Bem-vindo ao Portugal Paranormal. Por favor, faça o login ou registe-se.
Total de membros
19.424
Total de mensagens
369.448
Total de tópicos
26.915
  • Sonhos e sua interpretação
    Iniciado por Faty Lee
    Lido 48.161 vezes
0 Membros e 1 Visitante estão a ver este tópico.
Interpretar sonhos é uma forma de trazer à luz do dia o que está oculto na nossa mente - será algo que deves fazer a ti mesmo?

A roupa que usamos no dia-a-dia é também um disfarçe, mesmo que achemos que não por não andarmos com fatos de Carnaval. Mas nós comunicamos através da roupa e podemos passar esta ou aquela mensagem consoante a roupa que vestimos.

Consoante o sítio para onde vamos, assim nos vestimos em conformidade. Há pessoas que têm diferentes "personalidades": a do trabalho, a que mostram aos pais do(a) respectivo(a), a que levam aos treinos, a que levam quando vão sair...

Enfim, somos convidados pela sociedade a vestirmo-nos para a ocasião, uma roupa para cada papel que representamos.
Segundo os teus sonhos, parece que agora só podes vestir umas calças, mesmo que sintas que não tem jeito fazer isso todos os dias. Neste momento as tarefas do dia-a-dia só te permitem representar um papel, não há espaço para outras coisas.

A primeira parte do sonho de hoje não vou comentar para já. Desconfio do que seja, mas sinto que é melhor deixar para outra altura (dizem-me que às vezes falo de mais...   ::) )
Quanto à segunda parte, o teu amigo fez algo extraordinário, tão extraordinário que tu não te achaste capaz de fazer igual.
Para a próxima, experimenta. Há coisas maravilhosas por aí, à espera de acontecerem...

...talvez quando conseguires achar as outras calças.
"Cedo ou tarde você vai perceber, como eu, que há uma diferença entre conhecer o caminho e percorrer o caminho". 
(Morpheus, The Matrix)

Citação de: Cassandra em 15 abril, 2017, 18:30
A roupa que usamos no dia-a-dia é também um disfarçe, mesmo que achemos que não por não andarmos com fatos de Carnaval. Mas nós comunicamos através da roupa e podemos passar esta ou aquela mensagem consoante a roupa que vestimos.

Consoante o sítio para onde vamos, assim nos vestimos em conformidade. Há pessoas que têm diferentes "personalidades": a do trabalho, a que mostram aos pais do(a) respectivo(a), a que levam aos treinos, a que levam quando vão sair...

Enfim, somos convidados pela sociedade a vestirmo-nos para a ocasião, uma roupa para cada papel que representamos.
Segundo os teus sonhos, parece que agora só podes vestir umas calças, mesmo que sintas que não tem jeito fazer isso todos os dias. Neste momento as tarefas do dia-a-dia só te permitem representar um papel, não há espaço para outras coisas.


Por acaso são as calças que gosto mais até e que combinam com o resto da roupa toda ::) O meu único "medo" era o facto das calças não serem lavadas e cheirarem a bedungo a semana inteira. Será que estará relacionado com o meu eu representado por essas calças?

Citação de: Cassandra em 15 abril, 2017, 18:30


A primeira parte do sonho de hoje não vou comentar para já. Desconfio do que seja, mas sinto que é melhor deixar para outra altura (dizem-me que às vezes falo de mais...   ::) )
Quanto à segunda parte, o teu amigo fez algo extraordinário, tão extraordinário que tu não te achaste capaz de fazer igual.
Para a próxima, experimenta. Há coisas maravilhosas por aí, à espera de acontecerem...

...talvez quando conseguires achar as outras calças.

Agora que a curiosidade ficou espicaçada.. ui
"To have faith is to trust yourself to the water. When you swim you don't grab hold of the water, because if you do you will sink and drown. Instead you relax, and float." - Alan Watts

#632
Citação de: Fingarfan em 15 abril, 2017, 18:55
Por acaso são as calças que gosto mais até e que combinam com o resto da roupa toda ::) O meu único "medo" era o facto das calças não serem lavadas e cheirarem a bedungo a semana inteira. Será que estará relacionado com o meu eu representado por essas calças?
Eventualmente, quando se usa uma coisa demasiado tempo... é, acaba a cheirar mal.

Até aquilo que achamos ser a base, ou que liga tudo e com tudo, até isso precisa de ir a lavar de vez em quando... e nessa altura, enrolado no fundo de alguma gaveta sabe-se lá se não se vai encontrar outra peça de roupa que irá ser no futuro as calças que mais gostas?

