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  • Locais de Crimes Assombrados
    Iniciado por Arghallad
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Pessoal bom dia. Estou entusiasmadíssimo por vos poder trazer o meu maior trabalho de tradução. Infelizmente por ser tão grande, levará tempo, mas por favor, peço-vos que não me levem a mal por, muito provavelmente, haverem casos repetidos entre este meu trabalho e outros posts aqui no fórum. Como tal vos deixo com:

Locais de Crimes Assombrados

CRIMES EM PROPRIEDADES

  Recentemente um casal dono de um restaurante que procuravam um espaço maior para o seu negócio, renegaram um contracto para arrendamento de uma propriedade em Orlando, Florida, na Church Street Station, porque, dizem eles, o edifício se encontra assombrado. Isso acabou por ser um grande problema para o dono do espaço, por muito estranho que pareça, e acabou mesmo por aparecer nas notícias.

  É um facto que vários Estados têm leis que permitem aos potenciais compradores, recuarem por tais razões. Vendedores ou arrendadores têm o dever de sublinhar e informar acerca de quaisquer defeitos físicos, mas existe também algo denominado "factor emocional", que pode marcar um local como propriedade estigmatizada. Por outras palavras, se um local tiver sido impactada por um evento traumático, como um homícídio ou suicídio, mesmo que o evento não tenha produzido qualquer dano material, pode ainda assim ter repercussões negativas. Em Reen vs King, um tribunal da Califórnia permitiu ao comprador rescindir um contracto duma casa, quando soube que uma mulher e os seus quatro filhos haviam sido assassinados lá.

  Anos mais tarde, em 1991, um Tribunal de Apelo de Nova Iorque permitiu a um comprador fazer o mesmo após este descobrir que a casa tinha reputação de estar possuída por Poltergeists (uma das partes na discussão chegou até a convidar psíquicos e caçadores de fantasmas para que estes confirmassem os factos). A decisão foi escrita em Stambovsky vs Ackley, de facto, dizendo: " Enquanto concordo com o Supremo Tribunal no aspecto em que o responsável, como agente do vendedor, não está obrigado a divulgar a um potencial comprador  a reputação fantasmagórica das instalações, na sua busca por um remédio legal por má representação fraudulenta para com o comprador, mesmo que não hajam chances de fantasmas, sou de qualquer forma movido pelo espírito de igualdade para permitir ao comprador que procure rescindir cotracto de venda e recupere todo o seu dinheiro já investido.".

  O potencial local em questão, na Florida, está situado na Church Street Station, de acordo com o jornal New York Times. A área foi originalmente uma estação dos comboios que acabou por ser abandonada, caindo em ruína, e mais tarde ocupada, renovada e transformada num complexo de compras e entretenimento de primeira. Alegadamente, fantasmas de crianças assombram o local. Como conta a lenda, as crianças eram filhos(as) de prostitutas durante o século passado e eram mortas na propriedade. No entanto, o que os turistas acreditam, e o que é prático para os proprietários, são situações bastante diferentes.


"Foto do local"

  O dono do edifício apresentou uma queixa em tribunal contra Christopher e Yoko Chung, o casal que renegou o contracto após extensivas renovações terem já sido feitas. O dono até se ofereceu para que fosse feito um exorcismo ao local, mas aparentemente isso não chegou. O advogado dos Chung, alegou que os seus clientes tinham ouvido conversas entre os trabalhadores de renovação, em que estes diziam terem visto fantasmas. Estavam convictos de que o senhorio não queria que eles tomassem conhecimento de tal situação, e os Chung tinham crenças religiosas que os proíbia de ter qualquer associação com espíritos dos mortos. O caso está actualmente em litígio, e o Estado da Flórida pode agora ser forçado, assim como a Califórnia e Nova Iorque antes de si, a criar regras e leis acerca de casos de fantasmas.



  Para além das visualizações de aparições neste edifício, pessoas disseram já terem ouvido o piano a tocar. Uma visita começa de facto nesta localidade  para contar histórias acerca das assombrações..

  Como Leslie Rule diz em "Ghosts Among Us" (Fantasmas Entre Nós), " Assassinato parece ser o principal criador de fantasmas". Vamos dar uma vista de olhos a algumas histórias de vários pontos do país (EUA) acerca de vítimas e assassinos, que parece que ainda andam por cá.




FANTASMA DE CAPONE REGRESSA?

  Eastern State Penitentiary é uma imponente estrutura na área mais a noroeste de Philadelphia, Pennsylvania. Já não opera como prisão, isto já desde os anos 70. Mas enquanto os prisioneiros saíram das instalações, alguns parece que se mantiveram por lá...ou regressaram.


Vista exterior da Prisão de Eastern State

  Jason Hawes e Grant Wilson, os membros que lideram a Atlantic Paranormal Society (T.A.P.S.) foram convidados mais a sua equipa em 2004 a investigar este edifício histórico. O grupo inteiro ganhou renome pela sua participação no programa Ghost Hunters, do canal Sci-Fi. Grant e Wilson são canalizadores durante o dia, e caçadores de fantasmas pela noite, e desenvolveram impressionantes aparelhos topo de gama para detectarem a presença  de forças energéticas anómalas em locais como este.Por vezes confirmam uma aparente assombração, outras vezes não.

  A Prisão de Eastern State Fora visualizada por volta de 1780 e construída pelos Quakers, que eram extremamente influentes naquela área de Commonwealth da Pennsylvania, durante esse tempo. Eles procuraram fazer das prisões locais de cntemplação espiritual, de modo que cada homem ficava isolado na sua cela. A prisão foi construída em 10 anos e abriu ao serviço em 1829. De um hall central, a Rotunda - blocos de celas com paredes de cimento de centímetros de espessura, radiavam á sua volta como raios de uma roda.


Foto de uma das celas

  Cada prisioneiro tinha uma WC, água corrente potável e um tecto pintado com o Olho de Deus, e eram apenas autorizados á companhia de um guarda ou padre. Supostamente, sem mais nada para fazer que contemplar o seu crime, o prisioneiro aprenderia a odiá-lo, de modo que nunca mais se sentiria tentado a fazê-lo de novo, nem que fosse apenas para não voltar aquele "castigo". Mas haviam outros "estimulos" também. Um presidiário podia ser confinado a camisas de forças, colocados em trincheiras ou amarrados á Cadeira dos Loucos, um dispositivo para pacientes psicóticos incotroláveis.

