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  • Canecos vivos
    Iniciado por Moreno Wilson
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Canecos Vivos.

O alcoólatra, seja o que se embriaga com o uísque caríssimo ou o que se entrega à cachaça pobre, não passa de um "caneco vivo", pelo qual muitos espíritos desencarnados e viciados se esforçam para beber "etericamente" e aliviar a sua sede ardente de álcool. Muitas vezes o homem se rebela contra as vicissitudes da vida humana e por isso entrega-se à embriaguez constante, mas não sabe que as entidades astutas, das sombras, o seguem incessantemente, alimentando a esperança de torná-lo o seu recipiente vivo ou o seu tentáculo absorvente no mundo carnal.

São poucos os encarnados que sabem do terrível perigo que se esconde por detrás do vício do álcool, pois a embriaguez é sempre uma das situações mais visadas pelos espíritos viciados que procuram a desejada "ponte viva" para satisfação de seus desejos no mundo da matéria. Os espíritos desencarnados e ainda escravos das paixões e vícios da carne — em virtude da falta do corpo físico — são tomados de terrível angústia ante o desejo de ingerir o álcool com o qual se viciaram desbragadamente no mundo físico. Devido à fácil excitabilidade natural do corpo astral, esse desejo se centuplica, na feição de uma ansiedade insuportável e desesperadora, como acontece com os morfinômanos, que só se acalmam com a morfina! E um desejo furioso, esmagador e sádico; a vítíma alucina-se vivendo as visões mais pavorosas e aniquilantes! E quando isso acontece com espíritos sem escrúpulos, eles são capazes de todas as infâmias e torpezas contra os encarnados, para mitigarem a sede de álcool, assemelhando-se aos mais desesperados escravos do vício dos entorpecentes.

Os neófitos sem corpo físico, que aportam ao Além ardendo sob o desejo alcoólico, logo aprendem com os veteranos desencarnados qual seja a melhor maneira de mitigarem em parte a sede alcoólica. Como já temos dito por diversas vezes, depois de desencarnadas as almas se buscam e se afinizam atraídas pelos mesmos vícios, idéias, sentimentos, hábitos e intenções. Em conseqüência dessa lei, os encarnados que se viciam com bebidas alcoólicas passam também a ser acompanhados de espíritos de alcoólatras já desencarnados, ainda escravos do mesmo vício aviltante, que tudo fazem para transformar suas vítimas em "canecos vivos", para saciarem seus desejos.

Em geral, os infelizes alcoólatras ao deixarem seus corpos cozidos pelo álcool nas valetas, nos catres de hospitais ou mesmo em leitos ricos, aqui despertam enlouquecidos pelo desejo desesperado de satisfazer o vício. Quando se defrontam com a realidade da sobrevivência no Além-Túmulo e compreendem que a vida espiritual superior exige a libertação do vício degradante, desesperam-se e negam-se a abdicar do seu desejo pervertido. Apenas um reduzido número deles se entrega submisso à terapia do sofrimento purificador e consegue resistir ao desejo mórbido, para lograr a maior eliminação possível do eterismo tóxico remanescente, do álcool, e então recebe o auxílio dos benfeitores e é ajudado a vencer a fase mais cruciante após a sua desencarnação. Certas almas corajosas e decididas, depois de se desligarem completamente dos desejos do álcool, entregam-se ardorosamente ao serviço de socorro aos alcoólatras, junto à Crosta, não só influenciando-os para que deixem o vício, como cooperando nos ambientes espirituais e junto às instituições religiosas, conduzindo para ali doentes e sofredores alcoólatras, a fim de inspirar-lhes a mais breve libertação do domínio do terrível adversário.
Eis o motivo por que alguns médiuns videntes verificam, surpresos, que, enquanto alguns espíritos de ex-embriagados cooperam nos seus trabalhos mediúnicos, outros ainda rebeldes e inconformados preferem aviltar-se ainda mais na execrável tarefa de preparar "canecos vivos" que, na superfície da Terra, operem escravizados para satisfazer aos seus desejos.

