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  • Pagadores de promessas
    Iniciado por Cassandra
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Grandes verdade aqui ditas nos comentários...
I see now that the circumstances of one's birth are irrelevant, is what you do with the gift of life that determines who you are"

Citação de: hoopsy em 04 maio, 2017, 19:35
Talvez não me tenha explicado bem....
Com o cumprimento da promessa, a minha mãe não ficou boa, mas as manifestações em casa dela é que pararam! Era isso que me estava a referir  ;)
Por ter este caso bem perto na família, entendo e concordo com o porquê de, em determinadas situações, recorram a estes "serviços".


     Já ouvi falar de espíritos que por cá ficam por terem promessas por cumprir, mas só de ouvir falar nisso. Nunca nenhum me falou de ter esse problema por resolver.

     De qualquer forma e em minha opinião se não houve cura não há pagamento.

     Se o que mais se vê na religião são negócios façam o mesmo...

Citação de: hoopsy em 04 maio, 2017, 19:35
Talvez não me tenha explicado bem....
Com o cumprimento da promessa, a minha mãe não ficou boa, mas as manifestações em casa dela é que pararam! Era isso que me estava a referir  ;)
Por ter este caso bem perto na família, entendo e concordo com o porquê de, em determinadas situações, recorram a estes "serviços".

Ah ok, realmente não tinha percebido  ;)

Percebo a necessidade de cumprir a promessa, não por alguma "necessidade" do santo mas porque quem tinha feito a promessa precisava de encerrar esse assunto para ficar em paz.

Citação de: F.Leite em 04 maio, 2017, 21:30
     Já ouvi falar de espíritos que por cá ficam por terem promessas por cumprir, mas só de ouvir falar nisso. Nunca nenhum me falou de ter esse problema por resolver.

     De qualquer forma e em minha opinião se não houve cura não há pagamento.

     Se o que mais se vê na religião são negócios façam o mesmo...
Imagino que para a avó da hoopsy o trato seria primeiro fazer o caminho e só depois acontecia a cura.

Há quem faça as promessas desta forma "se eu fizer assim, depois tu fazes assado". Talvez a senhora sentisse que não tinha feito tudo o que podia pela cura da sobrinha e esse peso mantinha-a por cá.
"Cedo ou tarde você vai perceber, como eu, que há uma diferença entre conhecer o caminho e percorrer o caminho". 
(Morpheus, The Matrix)

Citação de: Cassandra em 04 maio, 2017, 21:50
Ah ok, realmente não tinha percebido  ;)

Percebo a necessidade de cumprir a promessa, não por alguma "necessidade" do santo mas porque quem tinha feito a promessa precisava de encerrar esse assunto para ficar em paz.
Imagino que para a avó da hoopsy o trato seria primeiro fazer o caminho e só depois acontecia a cura.

Há quem faça as promessas desta forma "se eu fizer assim, depois tu fazes assado". Talvez a senhora sentisse que não tinha feito tudo o que podia pela cura da sobrinha e esse peso mantinha-a por cá.


Isso foi uma coisa que nunca ninguém chegou a saber como foi.
Na altura da promessa, a minha mãe era muito pequena e ia fazer uma cirurgião complicada e inédita em portugal, e corria o risco de nunca mais voltar a andar.
Penso que a promessa tenha sido feita para que a operação corresse bem e a minha mãe pudesse voltar a andar, não propriamente para ficar curada.
De qualquer forma, nunca se conseguiu saber mais nada da promessa porque a tia morreu antes de a pagar e só a minha avó é que sabia dela.... mas acho que nunca deu muita importancia.
Só quando a tia morreu é que a minha mãe soube da existencia dessa tal promessa mas não conseguiu saber muito mais porque a minha avó não se lembrava do pedido mas achava que tinha a ver com a tal operação.