  O maior e mais conhecido presidiário na sua história foi o gangster Al Capone, condenado a 1 ano de prisão por transportar uma arma escondida. Ele mobilou a sua cela com tapetes, uma secretária antiga, rádio, e uma poltrona, de forma a fazer a sua estadia de forma mais confortável. Embora fosse capaz de manter e comandar os seus negócios atravéz do Director, a isolação aparentemente afectou-o, pois ele queixava-se de uma visita do outro mundo:um homem que havia sido morto no Massacre do Dia de São Valentim em 1929. Nesse dia em Chicago, sete homens aguardaram por um carregamente fictício de bebidas, mas em vez disso, comeram chumbo quando membros do gang de Capone chegaram e os aniquilaram com Tommy guns.


O famoso gangster Al Capone

  Uma dessas vitímas, James Clarck, tinha sido cunhado de Bug Moran, e uma vez que os restantes prisioneiros ouviam Capone a gritar á noite para "Jimmy" o deixar em paz, eles suspeitaram que era ele que estava a fazer "visitas".




Ghost Hunting in Cell Block 12


James Clark

  Houve ainda muitas outras manifestações na Prisão de Eastern State. Em 1956, foi adicionado o Corredor da Morte, trazendo alguns dos mais violentos presidiários. Noutras áreas, alguns dos prisioneiros enlouqueceram e muitos morreram devido aos abusos, idade avançada, doença e violencia entre prisioneiros.

  O local agora está abandonado e em ruínas, um Marco Histórico Nacional, aberto a visitas, exibições de arte e uma extravagancia anual de Halloween. Muitos membros disseram já sentir várias sensações anormais, terem ouvido passos nas celas e corredores, e visualizações pelo canto do olho de forma humanóides. Uma figura fantasmagórica é variadas vezes avistada na Torre de Guarda Medieval.

  Então o T.A.P.S. foi até lá e montou o seu equipamento de alta-tecnologia, com os olhos postos nas celas 4 e 12, ambas sendo referenciadas como sendo as que têm maior actividade. Colocaram gravadores de som em vários locais e andram pelas instalações com câmaras de imagem termal e medidores de campos electro-magnéticos, Ambos os aparelhos revelaram a presença de energia que é diferente das leituras normais de uma sala.


Impressão de mão na parede da cela 17

  Numa altura, dois membros julgam ter visto uma figura negra, por isso viraram-se e fugiram, mas foram rapidamente acalmados. Mesmo assim, quando toda a informação foi recuperada, os membros da T.A.P.S. viram de facto algo na cela 12 que os deixou intrigados.Era lá que muita gente dizia ter visto uma entidade negra, tanto parada como a andar de um lado para o outro. E no seu gravador no canto mais afastado de onde a câmara estava focada, via-se o que parecia ser alguém com um longo casaco escuro e umas calças claras, que havia caminhado para aquela zona, depois rapidamente virado e desaparecido nas sombras. Acima da perna e abaixo do fim do casaco, a forma era humanóide e mais escura que o restante espaço á volta. Jason verificou a imagens várias vezes, mas não conseguiu determinar o que era. Enviou-a então para um laboratório profissional, mas também lá falharam para clarear e limpar a imagem. A inteira equipa regressou então á antiga prisão e um dos membros usou um casaco preto e andou pelo corredor para tentar recriar a imagem. Mas falharam em conseguir algo que se parecesse com o que haviam capturado. Em adição, sentiram um peso no ambiente ás 3:30, a mesma hora que, no mundo inteiro, é conhecida pela maioria das pessoas em como sendo a hora de maior actividade paranormal.

  Realmente, fora um experiência única, e tinham até capturado um pequeno vislumbre de uma figura que certamente não era u membro da equipa. Também, informaram a equipa da prisão de que acreditavam que o local estava de facto assombrado.

  Por falar em montes de potencial para actividade, entre as histórias mais estranhas está a casa que Manchester edificou.




Acalmando os Espíritos

  Durante o Século XIX, quando Sarah Winchester ficou paranoica acerca das pessoas que haviam morrido pela invenção do seu sogro, uma metralhadora, ela envolveu-se em algo bastante radical. Rosemary Ellen Guiley oferece a sua história na sua Encyclopedia of Ghosts and Spirits (Enciclopédia dos Fantasmas e Espíritos).



  Em 1862, Sarah casou com William Wirt Winchester, herdeiro da fortuna que o seu pai, Oliver, havia juntado. Eles tiveram uma filha juntos, mas a sua felicidade seria encurtada. Tanto William como a menina viriam a morrer por doença, e por conseguinte Sarah tornou-se fechada e bastante excentrica. Uma vez que agora estava na posse de $20 Milhões de dólares e havia-se tornado dona de quase metade da companhia, ela conhecia o raro mundo das pessoas ricas que, de certa forma até quebrando a lei, podem fazer o que quiserem.

  Ao tentar comunicar com os seus falecidos entes queridos, Sarah virou-se para o Espiritualismo. Dadas as suas fontes, ela foi capaz de convidar alguns médiuns de renome para conduzirem sessões em sua casa. Um deles, Adam Coons, disse a Sarah que conseguia "ver" e "ouvir" William, que depois instruiu Sarah que a sua família estava amaldiçoada e que ela devia emendar os males que haviam caído sobre as vitimas da espingarda Winchester. Caso contrário, a maldição haveria de a reclamar a ela também.




A CASA DOS 160 QUARTOS

  A primeira fase da ordem de trabalhos era mudar-se da Costa Este, para a Costa Oeste, e isso levou-a, por alegado conselho de William, a uma casa com 8 quartos, em 162 Hectares em Santa Clara Valley. Mas não terminou por aí. Uma vez com a casa em sua posse, ela contratou empreiteiros e constructores para começarem a trabalhar em adições, uma atrás da outra. Esta remodelação durou 38 anos e empregou mais de 20 carpenteiros a todo o tempo. Havia alturas em que construíam novos quartos do nada, corredores e escadarias; doutras, demoliam tudo o que tinham construído, apenas para começarem de novo.


William Wirt Winchester House

  Não existia ritmo nem razão para a arquitectura; o sítio, que eventualmente se espalhou por mais de 6 hectares, era mais virado para o puro caos. Havia passagens secretas, escadas e portas que davam a lado nenhum, e quartos construídos com estranhos angulos. Muitos quartos tinham 13 janelas com 13 vidros ou 13 luzes. Pela altura em que Sarah morreu em 1922 aos 83 anos, o massivo edifício de 4 andares (três colapsaram durante o terremoto de 1906) continha 160 quartos, várias torres e cúpulas, numerosas chaminés, três elevadores, mais de 2,000 portas, mais de 1,000 janelas, dois salões de baile, dezenas de corredores, várias mensagens newel viradas ao contrário (estou mais inclinados para pilares o postes, por favor ajudem-me aqui pois não sei o que significa newel, mas deduzo que seja derivado de new = novo) e 40 escadarias separadas ( uma delas com escadas com apenas duas polegadas de altura). Por outras palavras, era um labirinto criado para confundir qualquer espírito que tentasse fazer-lhe mal. Ela também ordenou que um numero de quartos ficassem por terminar, de modo a não enfurecer aqueles que queriam que a construção continuasse. Evitar a fúria sobrenatural foi também a razão pela qual ela evitou instalar espelhos na casa.

