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  • Viagem de 12 dias
    Iniciado por JoaoCrazy
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Para que entendam a minha história eu trabalho num hospital e tenho 40 anos.
Já fui toxicodependente há muitos anos atrás.
Só depois de escrever a história é que comecei a ver documentários sobre EQM´s


Nos primeiros dias quando fui ao computador para escrever, desisti porque não conseguia ler o que escrevia, não reconhecia o que escrevia. Parecia estrangeiro. Quando consegui escrever "vomitei" tudo, portanto algumas coisas como podem ler estão assim um pouco confusas mas vão entender. Espero que gostem da minha experiência! Eu adorei por isso partilho-a!

Durante a minha viagem de 12 dias aos congressos de droga da UCI...
Alto lá que não estou a falar mal de ninguém nem do serviço. Só já não me drogava assim desde os meus 20 anos.
"Eh. Ganda barrigada de viagens! Ca ganda cabaça!"
Eu assumo que não estava cá sequer e que precisava de ajuda.
O fim de semana começou como tantos outros, mas neste havia um jantar em casa de um casal de amigos. Comidinha da boa. Eu, com a cabeça cheia de stress e este encontro até vinha mesmo a calhar. Comemos, bebemos, jogamos monopólio, e às tantas comecei a sentir-me manipulado por outra força que não era eu. E a partir daí comecei a perder o controlo. O meu amigo Tiago ainda me levou à porta de casa mas...
Não me lembro da realidade. Ponto. Estava a ter um surto psicótico. Penso!
Presumo que a viagem tenha começado na ambulância do INEM. Devem-me ter dado uma daquelas injecções milagrosas que conectam algumas pessoas a outros planos e outras simplesmente adormecem. Depende, digo eu.
Eu na altura estava a tomar anti-depressivos que não me lembro o nome, Topiramato que ainda tomo 150mg por dia, 10mg de Olanzapina, entre outros que já não me lembro e que já não os tomo por opção da psiquiatra a partir deste episódio. Continuando...
Perguntaram-me para onde queria ir e eu, qualquer coisa Lisboa. E voei. Comecei a alucinar. Lembro-me de ver a ponte 25 de Abril por cima e de sobrevoa-la para o lado esquerdo. Era de noite claro, portanto a ponte estava toda iluminada com aquelas luzinhas todas espaçadas e as dos carros também. Estava giro visto de cima! É bom fazer queda livre, digo eu que já saltei! Nunca tinha era planado tanto! Nem de noite! (risos) Outra droga boa. Adrenalina!
Lembro-me de muitos momentos numa 2ªpessoa.
Até do homem da marreta me lembro. Ah desgraçado, só não me apareces quando estou "careta" senão já sabias que quem levava com a marreta eras tu seu...
O homem da marreta é o homem da bata branca que me dava as injecções para me tentar desconectar, desligar mesmo, desta realidade em que estamos neste momento. (risos) Complicado!
Mas também me lembro de momentos de puro sofrimento.
É lixado querer comunicar e não conseguir! ~raios~!
Como o dar comigo todo amarrado claro, com uma moca tal que nem conseguia falar e algaliado. Coisa que eu detesto. Fiquei com trauma de algálias há já quase 20 anos atrás.
Sentia-me desconfortável do cérebro.
E a minha Mãe agarrada a mim.
Há amigos que me foram lá ver mas que eu não me lembro.
Tenho uma vaga ideia de uma vizinha me ter lá ido ver, a mãe do Edu e do Ricardo, e de eu lhe ter pedido desculpa a ela e a todos os vizinhos pela barulheira mas ainda não sabia o que se passava comigo. Tenho uma vaga ideia porque ela me reavivou a memória senão nem me recordava.
Lembro-me perfeitamente das visitas dos meus colegas de serviço.
Sei que estava amarrado de barriga para cima mas via-me a conversar com eles de barriga para baixo. De o chefe me estar a dar o tradicional sermão da ordem, - Olha a saúde João e tal e não sei o que mais. Eu sei que ele tem boas intenções mas eu estava a alucinar que nem um cavalo...
Lembro-me do Quita ter lá ido. E de eu lhe ter tentado comunicar via sei lá eu, que queria sair dali. Ele como me conhece bem apercebeu-se pelo olhar que eu queria "bazar", e respondeu-me que não dava e que eu tinha de ter calma para poder falar com o pessoal.
Uma vaga ideia do meu amigo Mondim que foi lá para me ajudar e saiu de lá a precisar de ajuda. Mas não era eu que ali estava "pah"!
Dois dias após, a equipa mudou pensei eu... mudaram-me a medicação.
A pirâmide tinha voltado e aterrado. Luxo!
Tinha conexão, podia viajar entre planos!
Eu já estava a ver o projecto das energias alternativas.
Recebi 3 choques. Deve de ter sido o momento em que fiz a paragem cardíaca.
Vi o meu corpo por cima. A Droga era boa, eu estava a alucinar bem ou melhor, já estava noutra dimensão. (risos). Durante a paragem cardíaca eu vi uma placa em cada peito e uma tira na cabeça a enviarem os ditos choques eléctricos. "xi ca bom!", e o efeito e o efeito! Parecia um filme de ficção. Nem sei se consigo demonstrar bem mas parece mau por ser uma paragem cardíaca mas para mim foi mais uma experiencia cheia de boas sensações!
Talvez eu me mexesse muito ou fizesse até uns ruídos estranhos mas eu só queria comunicar o que estava a viver com quem me rodeava. Eu tinha de partilhar aquilo. Eu estava a alucinar puríssimo e o melhor é que estava a gostar... mocas brutais controladas!
Também me lembro da paragem respiratória.
E até nesse momento me lembro de me ter exclamado porque eu via-me de fora! -Hão-de desligar tudo e eu ainda cá estou com uma "ganda pazada"!
Não vi a perfurarem-me o peito mas vi a meterem-me de lado para ser mais fácil vazar o vómito que tinha aspirado para dentro do pulmão. Esta cena não achei lá muito "sexy" porque como já disse via-me de fora, e nesta cena tinha tubos por todo o lado por isso fui para outro plano.