O que o pagador de promessas faz é só mais um negócio, no meio de tantos que Fátima proporciona. Para haver negócio, tem de haver clientes e estes é que se sujeitam ou procuram o serviço.
Se isto ajudar a que CRIANÇAS não tenham que andar a pagar promessas, então já fico satisfeita. Digo isto porque a única vez que fui lá (em visita e em "época baixa") vi uma mãe a caminhar normalmente, enquanto a sua filha rastejava os joelhos no chão. Isto mexeu comigo de tal forma, que jurei não pôr lá mais os pés (pelo menos no Santuário).

Citação de: arteycuerpo em 05 maio, 2017, 03:33
Se isto ajudar a que CRIANÇAS não tenham que andar a pagar promessas, então já fico satisfeita. Digo isto porque a única vez que fui lá (em visita e em "época baixa") vi uma mãe a caminhar normalmente, enquanto a sua filha rastejava os joelhos no chão. Isto mexeu comigo de tal forma, que jurei não pôr lá mais os pés (pelo menos no Santuário).
Tristeza....  >:(

(e depois ainda há anúncios que dizem que não há mães perfeitas, há mães reais que sabem o que é melhor para os seus filhos. Sim, claro que sim, cá está mais um bonito exemplo dessa linda tirada publicitária.)

Há qualquer coisa no culto da dor e do sofrimento extremamente apelativo para a maioria das pessoas. Caso contrário, as pessoas já se teriam deixado destas e de outras cenas semelhantes. Penso eu de que...
"Cedo ou tarde você vai perceber, como eu, que há uma diferença entre conhecer o caminho e percorrer o caminho". 
(Morpheus, The Matrix)

Citação de: Cassandra em 05 maio, 2017, 18:13
Tristeza....  >:(

(e depois ainda há anúncios que dizem que não há mães perfeitas, há mães reais que sabem o que é melhor para os seus filhos. Sim, claro que sim, cá está mais um bonito exemplo dessa linda tirada publicitária.)

Há qualquer coisa no culto da dor e do sofrimento extremamente apelativo para a maioria das pessoas. Caso contrário, as pessoas já se teriam deixado destas e de outras cenas semelhantes. Penso eu de que...
É lamentavel essa situação, infelizmente existem pais para quem  os filhos não passam de um investimento ou de certa maneira escravos dos pais, até aquelas crianças que são modelos ou actores em idades tão precoces, para mim isso é trabalho infantil e os "paizinhos" lucram com isso.
"Um dia eu lhe disse para esconder o seu coração... Você deveria ter escutado"

Citação de: Cassandra em 05 maio, 2017, 18:13
Há qualquer coisa no culto da dor e do sofrimento extremamente apelativo para a maioria das pessoas. Caso contrário, as pessoas já se teriam deixado destas e de outras cenas semelhantes. Penso eu de que...


     Nós aqui estamos a criticar actos e atitudes que entendemos que fogem ao racional e isto porque pensamos de forma diferente daqueles que fazem e cumprem ou não as promessas. Usamos da nossa liberdade de pensamento, mas no conjunto não deixamos de ter um pouco de culpa no que acontece.

     Se apreciarmos a forma como cada um fala das coisas em que se acredita, verificámos que cada um tem a sua verdade e não está disposto a abdicar dela. Não se discutem temas esmiuçando as diferenças de entendimento e buscando respostas concretas. Simplesmente se falam das coisas.

     Quem faz promessas também o faz porque se acredita na sua verdade e no exemplo que receberam da senhora que apareceu em Fátima. Ela pediu aos pastorinhos que fizessem "sacrifícios" pelos espíritos que sofriam no inferno. Deu o exemplo do sacrifício e da dor, como forma de alcançar bênçãos dela ou de deus. A fé cega que qualquer religião impõe ao impedir o julgamento pela negativa das ações e palavras atribuídas aos santos e a deus, encarrega-se de fazer o resto. Torna os crentes em cordeiros que agem como tal.

     Nunca ouvi nenhuma dissertação sobre o tema, em que fosse justificada a forma como pode a dor de uns reparar o mal dos outros, ou com que balança mede deus o peso e mérito dos sacrifícios, para decidir se valem ou não pela cura que é desejada.