Lembra-te, as calças mudam, a essência não. Ou como diriam os ensinamentos budistas, tu não és as tuas calças, as tuas calças não são/és tu.

Citação de: Fingarfan em 15 abril, 2017, 18:55
Agora que a curiosidade ficou espicaçada.. ui
Quando o tempo for certo, de alguma forma tudo será revelado.   ;)
"Cedo ou tarde você vai perceber, como eu, que há uma diferença entre conhecer o caminho e percorrer o caminho". 
(Morpheus, The Matrix)

Há uns dias atrás tive um sonho estranho e de vez em quando vem-me à cabeça... Já não lembro bem, sei que assistia como se estivesse a ver um filme.

Então o que lembro era assim:

Dois homens foram capturados e feitos escravos. Ambos tinham consciência e capacidades paranormais. Então resolveram juntos sair do corpo durante o sono e fugir daquela situação deixando os corpos para trás. Os corpos mesmo sem o espírito continuavam a trabalhar como escravos. Tinham consciência da sua condição e sabiam também que tinham sido abandonados pelos seus espíritos.
Mas um corpo trabalhava com afinco, desejava manter-se em boa forma física porque tinha a esperança que o seu espírito voltasse para o libertar e tinha de estar à altura do desafio. O outro corpo, ao sentir-se abandonado, perdeu completamente a vontade de viver, agia como um zombie, era como uma máquina de trabalho, nem queria saber do que o outro dizia...
Os espíritos mesmo longe sabiam que os seus corpos continuavam a ser escravos. O espírito do corpo zombie queria voltar para o salvar, e o espírito do corpo que tinha esperança de ser salvo não queria voltar porque tinha medo de não conseguir voltar a libertar-se da condição de escravo...
E o resto já não lembro o que aconteceu...

Super interessante o teu sonho. Nunca sonhei como apenas uma espectadora sem ter papel activo num sonho. Curioso que no teu sonho tinhas acesso a toda a informação como um narrador omnipresente, sabias o que pensavam os corpos e os espíritos mesmo estando distantes, assim como os espíritos também sabiam como se sentiam os corpos.

Impossível não reparar no paralelismo irónico, o corpo deprimido ia ser salvo pelo espírito, mas o corpo resiliente e esperançoso não ia ter salvação (embora o merecesse mais, a meu ver, pois estava a esforçar-se e a ser optimista).

Significados ocultos não me ocorrem agora, mas sem dúvida que esse sonho é simbólico. Diria até filosófico!
"A ciência não só é compatível com a espiritualidade; é uma profunda fonte de espiritualidade" - Carl Sagan

#635
Bom sonho!  

O que penso sobre o teu sonho:

Estás no papel de espectadora pelo que esta é uma história que te quiseram contar, provavelmente porque ela contém algo que deves ter presente, algo que não deves esquecer.

Os dois homens compreenderam a natureza da prisão em que viviam. O trabalho escravo representa aquilo que nos dizem ser o mais importante nesta vida: o culto do corpo, o culto do intelectualismo e o culto dos objectos. No fundo, o culto do ego e de tudo aquilo que o alimenta.

Tendo tido um vislumbre da sua condição de escravos, os dois homens  fugiram e deixaram tudo para trás. Ou pelo menos, era isso que eles pensavam.

"- Mestre, o que posso fazer para me libertar?
- Meu caro, o que é que te prende se não a tua mente?"

Muitas pessoas são capazes de acenar com a cabeça e compreender a um nível intelectual que existe uma verdade nesta pequena história, mas muito poucas serão capazes de viver essa verdade.

No teu sonho, os dois homens deram o passo em frente e avançaram para a fuga para a liberdade. Aparentemente, eram livres. Mas de facto, não o eram.

Um dos corpos tinha a esperança que o espírito voltasse e mantinha-se em forma. O espírito deste corpo não queria voltar. Este espírito provavelmente estaria apegado às vaidades do corpo e/ou às vaidades das conquistas no mundo físico: ser o melhor, o mais bonito, o mais talentoso, enfim, ser o número um e estar acima dos outros.
Se o espírito permitisse que o corpo proporcionasse ao ego sentir essas sensações outra vez, saberia estar perdido e voltaria a ficar preso.

