Depressão após a morte

Se a depressão é uma doença da alma, então o ser ao morrer, não vai continuar deprimido?
Se a vida continua após a morte,a pessoa que é infeliz vai continuar infeliz?

Obs.:digo em morte natural e não suicídio.

Se for morte natural, acredito que todo o sofrimento acabe, embora a consciência se mantenha.

Boa questão.

Em situações de doenças graves, há casos em que a morte é vista ou encarada já como uma libertação, um alívio.

correcto Isa Mar, mas se o espírito continua "apegado" a este mundo ele continua a sentir o mesmo, levando consigo ainda esse estado.

Mas não pode sentir-se melhor, após a morte? Já não se sentir doente, por exemplo...

correcto Isa Mar, mas se o espírito continua "apegado" a este mundo ele continua a sentir o mesmo, levando consigo ainda esse estado.

Por defeito, tenho tendência para descomplicar e obviamente posso não estar certa.
Não me parece bem mistificar a depressão como doença da alma,  é uma doença, um estado mental mais fragilizado, e tem cura, que parte muitas vezes da atitude e força de vontade da pessoa. Logo é uma doença, e morre-se por doenças, e se a pessoa chega à conclusão que o melhor é partir, abdica do que a cá possa prender.

Pelo que compreendemos com os outros tópicos, nomeadamente aquele em que se falou da morte das pessoas com perturbações mentais... a depressão é um estado de alma. Ela pode ser um traço (fazer parte da personalidade) ou um estado (momentos). Acredito que assim sendo, haverá certamente um período no qual o sujeito ainda fique "apegado" às suas vivências interiores e, consequentemente, à depressão que conduziu toda a sua vida terrena. Mas depois, certamente que o auxílio chegará em sua consciência e compreenderá as razões para a sua tristeza terrena e a carga emocional poderá ser completamente diluída através da abertura de consciência.

Conheço uma pessoa que viveu uma vida inteira deprimida: o pai foi morto no Brasil quando ela ainda era nova, foi criada apenas com a mãe, conheceu o marido, casaram-se, tiveram uma filha que morreu com tenra idade, a partir dai ela deprimiu até aos fins da vida dela. Tiveram mais dois filhos, o marido entretanto morreu novo e a depressão acentuou-se paralelamente à sua doença diagnosticada de esclerose múltipla. Esta senhora tinha uma visão densa, negativa e triste face à vida e face a tudo. Entretanto teve um problema respiratório e partiu. Há muito pouco tempo tive o privilégio de contactá-la, de falar com ela e a vibração dela era completamente diferente. Serena, em paz, muito focalizada na ajuda dos seres e sem sinais de tristeza ou depressão. Aliás ela quando "desceu" foi a primeira coisa que disse - eu estou bem, estou muito mais ciente de tudo e sinto-me feliz. O mais engraçado é que a "visão" que eu tive foi dela muito mais nova do que com a idade que partiu, o que por si só permite compreender que a transformação do seu espírito ocorreu!

Talvez isto tenha acontecido pelas preces e orações que todas as pessoas, nomeadamente os filhos, fizeram quando ela partiu e, claramente, a sua própria abertura de consciência

Pelo que compreendemos com os outros tópicos, nomeadamente aquele em que se falou da morte das pessoas com perturbações mentais... a depressão é um estado de alma. Ela pode ser um traço (fazer parte da personalidade) ou um estado (momentos). Acredito que assim sendo, haverá certamente um período no qual o sujeito ainda fique "apegado" às suas vivências interiores e, consequentemente, à depressão que conduziu toda a sua vida terrena. Mas depois, certamente que o auxílio chegará em sua consciência e compreenderá as razões para a sua tristeza terrena e a carga emocional poderá ser completamente diluída através da abertura de consciência.

Conheço uma pessoa que viveu uma vida inteira deprimida: o pai foi morto no Brasil quando ela ainda era nova, foi criada apenas com a mãe, conheceu o marido, casaram-se, tiveram uma filha que morreu com tenra idade, a partir dai ela deprimiu até aos fins da vida dela. Tiveram mais dois filhos, o marido entretanto morreu novo e a depressão acentuou-se paralelamente à sua doença diagnosticada de esclerose múltipla. Esta senhora tinha uma visão densa, negativa e triste face à vida e face a tudo. Entretanto teve um problema respiratório e partiu. Há muito pouco tempo tive o privilégio de contactá-la, de falar com ela e a vibração dela era completamente diferente. Serena, em paz, muito focalizada na ajuda dos seres e sem sinais de tristeza ou depressão. Aliás ela quando "desceu" foi a primeira coisa que disse - eu estou bem, estou muito mais ciente de tudo e sinto-me feliz. O mais engraçado é que a "visão" que eu tive foi dela muito mais nova do que com a idade que partiu, o que por si só permite compreender que a transformação do seu espírito ocorreu!

Talvez isto tenha acontecido pelas preces e orações que todas as pessoas, nomeadamente os filhos, fizeram quando ela partiu e, claramente, a sua própria abertura de consciência

Bem, antes de mais, esta senhora tinha mais do que razões para estar ou ser deprimida... foram muitas coisas más que lhe aconteceram e naturalmente a traumatizaram.
Mas lá está, vai de encontro ao que julgava, depois de partir, deixou de estar doente e encontrou a paz. Isso é o alento que a pessoa precisa, assim como os que ficam a chorar a sua morte.

Bem, antes de mais, esta senhora tinha mais do que razões para estar ou ser deprimida... foram muitas coisas más que lhe aconteceram e naturalmente a traumatizaram.
Mas lá está, vai de encontro ao que julgava, depois de partir, deixou de estar doente e encontrou a paz. Isso é o alento que a pessoa precisa, assim como os que ficam a chorar a sua morte.

Há vidas que têm tanto sofrimento, que morrer é sentido como um grande alívio.

Há vidas que têm tanto sofrimento, que morrer é sentido como um grande alívio.

É triste pensar dessa forma... mas não deixa de ser uma realidade com a qual não consigo discordar
Bem-aventurados os que sofrem porque é deles uma enorme aprendizagem de vida