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  • O Livro Tibetano dos Mortos
    Iniciado por Cassandra
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"Não se sabe ao certo há quantos séculos ou milênios surgiu o conteúdo do Bardo Thodöl. Tratar-se de uma tradição secreta, transmitida ao longo do tempo, não existindo, com isso, registros de sua origem. Oriunda da antiga religião Bön, acredita-se que sua compilação remonte ao séc. VIII d.c., cuja supervisão esteve a cargo do grande mestre budista e Guru Rinpoche, Padma Shambava, o primeiro lama, tido pela sociedade tibetana como a segunda encarnação de Sidarta Gautama, o Buda.

O Livro Tibetano dos Mortos afirma não apenas que a consciência persista após a morte, mas que é possível morrer de modo que seja atingido o despertar da consciência de si e da compreensão da realidade.

Na tradição tibetana, o livro é lido por um monge a um moribundo, geralmente em voz alta, e continua a ser recitado por 49 dias (7 semanas) mesmo após seu falecimento. Os tibetanos acreditam que, ainda após a morte, a consciência permanece em contato com o local de falecimento e ainda pode assimilar as mensagens transmitidas pelo monge. Dessa forma, acredita-se que uma pessoa que passe pela grande "cirurgia da morte" com conhecimento sobre "o outro lado da vida" pode, como indica o livro, saber como se conduzir nos diferentes estados de consciência do plano pós-morte."
(in Wikipedia,O_Livro_Tibetano_dos_Mortos)


Que tipo de mensagens se pretendem passar? Um exemplo:

"Lembra-te da luz clara, a luz clara pura e branca, da qual tudo no universo vem, para a qual tudo no universo volta, a natureza original do teu próprio espírito. O estado natural do universo não manifesto.

Deixa-te ir para a luz clara, tem confiança nela, funde-te nela. É a tua verdadeira natureza, é o lar.

As visões que experimentas existem no interior da tua consciência. As formas que têm são determinadas pelos teus apegos passados, os teus desejos passados, os teus medos passados, o teu karma passado.
Essas visões não têm realidade fora da tua consciência. Mesmo se muitas parecem assustadoras, não te podem magoar. Contempla-as a passar pela tua consciência. Todas desaparecerão com o tempo. Não precisas de envolver-te nelas. Não precisas de sentir-te atraído pelas visões bonitas. Não precisas rejeitar as visões assustadoras. Não precisas de deixar-te seduzir ou excitar com as visões sexuais. Não precisas de apegar-te a todas essas visões.

Deixa-as passar. Se te envolveres com essas visões, vais ter de vaguear durante muito tempo num estado de confusão. Deixa-as passar pela tua consciência como nuvens que passam num céu vazio.
Fundamentalmente, não têm mais realidade do que isto.

Lembra-te destes ensinamentos, lembra-te da luz clara, a luz clara, pura, branca e brilhante da tua própria natureza: é a imortalidade.

Se puderes olhar para as visões que experimentas, reconhecerás que são compostas pela mesma luz clara, pura e branca, como tudo no universo.

Não importa por onde ou quão longe tu vaganbundeias, a luz está a uma fracção de segundo, a uma respiração de ti. Nunca é tarde de mais para reconheceres a luz clara."

Os Ensinamentos do Buda, Jack Kornfield
"Cedo ou tarde você vai perceber, como eu, que há uma diferença entre conhecer o caminho e percorrer o caminho". 
(Morpheus, The Matrix)