O outro corpo sabe que o seu espírito não se interessa pelas vaidades do mundo físico e por isso, definha. Poder-se-ia pensar que este espírito estaria mais à frente que o outro, já que não liga a essas coisas triviais. Mas o ego tem várias fontes de alimento e veja-se como é forte o poder de um outro tipo de vaidade, mais intelectual e pseudo-moralista.
"Coitado do meu corpo, está tão triste, só e abandonado sem mim. Sem mim ele não é nada. Preciso de o salvar. Só eu o posso salvar!".

"Vaidade das vaidades, tudo é vaidade..." - e tudo é vaidade. E tudo o que é vaidade alimenta o ego, e o ego mantém-nos presos, mesmo que nos achemos libertos.

O que terá acontecido a esses dois espíritos? Provavelmente, voltaram às suas prisões pois nenhum deles estava em condição de se manter em liberdade.

O espírito salvador está cego por uma certa superioridade intelectual e moral.

O espírito que não quer voltar até é capaz de perceber os contornos da sua prisão, mas ainda não compreendeu que a verdadeira liberdade está em ser capaz de estar na presença da tentação, chamemos-lhe assim, e compreender o vazio que essa tentação representa, compreender que ela é ilusória e nada de significativo tem para lhe oferecer. Compreendendo isso, a tentação já não faz sentido e desaparece.


Estou consciente que esta interpretação está totalmente inquinada por aquilo que eu acredito ser verdade.
De qualquer modo, espero que tenha feito algum sentido para ti.
"Cedo ou tarde você vai perceber, como eu, que há uma diferença entre conhecer o caminho e percorrer o caminho". 
(Morpheus, The Matrix)

#636
Sim Cassandra, a tua interpretação é muito interessante, obrigada. Tenho de refletir...
O que eu vi, apenas é que existe uma dualidade "quase interminável"! O que é certo? O que é errado?

Filipa, eu de vez em quando tenho sonhos que sou apenas espectadora, e sim, normalmente sei tudo o que se passa com as personagens. 😉

Adorei a tua interpretação Cassandra.
Mas este sonho também pode ser uma reflexão sobre bondade, sacrifício e abnegação.

O espírito que decide ir salvar o corpo está a abdicar a sua liberdade em prol do bem estar do corpo que habitou.

Marta, em que trabalhavam os escravos, era relevante?

Eu diria que talvez num futuro próximo possas deparar te com um dilema: talvez tenhas de escolher entre trabalhar arduamente em algo que não gostas mas que será muito importante para alguém próximo, ou seguires os teus caminhos e a tua liberdade, sendo que nesse caso terás de lidar com um possível sentimento de culpa/responsabilidade por o tal alguém definhar, em consequência de não o ajudares.

Uma mensagem subliminal do teu inconsciente pode ser que a tua atitude vai depender da reacção do 'tal alguém' - se ficar extremamente deprimido, tu voltarás atrás, mas se ele for positivo e continuar a esforçar se sozinho, tu saberás que ele vai sair se bem, e não terás a consciência pesada por seguires o teu caminho.
"A ciência não só é compatível com a espiritualidade; é uma profunda fonte de espiritualidade" - Carl Sagan

Filipa, da maneira como vejo as relações entre tudo (sonhos e interpretações), está tudo ligado. As teorias colocam desafios e as formas como esses desafios se apresentam na prática são variadas - a tua interpretação pode perfeitamente ser um desses desafios. E é nas situações práticas diárias que as teorias se consolidam ou caem por terra.

Pegando na interpretação da Filipa, e supondo que isto é um aviso para um dilema que será colocado à Marta, três coisas:
- Estes dois corpos são totalmente dependentes dos espíritos, apesar de reagirem de forma diferente. O corpo que se mantém activo só o faz porque espera que o espírito volte e quer estar pronto para esse momento. Ele não está a seguir em frente, ele está a esforçar-se para que se mantenha tudo igual para quando o espírito voltar (parece que o corpo terá essa convicção, talvez ele esteja ciente do facto de o espírito provavelmente não conseguir partir uma segunda vez, caso volte).
- Os dois corpos são escravos, sabem-no, mas não parecem ambicionar reunir-se aos espíritos na liberdade. Querem reunir-se sim, mas ficando todos na escravidão. Poderia dar-se o caso de o corpo mais empreendedor pensar em libertar-se também, mas não.
- Os próprios espíritos também não colocam a hipótese de voltarem e ajudarem os corpos a se libertarem. Parece haver uma inevitabilidade nessa escravidão dos corpos que, para que corpo e espírito estejam juntos, só se forem ambos escravos.

