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  • Sem remédio
    Iniciado por cepticooucrente
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Aqueles que me têm muito amor
Não sabem o que sinto e o que sou...
Não sabem que passou, um dia, a Dor
À minha porta e, nesse dia, entrou.

E é desde então que eu sinto este pavor,
Este frio que anda em mim, e que gelou
O que de bom me deu Nosso Senhor!
Se eu nem sei por onde ando e onde vou!!

Sinto os passos de Dor, essa cadência
Que é já tortura infinda, que é demência!
Que é já vontade doida de gritar!

E é sempre a mesma mágoa, o mesmo tédio,
A mesma angústia funda, sem remédio,
Andando atrás de mim, sem me largar!


Florbela Espanca

Bem eu adoro este soneto... à medida que o lia lembrei-me de uma tertúlia em que participei onde alguém sem contarmos se levanta de uma mesa e começa, com uma voz seca, rouca e grave, a declamar este poema... ainda oiço dentro de mim a declamação deste maravilhoso soneto da Espanca!

Amei :)
..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
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