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  • Um piano e uma recordação
    Iniciado por brunojge
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Este texto é pouco diferente dos outros. Não me considero um escritor, mas, este texto partiu de um pouco das minhas experiências de regressão. Foi estranho, porque, estava no youtube a ouvir o audio de regressão da Faty Lee, mas, quando terminou deixei-me estar, e começou um cover de piano e vieram-me estas imagens mais nítidas, de outra experiência que já tive, como se fosse uma continuação (não sei explicar bem)
Este é o cover que ouvi e foi ao som dele que escrevi o texto, parte pessoal, parte imaginação:

http://www.youtube.com/watch?v=fUJSMtVVLWg

Sentado ao piano, observava um rosto que surgia refletido no porta-pautas vazio. Vários rostos surgiam muitas vezes naquele espaço, mas, aquele era diferente. Aquele rosto era familiar sem nunca o ter visto. Uma estranha química de recordação e de sentimento surgia em todo o seu corpo.
Sem se aperceber, as suas mãos ocupavam agora as teclas e do piano saia agora um som que nunca tinha tocado na vida. Enquanto tocava a melodia, o seu olhar fixava-se naquele rosto. Um rosto de tons claros, cabelos escuros compridos e suaves madeixas, que se moldavam na curvatura da sua face enaltecendo os seus olhos e lábios, lembravam que já tinham conhecido aquela pessoa.
À medida que tocava a música, no centro comercial, as pessoas começavam a rodear o piano. O pianista, à medida que os dedos tocavam com vida própria e os seus olhos fixavam os dela, formavam-se na sua mente imagens de momentos. Seriam eles imaginação, ou realmente existiram?
Na sua mente, imagens de um baile de máscaras o século XVIII vinha à sua mente. As cenas de um encontro entre ele e aquela rapariga tornavam-se cada vez mais nítidas. Uma tentativa de passagem pela multidão e um choque casual que cruzou os olhares. Com as faces escondidas pelas suas máscaras de meia face, os olhos eram o elo que os unia. A música começava, e sem palavras, apenas com um gesto, o convite para a dança. Ambos dançaram olhando-se. Não eram precisas palavras, os corações estavam unidos pelo destino.
Novamente, memórias de um momento magnífico. Uma varanda, as mãos dadas e uma lua sobre o Monte da Lua iluminavam aquele momento mágico e único. Não era precisas apresentações, eles amavam-se, os seus corações diziam isso.
Novas imagens vinham à sua mente, um terramoto e uma igreja. Ambos abraçados viam o terror das paredes a ruírem e a caírem sobre eles.
De volta a si, e a música a terminar, o rosto refletido soltava lágrimas. Também se recordava do passado.
Ao terminar a música, se sequer agradecer os aplausos tão calorosos como se fossem numa sala de espetáculos, saiu do banco para encontrá-la. Não a via. Olhou para todos os lados, e viu-a no fecho das portas do elevador.
Ambos levantaram as mãos e acenaram para um adeus. Seria um até breve ou um adeus para sempre? Ele não sabia, mas, no seu coração havia agora a esperança de que um dia podia reencontrá-la novamente e, quem sabe, viver aquele amor que um dia nasceu e não morreu.
Enquanto te podes mexer, treina o corpo. Quando não te podes mexer, treina a mente.

#1
Lindo, lindo, lindo.  :o

Se é verdade, imaginação ou recordação, pouco importa. As emoções falam por si.
Espero que as experiências futuras sejam tão bonitas como esta.  :)
Iei Or (faça-se luz)
Shalom Aleichem

Obrigado, Cleópatra!
Há que agradecer também à Faty Lee pelos audios de registos Akashicos  que ela disponibilizou neste fórum.
Enquanto te podes mexer, treina o corpo. Quando não te podes mexer, treina a mente.

A Faty está a fazer muita falta neste fórum. Espero que as "férias" dela acabem rápido!