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  • Anjos... porquê?
    Iniciado por Cassandra
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Citação de: moonchild em 25 abril, 2017, 00:48
Pois, de "anjos" talvez tenham pouco, mas ha outra questão, porque "Deus" criou os anjos? O hoopsy tocou num ponto importante, se "Deus" é omnipresente e tão poderoso porque necessita de anjos? Ou será que não é assim tão poderoso?


     Conversar seriamente sobre estes assuntos têm este efeito benéfico que é abordar o tema a partir da sua origem. E a questão aqui levantada merece ser bem meditada, porque diariamente milhões de pessoas pedem ajuda a seres dos quais desconhecem a origem e motivos de andarem por cá. Não confiam no carpinteiro que solícito, lhes vai a casa arranjar a porta que não fecha, mas escancaram a porta da sua vida e dos seus, a seres dos quais só ouviram falar, desconhecendo em que práticas é que se tornaram espíritos superiores ou qual o tipo de luz que os tornou iluminados.

     Porque deus criou os anjos? Se na verdade foi ele que os criou, a resposta só pode ser uma: - Por necessidade.

     Em tudo o que está escrito sobre deus, transparece a imagem dele como um homem, seja nos desejos, seja nas atitudes, seja nos sentimentos. Qual o ser pensante que viveria milhões de anos sem companhia? Além disso, deus demonstra um certo narcisismo, uma necessidade de se sentir adorado como alguém especial e extraordinário, como "o único".

    Este defeito moral, quiçá adquirido aquando da sua própria criação, só poderia ser aliviado nos seus sintomas ao sentir-se rodeado de "exércitos de seres", neste caso seres espirituais, que o adorassem e a quem obedecessem cegamente. Os tais anjos foram criados para adorarem a deus e lhe obedecerem cegamente, prova disso é que aqueles que lhe desobedeceram e se tentaram impôr perante ele, foram expulsos e considerados demónios. Interessantes as aparências com a história de Adão e Eva.

     Os anjos não foram criados para auxiliarem os homens porque nesses tempos os homens ainda não existiam e também não foram criados para terem vontade própria pois deus não tolera a iniciativa privada por lhe retirar o mérito de toda a obra. Perdoem-me os crentes, mas é isto que está escrito, preto no branco, nas leis e ordens de deus.

     Os anjos são contudo figuras ao mesmo tempo espirituais e humanas. Não é que desceram dos céus e procriaram com as filhas dos homens e daí nasceram filhos e filhas?

     A imagem do ser espiritual perfeito cai por terra. No principio, não só tinham corpo, como os prazeres da carne os invadiam e os levava a satisfazer as suas necessidades carnais, pois amor tântrico não faz filhos a ninguém. Afinal onde ficámos: Eram seres espirituais ou seres de carne e osso e mais alguma coisa?

     Não vai faltar quem pense que são histórias bíblicas escritas por homens, mas pensem também que após terem sido escritas, deus ainda continuou por uns milhares de anos a comunicar com os homens e não consta que tivesse dito que eram mentira. Assim como nenhuma outra entidade espiritual que se diga ao serviço de deus encontra coragem para negar perante os homens aquilo que dizem que deus mandou escrever. Sejam eles anjos, santos ou até mesmo a virgem que por aquilo que disse ao longo das varias aparições, dá a entender que tomou as rédeas do poder divino.

     O termo "anjo", seria melhor entendido se fosse traduzido por "soldado de deus", que é o que deus dá a entender quando fala nos seus exércitos de anjos. E todos sabem para que é que se criam exércitos.