  Numa outra adição, ela fez os carpinteiros construírem duas áreas especialmente para os fantasmas. Ambos eram quartos sem janelas e um deles, o Quarto Azul, era uma câmara secreta. Era lá, que praticamente todas as noites, á meia-noite, Sarah se sentava, vestindo em mantos cerimoniais especiais, para se enbrenhar numa actividade que ainda hoje permanece desconhecida. Ela tocaria um sino para os espíritos saberem que ela estava ali, e ocasionalmente ela elaborava jantares para dúzias de uma vez.


Sarah Winchester

  No seu testamento ela pediu para os seus herdeiros continuarem a manter a casa como um refúgio para espíritos, mas eles venderam-na em vez disso, e hoje é um museu que tem visitas guiadas, incluíndo um especial de Halloween. No entanto, as visitas são limitadas, e muitos dos quartos encontram-se encerrados.

  Não surpreendentemente, psíquicos foram atraídos para o edifício e alguns testemunham que está definitivamente assombrada. Alguns dizem até terem visto a própria Sarah Winchester. Visitantes também ouvem a habitual banda sonora de um local assombrado: vozes, passos, portas a baterem (provavelmente quando a porta abre para uma parede), e escadas a ranger. O valor final estimado da casa é superior a 5 milhões de dólares - mesmo muito para aquela altura (e para os nossos dias também).

  É inacreditável o que o dinheiro pode comprar. Por vezes até pode comprar privacidade para enveredar em trabalhos diabólicos, como vamos ver na nossa próxima localidade.




A Cidade que Adora os Mortos


Capa do Livro: Journey into Darkness: Ghosts and Vampires of New Orleans

  Nova Orleães é conhecida pelas suas histórias de fantasmas, e bem a meio de French Quarter, está uma mansão ao estilo Crioulo na Royal and Governor Nicholls Streets que atrai muita atenção. Foi anteriormente a casa do Dr. Lalaurie e da sua esposa Delphine. Katherine Smith, uma historiadora de Nova Orleães e guia turística para a Haunted History Tours (Guias de História Assombrada), documenta o conto em Journey into Darkness: Ghosts and Vampires of New Orleans (Viagem ás Trevas: Fantasmas e Vampiros de Nova Orleães).

  Delphine era uma mulher com reputação de ser linda, com longos cabelos negros, e tanto ela como o seu esposo eram conhecidos pelas suas festas extravagantes. Eles tinham vários escravos e pareciam um casal respeitável, mas pouco sabiam os habitantes o que a Madame Lalaurie fazia para manter os seus escravos submissos. Ela já tinha antes estado em tribunal por casos de brutalidade, e numa ocasião após queixas de abusos, vários escravos foram retirados da casa, mas poucas pessoas ousariam falar contra o casal, logo eles nunca foram presos. Nem mesmo depois de uma jovem rapariga ter saltado para a sua morte duma janela do segundo andar de forma a escapar á sua violenta senhora. Então, uma noite em 1834, um incêndio levou uma brigada de bombeiros voluntários até á casa e os aterradores segredos dos Lalaurie foram descobertos.


Mansão Lalaurie á noite

Mansão Lalaurie

  Á medida que vão apagando as chamas, eles podiam sentir o cheiro a morte, e por isso abriram caminho á força até um quarto trancado no sótão para se depararem com uma cena verdadeiramente asquerosa. De acordo com vários testemunhos, escravos mortos estavam acorrentados ás paredes, embora alguns ainda estivessem vivos dentro de jaulas a passar fome ou mutilados por experiências médicas. Um homem havia sido cirurgicamente transformado em mulher, e o braço e perna de uma mulher haviam sido partidos e "rearranjados" em ângulos estranhos. A uma outra mulher havia sido retirada toda a sua pele, enquanto os lábios de uma terceira haviam sido cozidos. Alguns tinham sido dissecados, com os seus orgãos ainda expostos. Espalhados pelo quarto estavam baldes cheios de partes de corpos, orgãos e cabeças cortadas.


Delphine Lalaurie

  Um grupo de linchamento foi formado, mas os Lalaurie já tinham fugido e nunca mais foram vistos. Renovações anos mais tarde deixaram a descoberto esqueletos de escravos que aparentemente tinham sido enterrados vivos, mas ninguém sabe ao certo quantas desafortunadas vítimas os dois monstros realmente fizeram.

  Smith indica que o edifício rapidamente ficou conhecido como a "Casa Assombrada", e que as pessoas a evitavam. Embora seja uma bela residência num local desejável, permaneceu vaga durante 40 anos. Depois vários donos sucessivos reportaram problemas e novamente ficou vaga durante um tempo. As histórias incluíam visões de um grande homem acorrentado, uma mulher que grita em francês e transporta um chicote, fotos no interior que são atiradas das paredes, câmaras que deixam de funcionar e mobília que se movia livremente por si mesma. O actual proprietário tem conhecimento dos turistas que vão visitar a casa, mas pede privacidade.

No meio das cidades americanas, Nova Orleães pode manter o recorde de assombrações, mas outras rivalizam pela mesma distinção. Savannah, na Georgia é uma delas.




Contos de Tombstone


Mapa de Arizona com a localização de Tombstone

  Considerada uma das áreas mais assombradas do Sudoeste Americano, Tombstone (Lápide), Arizona é o local do infame tiroteio no O. K. Corral. Enquanto uma história conta que Wyatt Earp estava meramente a limpar um covil de bandidos, existe também alguma verdade na história de que por baixo da protecção do seu crachá ele fizera uma busca por poder e vingança. e que as suas acções eram um bom exemplo de corrupção nas forças da lei. De qualquer forma, a súbita violência daquele fatídico dia parece ter deixado alguma energia residual para trás.

  Na tarde de 26 de Outubro de 1881, Wyatt Earp e dois dos seus irmãos, armaram-se e foram até ao curral. Um amigo de longa data e hábil pistoleiro, Doc Holliday, juntou-se a eles. Eles estavam preparados para confrontar quatro complicados homens que eram por reputação membros de uma perigoso grupo de assaltantes de gado conhecidos como "Os Cowboys".