Bondade, sacrifício e abnegação em si mesmos não não maus princípios mas... a linha que os separa da escravidão e da dependência, bem presentes aqui, pode ser muito ténue...
"Cedo ou tarde você vai perceber, como eu, que há uma diferença entre conhecer o caminho e percorrer o caminho". 
(Morpheus, The Matrix)

- Filipa, sinceramente espero não passar por esse dilema.
- Já não recordo bem qual era o trabalho dos escravos mas parecia uma fábrica, num ambiente escuro e sujo, onde eles tinham de exercer muita força física.
- A forma como senti o sonho, acho que a Filipa tem razão: o espírito que quer abdicar da sua liberdade, pretende faze-lo para ajudar o corpo.
- Cassandra, uma coisa que me fez pensar e sentir alguma confusão foi que os corpos sentiam falta dos espíritos mas eram plenamente independentes e conscientes sem eles.
- Os corpos não tinham certeza se os espíritos iam voltar, mas um (o que trabalhava) acreditava que sim, o outro (o que definhava) não tinha esperança.
Se os espíritos voltassem e conseguissem libertar os corpos da escravidão, não iriam sentir necessidade de se separar novamente (pelo menos era essa a convicção do corpo trabalhador).
Todos desejavam a liberdade, apenas um não acreditava que fosse possível (o corpo que definhava).
O espírito do corpo que definhava, tinha vontade de voltar para libertar o seu corpo; ajuda-lo a fugir. O espírito do corpo que trabalhava não desejava voltar ao corpo porque tinha medo de não conseguir libertar o corpo da escravidão e de não conseguir voltar a libertar-se sozinho.

Desculpem a confusão... Pelo menos para mim este sonho é meio confuso. Lol

Obrigada pelas vossas interpretações. E Filipa... Deixaste-me a pensar...

O bom de deixar os sonhos escritos em qualquer lado é poder voltar a eles ao fim de algum tempo e olhar para eles com outros olhos.

Às vezes tenho sonhos que sinto serem importantes mas naquela altura não dá para chegar a conclusão nenhuma.

Se não acontecer nada entretanto que ligues directamente a este sonho, se o dilema não se colocar, lembra-te de voltar a ler o sonho.

Pode ser que o tempo também te ajude e torne o sentido do sonho mais claro.
"Cedo ou tarde você vai perceber, como eu, que há uma diferença entre conhecer o caminho e percorrer o caminho". 
(Morpheus, The Matrix)

#641
     Concordo com a interpretação clara e concisa da Filipa84, se o sonho em si mesmo tiver uma origem externa, isto é, se for um aviso induzido por terceiros ou uma percepção (intuição) do seu subconsciente.

     Porém, muitas vezes os sonhos reflectem as dúvidas que ficam no nosso subconsciente como resultado dos acontecimentos que vivemos no dia a dia e este, pode ser o resultado de alguma conversa ou leitura, que inconscientemente lhe deixou a duvida sobre se o corpo é escravo da alma ou da consciência, visto que mesmo sem alma, ambos os corpos continuavam conscientes das suas acções e atitudes como você mesma notou e referiu.

Marta ao longo da vida vamos tendo vários dilemas, fazem parte, não vale a pena andarmos angustiados com antecedência.. Devemos tomar as decisões mais adequadas, de acordo com os nossos princípios, ferramentas e recursos no momento, e de acordo com o "saldo" esforço X beneficio, que é a fórmula matemática mais lógica e eficaz das nossas decisões do dia a dia (grandes e pequenas), mas que muitas vezes nos esquecemos de aplicar, por estarmos toldados pelas emoções ou influências externas.

Enquanto fiz a análise do teu sonho, imaginei que pudesses vir a passar por um dilema deste género:
Imagina os teus pais terem um restaurante, um negócio construído com grande esforço, no qual eles investiram tudo.
Mas de repente as coisas começaram a correr mal e precisam da ajuda dos filhos. Ora tu amas de paixão a tua vocação (fotógrafa por exemplo) e vês te obrigada a largar isso (o teu caminho, as tuas escolhas, a tua liberdade de viveres a tua vida como bem entendes), para ires trabalhar para o restaurante, em prol de ajudares a salvar o negócio dos teus pais, caso contrário, corre risco de falir e dar grande desgosto aos teus pais.

Imagina te nesse cenário difícil...
Por muito que ames os teus pais e lhes reconheças o esforço de uma vida ao abrir um negócio próprio, não é de todo justo que sejas obrigada a tomar as rédeas, pois não é a tua paixão nem fruto das tuas escolhas. Seria uma escravidão trabalhar ali, quando devias estar livre a seguir a tua vocação! Da vontade de fugir, pois claro!