F.Leite

     

#31
Citação de: Filipa84 em 24 abril, 2017, 10:18
Percebo que a Bíblia diz que devemos adorar apenas a Deus. Faz sentido, ok.
Mas orar, a outras entidades que não Deus, que mal faz? Não há liberdade de expressão? Não posso orar/"conversar" com um familiar falecido, ou Santo António, ou Virgem Maria? Porque razão a bíblia o proíbe?
Não há diferenças entre orar e adorar. Temos de olhar para estas questões como questões energéticas, porque é esse o cerne da questão.
As palavras de uma oração têm força, a conversa de circunstância que tenho com um familiar nem tanto. E quando se "conversa" com entidades geralmente não é para ter conversas de circunstância, certo?
Quando oramos estamos a dirigir a nossa energia para o alguém a quem estamos a rezar. Expomos os nossos problemas, dúvidas, esperanças nessa oração, damos essa atenção (isto é, a nossa energia) esperando que a prece seja atendida. Quando estamos em adoração é igual, a nossa atenção/ energia é dirigida para o objecto da nossa adoração.

Citação de: F.Leite em 24 abril, 2017, 21:01
    O problema da sociedade é esse mesmo, cada um entender a religião à sua maneira aproveitando do original somente aquilo que lhe serve e satisfaz as suas necessidades.

    Se a bíblia existe e se o deus que adoram é o deus bíblico, não seguir à letra o que ela diz só pode ser tomado por hipocrisia. Eu sei que a verdade por vezes ofende, mas qualquer um que se assuma como fiel discípulo de uma qualquer religião obriga a aceitar todos os princípios e livros que regem essa mesma religião. De nada serve a desculpa de ser da religião mas ser não praticante.
Plenamente de acordo. Entendo as questões ligadas à liberdade de expressão já aqui referenciadas, mas isso é um conceito moderno e humano. Não cabe num livro milenar que nos fala das vontades de um deus, vontades que ele espera que sejam prontamente satisfeitas, sem contestações.

Citação de: AlexaM em 24 abril, 2017, 11:14
Os anjos, ou representações, são transversais e comuns a todas as crenças (ou quase) e não são mencionados apenas na Bíblia.

Vou ver se encontro um dos meus livros, onde está muito bem explicado o assunto e volto depois para postar.
Se puderes, agradeço. É sempre bom expandir o debate, ainda que o foco do post inicial seja relativo às entidades que conhecemos através da bíblia, trazidas até nós pelas religiões que daí derivaram que se apropriaram dessas entidades e lhes acrescentaram uma série de detalhes.

Apesar dessas entidades poderem surgir noutros contextos, aquilo que está presente na mente da maioria das pessoas que rezam a anjos é a versão dessas religiões. Seja o nome, orações, atribuições e até a imagem. E é neste âmbito que surge a problemática das "regras".

Um aparte:
Citação de: F.Leite em 25 abril, 2017, 10:48
    Em tudo o que está escrito sobre deus, transparece a imagem dele como um homem, seja nos desejos, seja nas atitudes, seja nos sentimentos. Qual o ser pensante que viveria milhões de anos sem companhia? Além disso, deus demonstra um certo narcisismo, uma necessidade de se sentir adorado como alguém especial e extraordinário, como "o único".

   Este defeito moral, quiçá adquirido aquando da sua própria criação, só poderia ser aliviado nos seus sintomas ao sentir-se rodeado de "exércitos de seres", neste caso seres espirituais, que o adorassem e a quem obedecessem cegamente. Os tais anjos foram criados para adorarem a deus e lhe obedecerem cegamente, prova disso é que aqueles que lhe desobedeceram e se tentaram impôr perante ele, foram expulsos e considerados demónios. Interessantes as aparências com a história de Adão e Eva.    
Talvez tudo se resuma às questões:
- Porquê a necessidade de se designar como "único e não há outro além de mim"?
- Porquê a necessidade de querer convencer as suas criações do seu poder? (isso não seria óbvio?)
- E sim, para quê um exercito? Está em guerra com quem?

...sendo que, quando se pensa nas três questões em conjunto, a resposta que surge só pode ser uma.