Wyatt Earp

  Os irmãos Earp foram até á cidade sem lei de Tombstone em 1879 para se tornarem ricos atravéz da minagem de prata. Virgil Earp tornou-se vice-marechal e mais tarde tornou-se marechal da cidade, enquanto Morgan Earp o assistiu. Eles receberam um pedido para perseguirem os Cowboys, que haviam roubado muitas cabeças de gado e perturbado a ténue paz entre o México e os EUA ao atravessarem a fronteira durante a noite para traficarem gado e matar mexicanos. Durante este tempo, Wyatt decidiu que queria ser Xerife de Cochise County, o que significava uma animosidade entre ele e o Xerife Johnny Behan, que esperava manter o seu emprego. E Wyatt não só foi atrás do trabalho de Behan como também da sua mulher, Josephine, e uma guerra feudal rapidamente se desenvolveu entre os irmãos Earp e o Xerife, que havia feito amizade com o Clan Clanton - que se acreditava fazerem parte dos Cowboys.


OK Corral sign

  Os Cowboys cresciam em força, números e incidentes violentos, por isso o Marechal em Prescott, Arizona, pediu a Virgil Earp que os prendesse. Ele ajuramentou Wyatt, Morgan e Doc Holliday para que o ajudassem no confronto com os Clantons. Foi assim que o confronto  teve lugar no O.K. Corral. Os Earps e Holliday  aproximaram-se através do lote vago ao lado do infame curral. Virgil usou a sua autoridade para acusar os Clantons com o acto ilegal de trazerem armas para os limites da cidade. Sem verificar se eles se encontravam armados, Wyatt abriu fogo ( de facto, dois dos homens não estavam armados e foram então mortos a sangue frio).

  Nos seguintes 31 segundos, toda a gente começou a disparar. Wyatt mais tarde alegou que Frank Mclaury se dirigiu á sua arma primeiro, e que por isso teve de o matar. Depois Doc disparou contra Tom McLaury , atingindo-o na virilha, enquanto Ike correu á procura de protecção. Virgil e Morgan dispararam ambos contra Billy. Frank foi atrás do seu cavalo enquanto segurava o seu ferimento de modo a fechá-lo, enquanto Tom colapsava e morria contra um poste de telefone. Morgan foi atingido no ombro por um tiro de Billy e Morgan disparou contra Frank, destruindo o topo da sua caveira. Billy disparou contra Doc, atingindo o seu coldre e ferindo-o na perna. Billy depois disparou contra Virgil e atingiu-o na perna. Wyatt e Virgil ripostaram, matando Billy. Wyatt foi o único a escapar incólume.


Birdcage Theater

  De acordo com historiadores, Os anciãos da cidade de Tombstone consideraram o tiroteio como homicídio e Virgil terminou a carreira como Marechal. Depois Morgan foi assassinado dois meses mais tarde por isso Wyatt partiu atrás de 3 homens em busca de vingança. Para evitar ser preso, ele depois fugiu para o Colorado.

  Mas algo desse dia ficou para trás. Diz-se que várias pessoas viram uma figura de alguém que se parecia com Billy Clampett atravessar o curral, uma alma penada, tanto vitima como perpetrador. Outros viram espíritos que associaram aos irmãos Earp, embora nenhum tenha morrido naquele local. Isso seria uma "assombração residual" ou memória do local - uma imagem aparentemente captada no tempo que se repete ocasionalmente.


Interior do Birdcage Theater

  Também em Tombstone está o Birdcage Theater, um Salão do Velho Oeste limpo a balas que se manteve no lugar desde 1881. De acordo com o documentário do Canal de História Haunted Tombstone, uma mulher ciumenta terá assassinado outra que estava na conversa com o seu homem, usando um pequeno e fino stilleto (punhal original de Itália) para arrancar o coração da mulher que a ofendera. A vitima está reportada na lista de 31 espíritos que assombram o local, e com pelo menos 26 mortes no edifício, não é nenhuma surpresa. O antigo Sallon é hoje um Museu, e membros da equipa de funcionários já informaram terem visto aparições, enquanto muita gente dentro e fora do museu ouviram os ecos fantasmagóricos de música e gargalhadas.

  Até as ruas de Tombstone, anteriormente palco de frequentes cenas de violência, se encontram assombradas. Residentes e turistas viram já uma antiga madame, declaradamente enforcada com a sua camisola, e um homem vestido com vistosas roupas do Oeste enconstado a um poste.

  Agora vamos até ao Missouri onde outra alma sem descanso associada a mortes aparece a vaguear.




Sepultura Assombrada

  Á medida que o ano de 1950 terminava, o ex-recluso William "cockeyed" Cook, com o seu casaco de cabedal preto e a sua tatuagem "hard luck" arrancou numa onde de assassinatos. Uma vez abandonado pelo pai (que o criou e aos seus irmãos sem mãe numa barraca), este jovem de 21 anos forçou pessoas a tornarem-se seus reféns. Perto de Joplin, ele roubou um carro com uma família inteira lá dentro e obrigou-os a conduzir de estado em estado. De volta ao Missouri, quando um agente da polícia conduziu perto deles, entrou em pânico e as três crianças, os pais e até o cão. Depois ele conduziu um tempo com os corpos no carro antes de os depositar numa barraca abandonada (parecidíssima com aquela onde cresceu).

  Depois forçou um vendedor a levá-lo até á Califórnia, onde acabou a matar o homem. Ele não tinha conhecimento de que a sua identidade era já conhecida atravéz de uma pista que deixou para trás e que uma verdadeira caça ao homem estava atrás dele a partir do Sudoeste. Ele raptou várias outras pessoas e fez reféns dois homens no México, mas as autoridades reconheceram-no e apanharam-no  antes que ele fizesse mais mal a alguém. Ele foi julgado no Missouri pelo homicídio da família de 5 membros, mas a Califórnia ficou com ele pelo vendedor e executou-o na Câmara de Gás no dia 12 de Dezembro de 1952.


Peace Church Cemetery

  O corpo de Cook provou ser um estorvo para os seus familiares, por isso ele foi enterrado numa campa não marcada na parte traseira mais á direita do Peace Church Cemetery em Jasper County, Missouri, de acordo com findagrave.com. Três anos mais tarde o seu pai também foi ali enterrado. Uma vez que o local está abandonado, sem tratamento e bastante deteriorado, com apenas 29 campas, naturalmente tem fama de estar assombrado. Mas Cook não é famoso entre os assassinos em série, por isso a sua campa não é visitada da mesma forma que alguns são capazes de viajar para verem o ultimo local de repouso de Charles Starkweather, cuja matança foi apenas 8 anos mais tarde e cujo caso ganhou atenção nacional.