Na pirâmide. O que me levou a escrever este tema.
Chamo pirâmide à minha alucinação porque era para esse plano que eu conseguia projectar o meu corpo para ser curado por 3 seres brincalhões, bem como eu no meu estado normal, sempre dentro das regras que o chefe deles estabeleceu. Só vi este ser 3 vezes também. Recebeu-me à entrada da pirâmide... Quando houve um outro problema no plano do hospital e aí fomos os 5 para a sala de reuniões da pirâmide. Falámos, não sei o quê mas sei que escolhi ficar por lá. A comunicação era feita de forma mental, muito à frente. O engraçado é que a linguagem deles alem de ser mental era diferente da nossa mas como era por telepatia era de fácil associação. Assim vai ser num futuro distante a nossa comunicação.
...E quando sai para me despedir já que na mesma estava tudo pronto e a minha cura estava próxima. Despedi-me de todos nos dois planos.
Apanharam-me cá em baixo, chamaram logo o homem da marreta. Não era necessário! Era só irem-me dando conversa. Depois apagava por mim mesmo.
Eu na pirâmide era um ser tranquilíssimo e gostava mais de estar na sala de resultados porque tinha mais computadores, mais monitores de resultados meus. Mais máquinas interligadas entre si mas não a mim como nos hospitais tradicionais fazem.
Lembro-me de ter tido frio e um daqueles seres que só de se chegar já passava toda a tranquilidade do mundo ter sentido que eu tinha frio. Abriu uma célula e meteu-me lá dentro para eu aquecer. Estava mesmo quentinho!
O interior da pirâmide era todo em células de vidro a modo de se ver o exterior e a captar energia solar. Olhei por uma dessas células, lá para fora e vi as plantas verdes, de um verde tão vivo como eu nunca vi.
Também havia uma matéria de construção que também servia de alimentação através do ar pela condensação.
Tinha 3 salas: a sala de resultados, a sala de reuniões e a sala de exames que era a única que era escura com frisos de luz negra.
A pirâmide só usava energias alternativas, até para fazer os TACs que me foram feitos usaram energia solar. Não tenho certeza mas pelo menos 2 ou 3 vezes visitei esta especialidade. Digo eu que foram TAC´s! Parecia!
Mediante o tipo de exame ou teste a pirâmide adoptava a melhor posição ou forma para captar a energia necessária.
Quando comecei a melhorar para me irem entretendo, aqueles 3 seres brincalhões mostraram-me como aproveitavam a energia das 4 estações do ano. Adorei a chuva. Energia a potes! Desde que bate produz energia. Corre pirâmide abaixo ou outra forma mais apropriada e produz energia Há aqui mais 2 ou 3 processos, mas muito simples, que estou com dificuldade de me lembrar por causa do desgraçado do homem da marreta. A água da chuva no hospital pode ser aproveitada até às casas de banho!
Mas antes disto tive uma grande explosão de energia. Eu só via electricidade a sair de mim. Eu tinha controlo sobre todas as máquinas no plano da terra, e numa explosão ia entrando pela instalação eléctrica desligando as máquinas todas menos a secção onde trabalho porque gosto do chefe e pensei que ele não merecia e nisto subi pela instalação eléctrica até ao telhado.
É verdade! Eu vi uma criança na Pirâmide, e ouvi música, o "Carry on", calminha, que descobri após alguns dias na rádio porque até aí era a melodia do "Rei Leão" que tinha na cabeça porque não conhecia a música, e parece-me que senti a energia de cristais à volta da minha cabeça.
Foi por volta destes momentos que me apercebi qual era o tratamento que me estavam a aplicar e que eu tinha aceitado...penso mas não sei.
Porque ao deslocar-me da maca para o centro da sala, deslumbrado com aqueles fenómenos vi que a minha capacidade de resposta cerebral já tinha diminuído imenso. Eu tinha aceitado o desligar lento do cérebro.
Entretanto, devo de ter recebido autorização para visitar o exterior da pirâmide.
Saí por uma escada rolante construída pela tal matéria que também servia de alimentação.
Lá fora, a luz do sol era tanta que ofuscava. E a relva era de um verde tão vivo que até convidava a sentar um pouco.
Após determinado tempo recebi ordem para voltar para dentro e lá fui eu.
Foi alucinação, foi. Mas estava tudo muito bem feito.