Outro aparte: não penso que seja fundamentalmente importante para deus a questão "anjos ou demónios". No velho testamento ele não parece ter problemas em falar com uns e com outros.
"Cedo ou tarde você vai perceber, como eu, que há uma diferença entre conhecer o caminho e percorrer o caminho". 
(Morpheus, The Matrix)

Desculpem a minha insistência no assunto, mas acho que faz sentido nesta discussão.
- em minha opinião, o antigo testamento, é um conjunto de relatos( livros ) que narra as venturas e desventuras de um povo e de sua relação com o seu Deus,que por sua vez estava confinado a determinada localização geográfica. Assim sendo, essas narrativas demonstram qual a ideia que esse povo tinha sobre estes supostos seres celestiais. Logo serve de referência, mas nunca como um todo.
- Nas religiões passadas e presentes os seres celestiais são descritos nem sempre de forma igual ou semelhante.

Dito isto avancemos para as questões do debate.
-Porque Deus Criou os anjos?
Em minha opinião, pela mesma razão que criou o ser humano ou qualquer outro ser do universo.
-Qual a função que os anjos desempenham?
Aquela que o Criador lhe atribuiu. Mas que no fundo foge ao entendimento humano, porque de religião em religião, a função muda. E como nós, seres humanos, não temos acesso direto e visual a esse mundo, nada mais podemos fazer se não especular ou seguir as indicações dadas pela religião a que pertencemos.
-Porque é que inúmeras pessoas adentram neste tipo de cultos?
Penso que por os considerar seres superiores, sendo assim uma forma de mais rápido chegar até ao Criador com suas preces e orações. Embarcando assim em tudo e mais alguma coisa. E qualquer "coisa" que os mencione é tomado logo à partida como verdadeiro e viável. Assim sendo, acredito que o tema seja aproveitado por aproveitadores de fé alheia. Recordo-me que há uns anos atrás encontrei por acaso um site que publicitava mais de 300 iniciações diferentes de Reiki. Logo assumo que seja possível que tal aconteça com os anjos. Levando os mais incautos a adentrar em "esquemas complicados".
-Serão anjos os nossos Guias?
Não faço a mínima ideia, nem tenho como assumir tal ideia. Até hoje, jamais algum guia que me acompanha, mencionou tal coisa. É certo que não sei muito sobre qualquer um deles, mas até hoje nenhum me deu motivos para desconfiar de suas intenções. E sim, confio naquilo que fazemos juntos.

Opinião pessoal.

#33
Citação de: moonchild em 25 abril, 2017, 00:48
Pois, de "anjos" talvez tenham pouco, mas ha outra questão, porque "Deus" criou os anjos? O hoopsy tocou num ponto importante, se "Deus" é omnipresente e tão poderoso porque necessita de anjos? Ou será que não é assim tão poderoso?

um a parte... moonchild é A hoopsy, sou uma menina :p

Citação de: hoopsy em 26 abril, 2017, 17:09
um a parte... moonchild é A hoopsy, sou uma menina :p
Desculpa...não tinha reparado😅😆😓
"Um dia eu lhe disse para esconder o seu coração... Você deveria ter escutado"

Citação de: Lancelot em 25 abril, 2017, 22:06
-Porque é que inúmeras pessoas adentram neste tipo de cultos?
Penso que por os considerar seres superiores, sendo assim uma forma de mais rápido chegar até ao Criador com suas preces e orações. Embarcando assim em tudo e mais alguma coisa. E qualquer "coisa" que os mencione é tomado logo à partida como verdadeiro e viável. Assim sendo, acredito que o tema seja aproveitado por aproveitadores de fé alheia. Recordo-me que há uns anos atrás encontrei por acaso um site que publicitava mais de 300 iniciações diferentes de Reiki. Logo assumo que seja possível que tal aconteça com os anjos. Levando os mais incautos a adentrar em "esquemas complicados".
O meu "problema" é basicamente com esta questão.
Como disseste, saber ao certo o que são e o que fazem é difícil. A informação é pouca, às vezes contraditória entre teorias e às vezes contraditória dentro da mesma teoria.