  Supostamente uma figura fantasmagórica foi vista na campa de Cook, juntamente com luzes que se movimentam e estranhos sons. Algumas pessoas aproximaram-se da figura apenas para a verem desaparecer diante dos seus olhos. Uma história conta que Cook estava enterrado fora dos limites do solo sagrado de forma a não perturbar os espíritos dos outros. Permanentemente um forasteiro, o seu espírito pode estar a procurar uma forma de entrar.

  É interessante como muitos dos fantasmas estão associados tanto com atacantes como com vitimas. Mais, as nossas histórias de fantasmas parecem apresentar almas inquietas entre vitimas que procuram paz ou resolução dos seus casos, mas também almas amaldiçoadas que poderão nunca encontrar descanso. Entre estes está uma mulher que foi legalmente absolvida, mas vive na mente de muitos como a assassina que não teve o que mereceu.




EM DESENVOLVIMENTO
Chegasteis até aqui,
Não chegarás mais além.

excelente artigo, força para o que ai vem  :laugh:

#2
Continuação do Artigo Principal. (Peço a um moderador que apague esta parte em negrito e sublinhado e que una, a partir do título com a linha separatória, á primeira parte do tópico. Por alguma razão não estou a conseguir modificar o tópico de forma a continuá-lo).




Lizzie Borden Took An Axe
(Lizzie Borden Pegou Num Machado)


Andrew Borden

No dia 4 de Agosto de 1892, os corpos de Andrew Borden, 70 anos, e Abby Borden, 65, foram encontrados na sua casa em Fall River, Massachusetts. O corpo de Andrew estava estendido no sofá da sala, a sua face cortada por 11 golpes. Foi a sua filha, Lizzie, quem o encontrou. Ela tinha na altura 32 anos e viva na casa. A outra única pessoa na casa era a criada, Bridget Sullivan.

  Lizzie mandou Bridget procurar um médico, dizendo que tinha ido ao celeiro, deixando a porta das traseiras destrancada. Quem quer que tivesse morto o seu pai, disse ela, só podia ter entrado por ali. Não demorou para que um vizinho que se ofereceu a ajudar lizzie encontrasse o corpo da madrasta desta no andar de cima, no quarto, morta com cerca de 18 a 20 golpes de machado.


Lizzie Borden

  A casa na 92 Second Street abriu portas em 1996 como um Bed and Breakfast ( Residencial de pernoite). Desde então que já mudou de mãos, mas ainda oferece estadias, visitas guidas, uma loja de presentes... e algo mais. Com a ajuda de fotos do local do crime, a casa foi mobilada de modo a representar as suas condições naquela manhã de Agosto.

  Lizzie, a principal suspeita, passou por um julgamento e foi de facto absolvida. As pessoas de Fall River gostam de dizer que ela teve um julgamento justo, mas os estudiosos do crime sabem que as provas mais incriminatórias, como a sua tentativa de comprar ácido prússico no dia anterior e as suas declarações inconstantes durante os interrogatórios, nunca foram admitidos. É comum encontrar pessoas que acreditam que os advogados de defesa de Lizzie manusearam a acusação e libertaram uma assassina.




À Caça de Fantasmas na Casa Borden


Capa do Livro: Ghost: Investigating the Other Side (Fantasma: Investigando o Outro Lado)

  Em Ghost: Investigating the Other Side (Fantasma: Investigando o Outro Lado), a autora ficou na casa durante a noite, numa altura em que não havia mais ninguém a pernoitar na casa. Ela levou vários instrumentos para caçar fantasmas consigo, e "acampou" no andar de cima, no quarto onde Abbgy Borden fora brutalmente atacada até á morte por alguém que estava claramente zangado com ela. As histórias contam que o quarto tem uma senhora idosa que aconchega as pessoas na cama. De seguida está um excerto dos detalhes da experiência:

  "Uma técnica muito utilizada por caçadores de fantasmas experienciados é conhecido por FEV (EVP), ou fenómeno de voz electrónica. Coloca-se um gravados e poderá captar uma voz que não consegue ouvir, mas que fica registada na gravação. As pessoas dizem ouvir vozes de alguém que conheciam ou alguém que chama os seus nomes. Eu pessoalmente consegui uma vez um muito claro e perfeito 'Socorro!' numa Residencial em Gettysburg, perto do campo de batalha.

  "Então fui para a cama no quarto John Morse onde Abby encontrou o seu destino e liguei o gravador. De facto eu dormi e sonhei com uma mulher que falava comigo. Na manhã seguinte, fui ver o gravador e...estava desligado. Algures durante a noite, por alguma razão para mim desconhecida, devo tê-lo desligado..."

  Ou não. Em nenhuma outra altura a autora teve a mesma experiência, embora tenha gravado em muitos outros locais antes e depois. A visita guiada desse dia descreve as experiências dela ter ficado trancada do lado de fora enquanto conduzia as pessoas aos diferentes quartos. Em adição, pessoas chegaram a descrever as experiências que tinham tido, desde uma estranha névoa branca que emanava da cozinha a locais frios ou o som de portas a baterem.


The Lizzie Borden Bed & Breakfast

  A autora ouviu dois psíquicos que haviam visitado a casa e que insistiam depois de terem feito a leitura das vibrações espirituais que Andrew tinha sido morto na cozinha e arrastado para o sofá, e que o cão de um dos donos se recusara a subir o primeiro lance de escadas. Um agradecimento colocado nos quartos incluía uma nota aos visitantes: " Se a porta subitamente se abrir ou fechar sozinha, por favor levem isso com bom humor, pois somos apenas mortais e não podemos controlar as nossas visitas sobrenaturais. Eles são por norma bem comportados, mas por vezes tendem a ser maldosos."

  Os novos proprietários parecem ter os mesmos sentimenos, pois oferecem visitas guiadas , uma loja de presentes e recordações, e reconstruções do local do crime aos seus visitantes, assim como um pequeno-almoço baseado no que os Borden comeram antes de encontrarem o seu fim. É também possível que o visitante sortudo possa ver Abby...ou Lizzie.

  E por falar em massacres familiares, vamos dar um salto a New Jersey para um sensacional crime que provocou o seu próprio resultado espectral.




Massacre


Restaurante Jimmy's, Morristown, Nova Jérsea

Na 217 South Street em Morristown, New Jersey está um restaurante que mudou de mãos muitas vezes. Talvez tenha algo a haver com as perturbações fantasmagóricas que por ali acontecem. Alguns donos contaram os contos, enquanto outros mantêm o trágico passado do edifício em segredo. De momento, o sítio é o Jimmy's.