Então imagina que "fugias " mesmo, pois já não estavas para aturar aquela vida:

A) se os teus pais definhassem em angústia e preocupações e estivessem mesmo mal - provavelmente fazias um grande esforço e voltavas, porque eles realmente precisavam muito!

B) se mantivessem a esperança e continuassem a batalhar, de forma positiva, lutando com afinco ("Vamos deixar este negócio impecável, um dia mais tarde é uma bela herança que deixamos à nossa filha") - talvez não sentisses vontade de regressar à escravidão, pois eles estavam a dar conta do recado sozinhos!

Foi este o melhor exemplo que arranjei, e que me surgiu ao interpretar, mas óbvio que é para se adaptar a outra realidade que te surja.

A mensagem importante que tiro, é que não deves abdicar da tua vida e da tua liberdade ao menor pedido de mesiricordia de outrem, a tua liberdade é valiosa, e estás nesta vida para ser feliz. Não te deixes ser escravizada por quem na realidade tem ferramentas para se safar sozinho sem te importunar. Ajudar alguém é uma coisa, envolveres-te ao ponto de te anulares é outra.

Citação de: Cassandra em 17 abril, 2017, 23:02
O bom de deixar os sonhos escritos em qualquer lado é poder voltar a eles ao fim de algum tempo e olhar para eles com outros olhos.

Nem mais.
Cheguei a ter um diário de sonhos mas era em word é um dia que formatei o computador foi tudo à vida :(
Fiquei com meia dúzia deles rabiscados num caderno.
Hei de por aqui um deles, que achei interessante, para me dizeres o que achas, gosto muito das tuas análises :)
"A ciência não só é compatível com a espiritualidade; é uma profunda fonte de espiritualidade" - Carl Sagan

Hoje tive o seguinte sonho, eu era educadora de infância, e com mais colegas estavamos na sala das crianças com 4-5 anos, a dada altura surgiram pessoas que queriam introduzir uma experiencia piloto na sala, e nos deixamos, a dada altura aquilo começou a desagradar-me, mas ás minhas colegas não, eu dizia que aquilo mais parecia uma turma da primaria (todos sentados e muito disciplinados), mas deixei eles continuar, no fim do dia eu e uma colega fomos cobrar a mensalidade do infantario(cada encarregado pagava conforme os seus rendimentos) a dada altura voltamos ao infantário e uma outra colega estava ao lado de uma menina deitada no chão ao comprido (ela vivia com a avó), a menina respirava com dificuldade e tinha os olhos fechados, parecia inconsciente, eu disse para ligarmos para uma ambulância do inem, mas essa minha colega recusou, penso que ela estava á espera da chegada de alguem para ajudar a menina, eu fiquei irritada e disse para a minha outra colega, como era possivel que a outra colega não percebesse a gravidade da situação para chamar a ambulância, que se não fizessemos nada iria ser tarde demais e a menina morreria. Depois não lembro se sonhei mais.
"Um dia eu lhe disse para esconder o seu coração... Você deveria ter escutado"

Este sonho para mim tem a mesma mensagem duas vezes.

Se percebi bem, o que te estava a fazer confusão na experiência com as crianças do jardim de infância era que os estavam a fazer agir como se eles fossem mais velhos.
De certo modo, desagradava-te o estarem a pressionar as crianças para serem mais crescidas, para perderem parte da infância em que não têm obrigações nenhumas.

Esta perda da infância, ou de parte dela, é reforçada de forma mais intensa com a possível morte da menina.

Em ambos os casos, ninguém se interessava por estas duas questões tirando tu.

Será que há aí uma certa perda da inocência, saudades de tempos em que a vida não era tão cheia de coisas para fazer e de regras a seguir?

Será que sentes que estão a empurrar-te, ou a alguém, para assumir compromissos para os quais tu ou essa outra pessoa não estão preparados e que, pelo teu sonho, são desnecessários neste momento (as crianças do infantário têm tempo para estarem direitinhos quando forem para a escola e a menina podia ser assistida e salva)?

Ou talvez sintas que o tempo passa rápido demais e que não estás a aproveitar alguma coisa como devias?
"Cedo ou tarde você vai perceber, como eu, que há uma diferença entre conhecer o caminho e percorrer o caminho". 
(Morpheus, The Matrix)