As pessoas deviam ter mais atenção aquilo em que depositam energia, esperanças e medos. Muitas vezes o que se sabe está quase ao nível de um diz-que-disse.
"Cedo ou tarde você vai perceber, como eu, que há uma diferença entre conhecer o caminho e percorrer o caminho". 
(Morpheus, The Matrix)

Bom dia,
Conforme prometido, cá fica:

"(...) Apesar de muitas pessoas os associarem à religião, os anjos não professam nenhuma (...)
O islamismo, o judaísmo e o cristianismo são religiões monoteístas – acreditam num único Deus – e todas elas têm uma tradição de seres celestiais que transmitem mensagens de orientação, cura e esperança aos seus seguidores e aos seus líderes. As religiões politeístas, que acreditam em muitos deuses, não têm anjos, mas têm seres celestiais ou mensageiros com qualidades angélicas. (...) a crença em anjos é universal (...).
No judaísmo, um anjo é um mensageiro espiritual ao serviço de Deus. Os anjos desempenham um papel determinante no pensamento judaico, apesar de o significado exacto da palavra ter sido sujeito a diferentes interpretações. No Velho Testamento, os anjos desempenham várias funções, incluindo a transmissão de mensagens de Deus para os humanos e a protecção dos israelitas. O arcanjo Miguel é o guardião do povo de Israel e nos anos mais recentes tem havido na comunidade judaica um renovado interesse por anjos.
Na teologia cristã, os anjos são atribuídos individualmente e a sua missão é guiar e proteger. Na fé católica são representados como intermediários espirituais e instrumentos de comunicação entre Deus e a humanidade. Cada pessoa tem o seu próprio anjo-da-guarda (é uma questão de fé), que intercede por ela junto de Deus.
Na tradição islâmica, a crença nos anjos pode ter sido herdada do judaísmo e do cristianismo. Segundo a doutrina desta religião, o profeta Maomé é levado ao Céu por anjos, onde o arcanjo Gabriel lhe dita o que viria a ser a mensagem do Corão, a qual diz que os anjos são a ponte entre o Céu e a Terra. De facto, a crença nos anjos é um dos seis pilares da fé islâmica, na qual existe uma vasta hierarquia de anjos criados a partir da luz. No Islão, os anjos não guiam e protegem apenas os humanos. Segundo o profeta Maomé, «cada gota de chuva que cai é acompanhada por um anjo porque até a chuva é uma manifestação da vontade de Deus».
O budismo baseia-se nos ensinamentos de Buda (Siddhartha Gautama), que nasceu por volta do ano 560 a. C. Os budistas acreditam na reincarnação, não num Deus criador. Por outras palavras, através do renascimento, aprendemos a abdicar dos nossos desejos e ligações até que, por fim, atingimos o nirvana ou a luz. Os bodhisattvas revelam-se às pessoas através de formas de luz ou da meditação.
O hinduísmo teve origem há 3000 anos, talvez mesmo antes. Os hindus acreditam num Deus universal, criador e transformador de tudo, chamado Brama, e todas as outras divindades, como Vishnu, o Preservador, e Shiva, o Destruidor, são manifestações de Brama, a realidade externa. Brama manifesta se no espírito humano como Atman, ou alma. No hinduísmo não existem referências a anjos, mas existem espíritos muito parecidos, como os devas ou «aqueles que brilham», que podem aparecer aos humanos como emanações de luz para os ajudar nas suas jornadas espirituais.
Nas culturas xamânicas, as aves místicas, que se parecem com anjos, viajam entre este mundo e o outro em busca dos fragmentos da alma das pessoas. Na tradição espiritual de muitas das primeiras nações da América do Norte existe uma ave mitológica que transporta mensagens, ilumina e que, por vezes, assume a forma humana. O povo Lacota chamava wakinyan a esta criatura. Os Nootka chamavam-lhe Kw-Uhnx-Wae os Kwakiult Hohoq. (...)
Nos anos de 1960 do século xx emergiu um movimento espiritual chamado New Age, que pode ser definido como «religião após as outras», orientado para as espiritualidades pagãs, como a celta ou a gnóstica. E o que é fascinante é que até neste movimento os anjos permanecem com um papel preponderante.
(...)