     Interessante que podemos comparar uma promessa a um karma. Numa promessa sacrifica-se o corpo a troco de uma cura e no karma sacrifica-se a vida a troco de um perdão.  Quém estará errado nesta história toda? Um deles, o outro ou ambos?

     

O problema de certos problemas da fé é que escapam a essa análise dos quês e dos porquês, uma vez que se baseiam no "é assim porque o santo disse". E ponto, não há cá dissertações racionais sobre os fundamentos de ficar com os joelhos em sangue para pagar um favor divino.

Nem convém. É o tipo de pensamento que, a ser levado a cabo de forma séria por quem advoga essas crenças, poderia levar às fatídicas crises de fé que tanto têm assolado a igreja (por algum motivo isso há-de acontecer...)

Como já tive oportunidade de escrever nalgum outro tópico, as teorias mudam, mas o cerne vai todo dar ao mesmo lado. O que referiu sobre promessas e karmas vai precisamente de encontro a essa minha teoria: no que é o fundamental, não há diferenças.
Mudam os nomes das coisas, das divindades, dos rituais, dos objectos, das promessas, do que for, mudam os nomes mas a essência é a mesma.

Qual é a diferença entre desfazer os joelho até Fátima e "aceitar" andar a penar nesta vida para pagar males que nem me lembro de ter feito? Nenhuma.
Qual é a diferença entre a religiosa Fátima e o alternativo karma? Nenhuma. E para mim, nenhuma das coisas faz sentido.
Mas as pessoas saltam de um lado para o outro, ou abraçam uma teoria e desdenham da outra conforme as modas, as histórias familiares e os ambientes sociais.
Para cada gosto, um tom diferente da mesma cor. Mas lá está, é a mesma cor.

Citação de: F.Leite em 06 maio, 2017, 11:18
     Nunca ouvi nenhuma dissertação sobre o tema, em que fosse justificada a forma como pode a dor de uns reparar o mal dos outros, ou com que balança mede deus o peso e mérito dos sacrifícios, para decidir se valem ou não pela cura que é desejada.     
No campo da moral ou do espiritual não consigo vislumbrar nenhuma justificação aceitável para martírios, sacrifícios, dores e penas. Não é pelo foco e pelo desenvolvimento do negativo que se exalta o positivo.

Poderei estar errada? Naturalmente que sim, mas para já o raciocínio e a intuição não me permitem entender as coisas de forma diferente.
"Cedo ou tarde você vai perceber, como eu, que há uma diferença entre conhecer o caminho e percorrer o caminho". 
(Morpheus, The Matrix)

O pagador de promessas, já tinha visto uma reportagem sobre isso.

No fundo o pagador de promessas é alguém que lucra financeiramente com a palermice/ idiotice dos outros.

Deus não quer pessoas a passar por sacrifícios que não sejam estritamente necessários. Deus quer pessoas alegres, verdadeiramente felizes e que contribuam para o enobrecimento da sua obra aqui na Terra.

Por tanto em vez de promessas de ir a Fátima e coisas similares poderiam antes esforçarem-se por serem ainda mais correctas e nobres enquanto seres humanos, que isso sim seria do agrado de Deus.

A senhora luminosa também não é um centro de atendimento de pedidos, foi apenas um ser humano que veio entregar uma mensagem de grande importância para a humanidade.

Por último: ninguém fica com a sensação que o "pagador de promessas" não acaba por ser uma espécie de tentar fugir à responsabilidade? Se alguém acreditar na Justiça Divina acha que ela (a pessoa) pode errar e depois mandar outra (pessoa) resgatar o erro que ela mesma cometeu? Espero sinceramente que não pensem tal coisa. Por outro lado como já referi a Luz quer é que os seres humanos sejam correctos para que possam ser felizes... e andar de joelhos ou fazer dezenas de quilómetros a pé desnecessariamente não parece a melhor forma de cuidar do corpo atribuído ao espírito da pessoa para o seu desenvolvimento... já que não é com o estragar do corpo ou com o seu desgasto acelerado desnecessário que o ser humano realmente evolui da melhor forma.