Designo como "caneco vivo" a criatura que se deixa dominar completamente pelo vicio do álcool, tornando-se enfraquecido no seu senso de comando psicológico e espiritual. Quando tal acontece, os viciados do Além, que se afinizam à sua constituição psíquica, vigiam-na e atuam incessantemente sobre ela a fim de conseguirem situá-la sob a freqüência vibratória com que operam em comum, para subverterem-lhe completamente a vontade e o caráter. De acordo com a lei de afinidade espiritual, é preciso que o candidato à função de "caneco vivo" vibre na mesma faixa vibratória do malfeitor desencarnado, pois só deste modo é que este consegue agir com êxito e interceptar qualquer inspiração superior que possa ser enviada à sua vítima no sentido de se livrar do vício. Assim que o obsessor consegue domínio completo sobre o bêbedo encarnado, trata de cercá-lo de cuidados e protegê-lo contra outras entidades desencarnadas que também o possam usar como "caneco vivo".

O álcool ingerido pelo alcoólatra terreno, depois que lhe atinge o estômago, volatiliza-se em operação progressiva, até alcançar a sua forma etéreo-astral, momento em que os espíritos viciados podem então sugá-lo pela aura do infeliz beberrão. Trata-se de uma espécie de repulsiva operação de vampirismo que, para satisfazer em parte aos desencarnados, exaure a vitalidade da vítima. Certas vezes aglomeram-se várias entidades viciadas sobre a aura de um mesmo bêbedo, constituindo uma grotesca e degradante cena de sucção de álcool! Elas se mostram irascíveis e irritadas quando os seus pacientes não as atendem a contento deixando de beber a quantidade desejada para a sua satisfação mórbida completa. Trabalham furiosamente para que o infeliz aumente a sua dose de álcool, pois ele representa o transformador que deve saturar-se cada vez mais a fim de cumprir a repulsiva tarefa de dar de beber aos viciados do Além.

Daí o motivo por que muitos alcoólatras insistem em afirmar
que uma força oculta os obriga a beber cada vez mais, até que chegam a cair ao solo inconscientes. Saturados então de álcool, quais míseros farrapos humanos a exsudarem os vapores repelentes da embriaguez total, eles atravessam o resto de suas existências transformados em vítimas dos seus obsessores, que astuciosamente se ocultam nas sombras do Além-Túmulo.

Ramatis da obra Fisiologia da Alma.



Todas as criaturas que ingerem bebidas alcoólicas são prolongamentos dos espíritos viciados, do Além?

RAMATIS:   — Oh! Não! E preciso evitardes as interpretações extremistas em nossas comunicações, pois só a perda completa da vontade e o desregramento moral é que candidatam as criaturas à condição de "canecos vivos" dos malfeitores desencarnados. As nossas advertências sobre o perigo de a criatura se transformar em "caneco vivo" se dirigem particularmente àquela que a isso se expõe pela sua invigilância espiritual e que se entrega dócil e completamente ao vício do álcool. Se assim não fora, a vossa humanidade seria um rebanho completamente escravizado aos obsessores sediados no astral inferior, pois é raríssimo encontrar-se uma criatura humana que não possua um vício, uma válvula ou uma paixão capaz de fazê-la vibrar perigosamente com algum viciado do Além! Em outros termos: a condição nefasta de "caneco vivo", em que o encarnado perde o controle de sua direção espiritual e se transforma num prolongamento lúbrico dos desencarnados pervertidos, só se concretiza quando ocorre excessivo desregramerito físico ou moral, conseqüente da alimentação do vício do álcool.

O homem digno, embora faça uso de bebidas alcoólicas —naturalmente com moderação — encontra-se, é claro, protegido automaticamente pela sua própria condição espiritual superior, que predomina sobre a sua natureza animal. Se ele continua servindo ao próximo e cumprindo honestamente os seus deveres de pai, filho, irmão, esposo ou cidadão útil à coletividade, é certo que está imune contra as intervenções perniciosas dos espíritos viciados, das Trevas. De modo algum o aperitivo regrado (ou a festividade sem exageros alcoólicos, que se realiza na intimidade amiga do lar ou na tertúlia fraterna) poderá servir de atração para os espíritos delinquentes, pois eles são sempre repelidos pela força imunizadora dos fluidos sublimes.