  John Sayre construíu o local em 1749 para a sua família, e foi um local pacífico até 1833, quando Samuel Saylor contratou um marinheiro imigrante, Antoine Le Blanc, para ser o seu faz-tudo. Segundo alguns relatos, Le Blanc tornou-se ganancioso e por outros, ele estava apaixonado pela filha ou pela criada de Sayre, que lhe resistiu. De qualquer forma, uma noite, ele usou uma pá para matar todos os Sayres e um machado para matar a criada, Phoebe, Depois pegou em todo o dinheiro que encontrou e fugiu.

  Mas não levou muito a que o apanhassem. Levaram-no de volta a Morristown e colocaram-no em julgamento. Foi um evento que alegadamente atraiu milhares, assim como o seu enforcamento depois de ser considerado culpado. Uma vez que as pessoas estavam loucas por fazer parte do evento, os oficiais da cidade decidiram esfolar o criminoso e vender partes da sua pele. As pessoas compravam-nas para fazerem carteiras, porta-moedas, e abajours, e alguns destes items podem hoje ser vistos no Morristown Museum.

  Eventualmente a casa foi comprada e transformada num estabelecimento de restauração. Em 1957, um incêndio deflagrou e quase destruíu todo o complexo, mas foi eventualmente restaurado. Quando se tornou no Wedgewood Inn, as histórias acerca de assustadores eventos proliferaram. O quarto conhecido por ser o de Phoebe parecia ter sempre temperaturas diferentes das outras áreas, normalmente mais frio. Algumas empregadas viram o seu reflexo num espelho, e uma alegou ter visto uma mão ensaguentada sair de um dos quadros. Coisas moviam-se e as pessoas podiam sentir mãos nos seus ombros sem que ninguém estivesse atrás delas. Em adição, depois de encerrarem á noite, o que envolvia apagarem as velas nas mesas, os funcionários podiam várias vezes encontrar velas acessas novamente lá dentro.


Antoine Le Blanc, esboço

  Em alguma altura, o restaurante tornou-se na Society Hill, e o proprietário arrojadamente decidiu inaugurá-lo no dia de aniversário da tragédia. Na nooite da grande abertura, uma terrina rachou-se a partiu-se, despejando todo o seu conteúdo na mesa e no chão. Seria um fantasma a exigir atenção?

  Psíquicos indicam que tanto Le Blanc como Phoebe se encontram no local como entidades sem descanso. (O que não admira uma vez que, de acordo com L'Aura Muller, cuja avó foi dona de uma das carteiras de pele de Le Blanc, dois físicos usaram corrente eléctrica no corpo de Le Blanc de forma a ressuscitá-lo.). Tentaram exorcizar os espíritos, mas cozinheiros e funcionários do Jimmy's continuam a descrever sensações estranhas. Uma empregada de mesa disse que foi totalmente rodopiado por uma força invisível. Eles levam tudo na desportiva, mas poucos são os que desejam fechar as portas á noite sozinhos.

  Existem muitos locais assombrados pelo país fora como o Jimmy's que aparentam ter histórias legítimas, independentemente confirmados por inúmeras pessoas, mas existe sempre a possibilidade de fraude, e um sítio é internacionalmente reconhecido por isso. Uma vez que um acto de extrema violência ocorreu no seu interior, vale a pena incluí-lo.




A Controvérsia de Amityville


Casa de Amityville (do filme)

Casa de Amityville (na época)

Casa de Amityville (recente)

  Em Amityville, Nova Iorque, um massacre familiar foi levado a cabo uma noite que faria da casa e do local do crime famosos bem para lá desse bairro. Ronald "Butch" DeFeo Jr., 23 anos, cresceu numa casa afluente. Em 13 de Novembro de 1974 aproximadamente ás 3:00 da manhã, pegou numa espingarda Marlin calibre .35 e matou os seus pai, mãe, duas irmãs e dois irmãos, nas suas camas. O mais novo tinha apenas 9 anos. Butch depois despiu-se, tomou banho e voltou a vestir-se. Limpou o local do crime, apanhou os cartuchos e colocou-os juntamente com as suas roupas ensanguentadas dentro de uma fronha de almofada. Este "pacote" ele enfiou dentro de um esgoto no caminho para o trabalho e desfez-se da arma para um canal.

  Á noite, chamou a polícia para reportar que a sua família tinha sido morta, e mencionou o envolvimento da Máfia. Depois a sua história mudou, e não foi preciso muito tempo para que ele se torna-se no principal suspeito. E mesmo assim, a sua história continuava a mudar.

  A um psiquiatra, ele admitiu (ou simulou) ter apagões nos quais fazia coisas das quais não se lembrava. Eventualmente disse ter agido em própria-defesa durante uma violenta discussão familiar, e depois que fora a sua irmã quem cometera os crimes usando a sua arma. Finalmente, ele afirmou que a polícia o havia coagido a uma falsa confissão da sua parte. Por último, disse ter matado porque era Deus, e deu-se como inocente por razões de insanidade. Alguns dizem que ele tencionava safar-se e ficar com o dinheiro da família.


Ronald "Butch" DeFeo, foto prisional

  O Dr. Daniel Schwartz, psiquiatra, confirmou as alucinações e crenças que Butch tinha de que a sua família o estava a tentar apanhar. Ele tinha actuado contra eles num estado psicótico, indicou Shwartz, e como tal, não podia ser responsabilizado pelos seus actos. Schwartz baseou-se no auto-relato de que este não ouviu os disparos como forma de uma desassociação psicótica, e negou que este estivesse a simular. Butch levou a cabo as execuções sem sentimentos, continuou a argumentação, por isso tinha de estar louco. A sua tentativa de esconder as provas era irracional.

  Também havia um psiquiatra do lado da acusação: o Dr. Harold Zolan. Ele diagnosticou a Butch uma desordem antisocial na sua personalidade. Ele distinguia o bem do mal e apreciava as consequências dos seus actos; daí que tenha escondido as provas que o ligavam ao crime. O seu processo psiquiátrico da sua adolescência indicava que ele era passivo-agressivo e socialmente impotente.

  Depois dos homicídios, Butch escreveu uma longa lista de cinquenta pessoas que desejava matar. Ele repetidamente indicou que não sentia nada por ter matado a sua família, fora ter ficado satisfeito e aliviado por eles estarem mortos. Embora alguns profissionais que estudaram o caso tenham indicado que a violência familiar e o modelo de decepção e roubo podem ter sido os principais responsáveis pela chacina de Butch, na verdade, ninguém sabe com certeza.