As fontes antigas, anteriores ao livro do Génesis (que data do século vi ou vii a. C.), mostram nos que os anjos, ou mensageiros divinos, já existiam nos escritos sumérios, babilónicos, assírios, persas, egípcios e gregos e é possível que as crenças hebraicas, no que se refere aos anjos, tenham sido herdadas destas fontes. Por sua vez, o cristianismo e o islamismo tê las ão herdado do judaísmo. Há mais de 4000 anos, na Pérsia (hoje Irão) e na Índia já as pessoas estendiam as mãos para os devas, os tais «seres brilhantes», mensageiros do divino. Os babilónios gravavam imagens de seres alados na pedra dos seus templos para os proteger. Os mesmos seres apareceram mais tarde no judaísmo e depois no cristianismo e no islamismo. Numa antiga coluna suméria (c. 2300 a. C.) do templo de E Nun makh, na cidade de Ur, vê se um ser alado a deitar água da vida na taça do rei. Nos escritos assírios, a palavra kababu ou kuribu significava seres protectores alados. Na mitologia egípcia a deusa Ísis usa as suas asas para insuflar vida no seu marido e no seu irmão Osíris. Os antigos gregos acreditavam em Hermes, o mensageiro dos deuses, com asas nos calcanhares. Na mitologia romana, Hermes é substituído por Mercúrio. Os antigos gregos e romanos também tinham os seus diamones, espíritos bons e maus. Os bons eram protectores pessoais. Noutras culturas antigas os seres alados têm poderes sobrenaturais: criaturas aladas com cabeça humana nos túmulos etruscos, as valquírias viquingues, as fereshta persas e as apsarás hindus.
Um dos primeiros registos históricos chega-nos, talvez, do zoroastrismo, a religião monoteísta mais antiga do mundo, fundada por Zoroastro, que viveu na Pérsia entre 1500 e 550 a. C. O zoroastrismo é importante devido aos seus vínculos com as espiritualidades oriental e ocidental. Zoroastro ensinou que há um Deus de bondade e luz e que as pessoas são atormentadas por demónios e ajudadas por anjos de luz. Zoroastro acreditava que os humanos é que escolhem entre a bondade (anjos) e a maldade (demónios).
Um outro registo histórico muito antigo é, claro, a Bíblia. No livro Génesis 18:1-5, que pode ser uma das primeiras referências a seres espirituais com forma humana, Deus e dois anjos aparecem a Abraão como homens para lhe anunciar que Sara, a sua mulher, terá um filho (...)
Na sua forma escrita actual, a história tem cerca de 3000 anos, mas pode ser mais antiga e fazer parte de uma série de histórias sobre o povo Judeu passadas oralmente de geração em geração.
Existem mais de 300 menções a anjos como mensageiros de Deus na Bíblia, tanto no Velho como no Novo Testamento. Os anjos estão presentes na vida de Jesus desde a anunciação ao Seu nascimento (Lucas 1:26ff) até à Sua ascensão ao Céu (Mateus 28:6ff), como homens ou sem qualquer forma humana.
(...)
Por outras palavras devas, diamones, valquírias, fereshtas, kabirus, apsaras e malaika são uma e a mesma coisa: seres celestiais que funcionam como uma ponte entre o divino e o humano e que transportam consigo um sentimento de orientação e protecção.
Desde os tempos antigos até à Idade Média, ao Iluminismo, ao século XVII e princípios do século XVIII que se acredita que os anjos desempenham um papel chave nas religiões ou na vida espiritual (...) No entanto, por ocasião da revolução científica no século XVII, as ideias novas sobre a ciência puseram como nunca a religião em cheque e o interesse pelos anjos decresceu (...)
Nos nossos dias a crença em anjos está de novo a crescer (...) Muitos daqueles que que subscrevem o movimento New Age acreditam que ele é liderado angelicamente através do contacto com os seus próprios anjos-da-guarda. O movimento New Age é difícil de definir porque é uma transformação espiritual livre que difere das religiões convencionais no sentido de que não tem profetas, textos sagrados, credos ou fiéis, não passa de uma procura da verdade e da compreensão através  de desenvolvimento da espiritualidade.
Uma das razões principais para o aumento da crença em anjos é a fome cada vez maior de orientação espiritual (...)"

