo nem a mão. Mas ainda assim, seria eu que o fazia mover de forma inconsciente? Ou seria alguém através de mim?

Decidi fazer experiências e quando me dei conta que se eu quisesse, se eu "mandasse", até punha o pêndulo a fazer o pino, tive a minha resposta...
"Cedo ou tarde você vai perceber, como eu, que há uma diferença entre conhecer o caminho e percorrer o caminho". 
(Morpheus, The Matrix)