Capa do Livro: The Amityville Horror (Horror de Amityville)

  A casa foi vendida e acabou a ser o palco de outra fraude, O Horror de Amityville, um livro e um filme baseado na ideia de que a casa tinha sido construída num cemitério índio (ou num local onde os Shinnecocks mantinham os seus insanos) e os espíritos desassossegados tinham feito com que quem vivesse lá se tornasse violentamente louco. George e Kathy Lutz tinham-se mudado para a casa e tinham sido rapidamente atacados. George supostamente adoptou a aparência de Butch e Kathy tinha constantes sonhos acerca do assassínio familiar. Um padre que fora abençoar a casa supostamente ficou bastante doente.

  O seu advogado mais tarde afirmou que eles tinham delineado o esquema juntos, mas processou-os com pedido de indemnização e eles processaram-no a ele pelo que ele disse,e ninguém ficou a saber bem o que fazer com todo o caso. Alguns investigadores do paranormal afirmaram que o local estava de facto assombrado, mas cépticos apontaram os inúmeros erros na história e para o facto da família que se mudou para a casa depois dos Lutz não experienciaram qualquer efeito negativo.

 Todavia, parece haver casos em que a casa apenas necessita de tempo para recuperar após um "evento estigmatizante", como aconteceu em Chicago.




Onde a relva não cresce


John Wayne Gacy, foto de detenção

  John Wayne Gacy foi preso em 1978 e considerado culpado do assassinato de 33 rapazes, muitos deles enterrados no espaço por baixo da sua própria casa. Terry Sullivan, do departamento da polícia conta a história em Killer Clown (Palhaço Assassino). Gacy tinha vivido com o cheiro a morte durante vários anos. Após a sua detenção, ele confessou os crimes, mas depois fingiu ter uma segunda personalidade, "John Hanley", que era responsável pelos crimes, por isso os seus advogados ofereceram como defesa insanidade baseada em compulsão para matar. Um número de psicólogos e psiquiatras colocarem Gacy através de uma série de instrumentos e chegaram a uma grande variedade de diagnósticos. A reivindicação primordial foi que ele havia experienciado um "irresistível impulso" quando matou cada um dos jovens, e graças ao álcool teria "apagado" ou perdido as suas inibições até um ponto em que era incapaz de se controlar. Isto era mantido com a fraseologia da defesa por insanidade numa altura em que no Illinois era permitido que uma pessoa podia saber que o que estava a fazer era errado mas era de qualquer forma incapaz de parar.

  O juri rejeitou a defesa, maioritariamente porque o Procurador foi capaz de demonstrar que Gacy tinha planeado vários assassinatos e a sua equipa de psicólogos insistiram que um impulso irresistivel não pode ser planeado de antemão - especialmente não várias vezes. Gacy também mostrava ter muito boa memória dos crimes e onde tinha colocado cada um dos cadáveres dos jovens - uma indicaçãode que ele não tinha "apagado".

  Enquanto os investigadores procuravam pelos corpos, a casa de Gacy foi literalmente desmontada. Eles procuraram do sótão á cave, abriram buracos no chão da garagem e cavaram até uma profundidade de 7/8 metros no pátio exterior com uma retroescavadora. Quando finalmente decidiram que tinham encontrado todos os restos mortais possíveis naquele local, o sítio parecia um desastre. A decisão final foi de apenas nivelar o solo.


Casa de Gacy após a demolição

  Eventualmente os vizinhos fartaram-se de ter este monstro no seu seio e afastaram as memórias das imagens dos corpos a serem levados. Mas a antiga propriedade de Gacy não recuprou, como se a própria terra estivesse de luto pelo abuso sofrido. Alegadamente a relva não voltou a crescer mesmo depois de dois ou três verões terem passado.

  Eventualmente a propriedade adquiriu novos donos que construíram uma casa e alteraram a morada. Eles não desejavam mais turistas mórbidos a chatear. E para eles, a relva cresceu e as feridas sararam, embora se diga que os seis ou oito homens e rapazes que nunca foram identificados ainda por lá andam.

  Se isso for verdade, então deve de haver muitos espíritos na zona da próxima propriedade assombrada.




Os Bender

  Na altura em que o Kansas ainda era uma fronteira a ser montada por imigrantes, viajantes que passavam pela parte do Sudeste do estando encontravam uma calorosa recepção e entretenimento á beira da estrada na cabana da família Bender. Os Bender haviam chegado da Alemanha por volta de 1870 e construído a sua casa entre Thayer e Gelesburg como uma loja de conveniência e uma estação de serviço ao lado da estrada. Katie a filha mais velha era aparentemente espiritualista que dizia chamar fantasmas (pelo menos, passava por uma) e tinha charme suficiente para ficar a saber o estado financeiro de um viajante e persuadi-lo a sentar-se num certo sítio para jantar ou para ler. Atrás deles estava uma cortina espessa, e atrás estava o Velho Bender com uma marreta. Ele entregaria o golpe fatal, enquanto a Mamã Bender, Katie e John, Jr. removiam o dinheiro da vítima e o largavam através de um alçapão.


Capa do Livro: No Rest for the Wicked (Sem Descanso Para Os Distorcidos)

  Alguém acabaria por vir a notar, e quando o Dr. William York desapareceu em 1873, o seu irmão, que sabia da existência dos Bender, foi procurá-lo. Enquanto esteve na casa, aconteceu ele ter reparado em algo que pertencia ao seu irmão, embora os Bender tenham negado veemente. Ele foi procurar pelas forças da lei. Os Bender abandonaram o local antes que alguém os pudesse prender, e quando uma forte chuvada caiu e deixou a descoberto a linha de várias campas no pomar o local inteiro foi cavado. Foram exumados dez cadáveres, incluindo uma criança que havia sido atirada para a vala viva e acabou esmagada debaixo do cadáver do seu pai. (Outros testemunhos dizem que o número de corpos ultrapassava as duas dúzias).

  Esta história correu a nação, adicionando os "Hell Benders" aos contos de Índios e fora-da-lei que eram verdadeiras ameaças para as famílias que tinham a esperança de se fixar nas terras mais a Oeste. Caçadores de lembranças desmontaram a cabana dos Bender, adquirindo pedaços de madeira e pregos e qualquer coisa que pudesse ser vendida por valores exurbitantes. qualquer coisa que tenha sobrado foi arrasada, e apenas um enorme buraco ficou no lugar onde tinha estado a casa e a loja. Os Bender foram por diversas vezes identificados no Norte e no Sul do país, mas nenhuma das visualizações se provou acertada. Um agente da paz do Utah acreditava ter apanhado o Velho Bender e prendeu-o por homicídio, mas o suspeito morreu e decompôs-se sem que uma identificação acertada pudesse ser feita. No entanto, a sua caveira foi-lhe retirada e colocada no salão local para ser vista como sendo do malogrado criminoso.