In Como ver, ouvir e sentir os nossos anjos, de Theresa Cheung, Editora Planeta, 3ª edição

     Interessante também, é que em toda a literatura que já li sobre os anjos, li várias descrições onde se diz que eles possuem asas, mas nunca nos relatos das suas acções li que tivessem "batido ou usado" as asas para voarem.

     Eu sei que só li uma ínfima parte do que está escrito sobre eles, mas se são seres espirituais ou algo do género, para que precisam de asas se elas só são necessárias para elevar no céu algo que tenha peso e volume e que esteja sujeito às leis da gravidade, leis essas a que a energia escapa?

     Se a descrição das asas é uma alegoria, então deveríamos procurar situar no tempo a origem dessa alegoria, porque se ela vem do tempo dos Sumérios a coisa fica feia.

Citação de: F.Leite em 28 abril, 2017, 15:45
     Interessante também, é que em toda a literatura que já li sobre os anjos, li várias descrições onde se diz que eles possuem asas, mas nunca nos relatos das suas acções li que tivessem "batido ou usado" as asas para voarem.

     Eu sei que só li uma ínfima parte do que está escrito sobre eles, mas se são seres espirituais ou algo do género, para que precisam de asas se elas só são necessárias para elevar no céu algo que tenha peso e volume e que esteja sujeito às leis da gravidade, leis essas a que a energia escapa?

     Se a descrição das asas é uma alegoria, então deveríamos procurar situar no tempo a origem dessa alegoria, porque se ela vem do tempo dos Sumérios a coisa fica feia.
E se as asas não forem propriamente deles? Li há um tempo que o termo "Nephilim" podera ter sido mal traduzido, não seria propriamente "anjos caidos" mas antes "aqueles que vieram do ceu". Na minha opinião poderiam ser pilotos de naves, e as asas se referirem ás proprias naves.
"Um dia eu lhe disse para esconder o seu coração... Você deveria ter escutado"

#39
Citação de: moonchild em 29 abril, 2017, 00:45

E se as asas não forem propriamente deles? Li há um tempo que o termo "Nephilim" podera ter sido mal traduzido, não seria propriamente "anjos caidos" mas antes "aqueles que vieram do ceu". Na minha opinião poderiam ser pilotos de naves, e as asas se referirem ás proprias naves.


    Menina, os humanos entendem deus como alguém que ama os seu filhos, os proteje e os ajuda a superar as dificuldades, dando-lhes força, saúde e um mínimo de amparo nos momentos difíceis.

    Isto é o que as pessoas têem na mente quando se dirigem a deus nas suas orações. Porém nenhuma destas atitudes deus tem para com os humanos, pelo contrário.

    Deixa-nos viver na angustia, na dor e na doença e nada faz além de dizer que o merecemos por sermos pecadores.

    A meu ver somos mesmo uma alteração que seres vindo de outro planeta fizeram no Homo-Erectos ou no Homem do Neantherdal, alterando dessa forma a evolução natural a que deveríamos ter sido sujeitos.

    Imagine agora se andamos aqui a chamar deus a algum cientista meio louco, apostado em destruir a obra que outro cientista produziu?

Ui, isso iria causar uma revolução a nivel mundial sem precedentes.
"Um dia eu lhe disse para esconder o seu coração... Você deveria ter escutado"

É uma teoria sem provas físicas, mas que eu acho muito possível e provavel.
Mas também acho que no dia que a mãe natureza se chatear com a nossa presença aqui passamos a pó num instante.