Internamento. O despertar do acordado.
Depois da real marretada fui para o internamento! Vegetei mas não dormi.
O processo da pirâmide ainda ficou mais lento.
Claro, digo eu armado em experiente sabichão!
Lembro-me de me irem lá ver e de pensarem que eu não estava cá e que não ouvia porque nem me mexia. Mas eu estava era com uma dose não sei do quê que só conseguia ouvir e ver em frente. Nem os olhos conseguia mexer. Passou-se o mesmo na UCI algumas vezes.
Até de me ter cagado todo enquanto me davam banho me lembro! ~raios~, que vergonha!
À medida que fui recuperando os sentidos veio um médico falar comigo.
Disse-me para ter calma e não estranhar o cérebro estar lento mas lentamente ia recuperando as minhas capacidades. Realmente estava lentinho o processamento mas as funcionalidades estavam de volta até bem rápido.
Questionei logo porque me doía tanto o pulmão e que terapia estava a ser aplicada. Não me responderam nada! Eu "né"! Vi logo que precisava de "Bruffen 600" e de "Ben-U-Ron 1Gr." em caso de febre. Tentei falar mas como era "maluco" não havia volta a dar sem ser assinar o termo de responsabilidade e tratar eu do pulmão.
E assim foi o meu surto psicótico...visto por mim!



VoyeuR
Belo tópico! Li com atenção, houve partes que não entendi.. Tens algo de louco em ti, mas gostei bastante.. Vai postando mais coisas assim..

Bem hajas e como é a primeira vez que te "leio" - Prazer também em conhecer-te!

#2
Citação de: VoyeuR em 14 outubro, 2014, 12:00
Belo tópico! Li com atenção, houve partes que não entendi.. Tens algo de louco em ti, mas gostei bastante.. Vai postando mais coisas assim..

Bem hajas e como é a primeira vez que te "leio" - Prazer também em conhecer-te!

Olá!
Obrigado por teres lido.
O texto que escrevi como podes ler no fim diz que foi como foi visto por mim porque visto pelos médicos e pelos meus amigos e colegas foi como se eu estivesse mesmo louco.
Prazer em conhecer-te tambem e ao site tb