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  • Poemas de Fernando Pessoa
    Iniciado por KALKI
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Li-o quando era muito novo devia ter os meus 15 anos. Não sei do livro acho que deve ter ficado pelas terras alemãs :D
I see now that the circumstances of one's birth are irrelevant, is what you do with the gift of life that determines who you are"

E a saga do Livro do Desassossego continua ;)
I see now that the circumstances of one's birth are irrelevant, is what you do with the gift of life that determines who you are"

eu avisei... o bombardeamento ja começou....e veio pra durar ;D

Na minha opinião acho que alguns excertos deste livro deviam ser de leitura obrigatória na escola, são fenomenais!
I see now that the circumstances of one's birth are irrelevant, is what you do with the gift of life that determines who you are"

Ainda bem que trazes este bombardeamento do desassossego, pois eu gosto muito.

"A vida com todas as suas dores e receios e solavancos deve ser boa e alegre, como uma viagem em velha diligência para quem vai acompanhado (e a pode ver)".

Adorei esta parte!
..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334

Continua a bombardear que eu não me chateio! :D

A arte livra-nos ilusoriamente da sordidez de sermos. Enquanto sentimos os males e as injúrias de Hamlet, príncipe da Dinamarca, não sentimos os nossos — vis porque são nossos e vis porque são vis.
O amor, o sono, as drogas e intoxicantes, são formas elementares da arte, ou, antes, de produzir o mesmo efeito que ela. Mas amor, sono, e drogas tem cada um a sua desilusão. O amor farta ou desilude. Do sono desperta-se, e, quando se dormiu, não se viveu. As drogas pagam-se com a ruína de aquele mesmo físico que serviram de estimular. Mas na arte não há desilusão porque a ilusão foi admitida desde o princípio. Da arte não há despertar, porque nela não dormimos, embora sonhássemos. Na arte não há tributo ou multa que paguemos por ter gozado dela.
O prazer que ela nos oferece, como em certo modo não é nosso, não temos nós que pagá-lo ou que arrepender-nos dele.
Por arte entende-se tudo que nos delicia sem que seja nosso — o rasto da passagem, o sorriso dado a outrem, o poente, o poema, o universo objectivo.
Possuir é perder. Sentir sem possuir é guardar, porque é extrair de uma coisa a sua essência.


Fernando Pessoa in Livro do Desassossego

Grande reflexão, para quem não se importa de refletir, naturalmente!
..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334

I see now that the circumstances of one's birth are irrelevant, is what you do with the gift of life that determines who you are"

sofiagov
Estupendo ....a arte da ilusão...
Isto aplica-se a tanto na nossas vidas  e envolvências....


Não sei se é amor que tens, ou amor que finges,
O que me dás. Dás-mo. Tanto me basta.
Já que o não sou por tempo,
Seja eu jovem por erro.
Pouco os deuses nos dão, e o pouco é falso.
Porém, se o dão, falso que seja, a dádiva
É verdadeira. Aceito,
Cerro olhos: é bastante.
Que mais quero?


Ricardo Reis

Que importa?? É sempre a dádiva, seja muito ou pouco!

Muito bom!
..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334

Iei Or (faça-se luz)
Shalom Aleichem

Tanto basta o que se dá, desde que se dê. Lindo!

Eu amo tudo o que foi
Tudo o que já não é
A dor que já não me dói
A antiga e errónea fé
O ontem que a dor deixou
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia.


Fernando Pessoa