E é aqui que a discussão bate na velha questão:
A natureza e origem do espírito vs a natureza e origem do corpo e a evolução do "animal".




"Cedo ou tarde você vai perceber, como eu, que há uma diferença entre conhecer o caminho e percorrer o caminho". 
(Morpheus, The Matrix)

#43
Acredito que temos todos próximos a nós seres a quem se podem chamar de anjos, arcanjos, guardiões, ou demónios.
Os mesmos encontram-se mais ou menos próximos a nós devido à nossa conduta para com o proximo.
Tanto temos entidades ao nosso lado que nos podem de alguma forma ajudar, como também as temos que se alimentam dos nossos chamados defeitos ou erros e que procuram constantemente prejudicar-nos, mesmo fazendo-o de uma forma dissimulada, alimentando-nos o ego por vezes e dando-nos "força" para fazermos mal às pessoas que nos rodeiam.

Por isso sempre tive muito cuidado e atenção com entidades que gostam de "dar graxa", porque por regra quem nos dá lustro aos sapatos, quer sempre algo em troca.

Citação de: F.Leite em 28 abril, 2017, 15:45
    Interessante também, é que em toda a literatura que já li sobre os anjos, li várias descrições onde se diz que eles possuem asas, mas nunca nos relatos das suas acções li que tivessem "batido ou usado" as asas para voarem.

    Eu sei que só li uma ínfima parte do que está escrito sobre eles, mas se são seres espirituais ou algo do género, para que precisam de asas se elas só são necessárias para elevar no céu algo que tenha peso e volume e que esteja sujeito às leis da gravidade, leis essas a que a energia escapa?

    Se a descrição das asas é uma alegoria, então deveríamos procurar situar no tempo a origem dessa alegoria, porque se ela vem do tempo dos Sumérios a coisa fica feia.

A questão das asas não é uma alegoria, elas existem.
Contudo uma das funções das mesmas é a proteção, ou seja, usam-nas para protegerem quem têm na sua alçada.
Acho na minha opinião pode ser a materialização ou imagem digamos, de uma "ferramenta" ou energia de proteção.
Contudo todas as razões para a existencia das mesmas evidentemente que não são do meu conhecimento...contudo as imagens ilustradas que existem neste caso dos arcanjos, não são muito disfazadas da realidade.

Podiamos colocar a mesma questão para os demónios, se são entidades, energia, porque precisam eles de se apresentarem como seres misticos, como por exemplo dragões?
Se eles não são matéria, porque precisam eles de se apresentarem e moverem-se como matéria fisica?
São questões na minha opinião muito interessantes de serem debatidas
Não é demonstração de saúde ser bem ajustado a uma sociedade profundamente doente

Citação de: Kyrie em 02 novembro, 2017, 20:06
A questão das asas não é uma alegoria, elas existem.
Contudo uma das funções das mesmas é a proteção, ou seja, usam-nas para protegerem quem têm na sua alçada.
Acho na minha opinião pode ser a materialização ou imagem digamos, de uma "ferramenta" ou energia de proteção.
Experiências recentes levam-me a concordar contigo nesta questão das "asas" serem uma ferramenta de protecção.
Talvez não sejam asas propriamente ditas, talvez isso seja apenas aquilo que um certo tipo de manifestação energética parece.

Citação de: Kyrie em 02 novembro, 2017, 20:06
Podiamos colocar a mesma questão para os demónios, se são entidades, energia, porque precisam eles de se apresentarem como seres misticos, como por exemplo dragões?
Se eles não são matéria, porque precisam eles de se apresentarem e moverem-se como matéria fisica?
Não será para impressionar?
Supondo que eles são feitos de algo que os nossos olhos não conseguem percepcionar na sua forma original, mas podem materializar-se de modo a que os nossos sentidos os consigam detectar - se podem escolher a forma, não escolheriam algo que impusesse medo, respeito?
"Cedo ou tarde você vai perceber, como eu, que há uma diferença entre conhecer o caminho e percorrer o caminho". 
(Morpheus, The Matrix)