O PERIGO DA INFILTRAÇÃO ASTRAL INFERIOR PRINCIPIA JUSTAMENTE QUANDO O EXCESSO DA INGESTÃO DE ÁLCOOL COMEÇA A PERTURBAR O CONTROLE DA CONSCIÊNCIA ESPIRITUAL, FAVORECENDO NO INDIVÍDUO A EMERSÃO DA BAGAGEM MILENÁRIA DO INSTINTO ANIMAL, QUE ENTÃO FORCEJA PARA TOMAR O COMANDO EXCLUSIVO DO CORPO CARNAL. NESSA OCASIÃO, OS GUIAS ESPIRITUAIS COMEÇAM A PERDER O DOMÍNIO SOBRE OS SEUS PUPILOS IMPRUDENTES QUE, POR SUA PRÓPRIA VONTADE, PASSAM ENTÃO A VIBRAR EM SINTONIA COM A FREQÜÊNCIA VIBRATÓRIA PERIGOSA DOS DESENCARNADOS TREVOSOS. EMBORA DEPOIS DOS EXCESSOS ALCOÓLICOS AS CRIATURAS RESTABELEÇAM,O CONTROLE PERDIDO MOMENTANEAMENTE SOB A AÇÃO DO ÁLCOOL, FICAM SUJEITAS A VISITAS CONSTANTES DOS VICIADOS DO ALÉM, QUE POR MUITO TEMPO AINDA AS PROCURAM, ESPERANÇOSOS DE NOVAS LIBAÇÕES IGUAIS ÀS DE QUE PARTICIPARAM NAS PRIMEIRAS VEZES.

Mesmo os homens dignos e educados devem ser extremamente cuidadosos e vigilantes quando tomarem parte em ágapes onde o tradicional aperitivo ou a taça de champanha pode conduzi-los à infeliz função de "canecos vivos" se não fugirem do excesso de libações que pouco a pouco pode levá-los a se sintonizar com as faixas magnéticas dos malfeitores do Além-Túmulo, que vivem sempre à cata de sensações subvertidas, da carne.


Não vos esqueçais de que "os semelhantes atraem os semelhantes", e por esse motivo o imprudente que atrai amizades tão perigosa, como as dos espíritos viciados, terá que mobilizar mais tarde os mais ingentes esforços para conseguir livrar-se delas. Bem sabeis que tanto as aves como as cobras podem acostumar-se à vossa presença, fazendo todo o possível para permanecer convosco, desde que as trateis como elas gostam de ser tratadas. Do mesmo modo, se vos entregardes constantemente ao abuso das libações alcoólicas, deixando-vos vampirizar pelas almas viciadas com o álcool, é óbvio que elas tudo farão para levar-vos à prática do vício em qualquer lugar onde possais alimentá-lo. Depois de obterem certo domínio sobre as criaturas inclinadas ao álcool, tais espíritos mui dificilmente se conformam em perder o seu "caneco vivo", e o acompanham por toda a parte, pois assim podem conhecer melhor as suas nuanças psicológicas e emotivas. Eles então experimentam as suas vítimas em todas as suas vulnerabilidades; provocam-lhes atritos familiares e desgostos profundos, para em seguida despertar-lhes reações emotivas que freqüentemente levam suas vítimas a maior ingestão de bebidas alcoólicas. E quando essas infelizes vítimas se tornam amigos das noitadas festivas entre grandes libações alcoólicas, os alcoólatras do Além recrudescem no seu vampirismo repelente, atuando então de modo hipnótico sobre suas vítimas para que procurem sempre os ambientes pecaminosos.

Daí o grande perigo para os encarnados que se põem a frequentar "dancings", cabarés, boates e outros ambientes do vício que, embora disfarçados sob o rótulo de divertimentos inocentes, são locais onde os vampiros alcoólatras — tal como conta a lenda dos demônios tentadores — permanecem vigiando todos os passos, intenções e pensamentos de suas vítimas. Eles as espreitam a distância do lar, seguem-nas até o seu emprego e aguardam-nas mesmo na saída dos templos, onde são impedidos de penetrar devido às fronteiras vibratórias dos pensamentos dignos.

Ramatis da obra Fisiologia da Alma.