   Em No Rest for the Wicked, Troy Taylor escreve acerca de assombrações no rescaldo da violência. Entre os seus contos está o que aconteceu na antiga propriedade dos Bender. Ele indica que os fantasmas das vitimas continuam a passear pelo buraco vazio, e que é possível ouvi-los guinchar e gemer no escuro. Também se diz que o espírito de Kate regressou ao local- Um testemunho diz que ela foi apanhada e queimada viva, mas tal nunca foi verificado.

   Por falar nos Bender, vamos visitar um - sem relação com esta sangrenta equipa - cujo talento ajudou a virar o homicídio para um lado positivo.




"Recompositor" dos Decompostos


Frank Bender

   O estúdio de Frank Bender em Philadelphia está colocado numa loja de carne que foi convertida. Com 88 pés de comprimento, está cheia de, não só pinturas e esculturas de Bender, como também uma boa quantidade de antiguidades. Como adição, pode-se ver o molde de um esqueleto pendurado numa pintada, uma escultura de bronza, caveiras de brilham ou uma serie de bonitas pinturas em pastel. Também verão o busto de barro de um qualquer caso em que possa estar a trabalhar, pois Bender é um artista forense internacionalmente reconhecido.

   Ele teve o seu início como um bom artista e fotógrafo, e nunca foi sua ambição trabalhar com os mortos. Mas em 1976, foi convidado para visitar a morgue para aprender mais acerca da anatomia humana. Enquanto lá esteve, viu um corpo em decomposição que estava por identificar, úmero 5233. A mulher tinha sido baleada três vezes na cabeça e deixada perto do aeroporto. A possibilidade de identificá-la parecia já impossível, mas Bender disse acreditar saber como ela se parecia. Para o provar, ele comprometeu-se a fazer uma escultura da sua caveira e conseguiu uma parecença tão grande que a 5233 eventualmente ganhou um nome. Isso levou ao seu assassino, que foi finalmente acusado. Não levou muito tempo até que fosse convidado para mais casos forenses pelas autoridades locais e estatais, e até mesmo pelos U.S. Marshals.


Capa do Livro: Ghosts Among Us (Fantasmas Entre Nós)

   Leslie Rule, filha da escritora de crimes reais Ann Rule, entrevistou Bender no seu estúdio para o Ghosts Among Us, com a sugestiva introdução que talvez a sua intuição fenomenal fosse assistida pelo "outro lado" - que as vitimas quisessem os seus casos resolvidos e os seus restos mortais identificados. Ela conta a história de uma menina, Aliyah Davis, de West Philadélphia. Em 1981, Aliyah tinha 5 anos. A sua mãe e padrasto foram ambos abusivos e uma noite mataram-na á pancada. Depois ela desapareceu e ninguém fez perguntas.

   Eventualmente os seus restos mortais foram encontrados num baú em 1992, mas ninguém sabia quem ela era. Bender trabalhou na caveira, tentando dificilmente recriar o que ele acreditava ser o seu aspecto, mas, como Rule afirma, sentindo-se frustrado com os resultados. Depois ele teve um sonho em que estava a caminhar para a morgue. No interior estava uma menina africana com totós de lado da cabeça sentada num banco. Ela sorriu-lhe, e ele ficou a saber o que precisasva de fazer com a escultura. Não é difícil de acreditar que isto realmente aconteceu quando ouvimos Bender descrever o seu trabalho. Parece ser mais do que apenas capacidade artística.

   Antes de começar uma escultura, Bender junta toda a informação visual que consegue acerca do sujeito. Ele também requer qualquer roupa ou itens encontrados com o cadáver, se for isso com o qual está a trabalhar, e todos os relatórios patológicos. Depois ele estuda a caveira, anotando marcas únicas, desde a sobrancelha até á cavidade nasal até á linha do queixo. Geralmente, a sua técnica envolve fazer primeiro um esboço da caveira (ou usar a caveira verdadeira). Pequenos buracos são feitos para pegas de madeira ou vinil serem inseridas para medir a profundidade do tecido facial. Depois barro de modelar preenche os músculos e linhas á volta do nariz, boca, bochechas e olhos, e uma fina camada de plástico ou barro é colocado sobre o molde. Traços faciais são formados para captar o aspecto básico da pessoa, e uma peruca e olhos artificiais são adicionados, juntamente com maquilhagem.


Estúdio de Frank Bender

   "Existe um ritmo através da natureza," ele disse, "uma harmonia, quer seja na dança, na pintura, escultura ou musica, por isso tento trabalhar com isso."

   Uma vez que a escultura esteja da maneira que ele deseja, ele faz um molde de borracha e fibra de vidro plastificada, depois pole tudo até ficar satisfeito. O passo final é tirar uma foto para folhetos, jornais e televisão.

   No caso da menina encontrada no baú, Bender conseguiu recriar a face através dos detalhes do seu sonho, incluindo o penteado. Uma imagem disto foi colocada num folheto juntamente com um pedido de informações. Levou 6 anos, mas finalmente alguém viu o folheto e reconheceu a menina. Era o seu pai biológico, que tinha sido separado dela quando a sua mulher ganhou a custódia. Ele notificou a polícia e estes encontraram os assassinos de Aliyah, trazendo-os á justiça.

   Não muito longe noutra área do estado, uma outra inteira família de crianças tornou-se vitima.




Caça de Fantasmas

   Os canais aquáticos estão invariavelmente assombrados, embora muito pouca gente possa acreditar que um canal possa ter água suficiente para que uma pessoa se afogue. Charles Adams,  autor de inúmeros livros de contos de fantasmas, descreve o homicidio em massa que ocorreu num lugar assim, em Ghost Stories of Berks County (Estórias de Fantasmas de Berk County).


Capa do Livro: Ghost Stories of Berks County (Estórias de Fantasmas de Berks County)

   A Sra. Phillip Bissinger tinha os seus três filhos consigo no dia 17 de Agosto de 1875, não muito longe de Reading, Pennsylvania. Mollie, Lillie e Phillip andavam a seu lado no caminho de mulas perto do nó 49 do Union Canal, enquanto colecionavam pedras para porem no cesto que ela laçara á sua cintura. Adams ofereceu um sumário dos jornais daqueles dias, que indicavam que em determinada altura, a Sra. Bissinger de repente arrebatou as três crianças, abraçou-as com força, e lançou-se com eles para as águas profundas, matando-se e ás crianças. Também matou o bebé que crescia dentro dela. Ninguém soube porquê, mas especulações aacerca dos seus motivos partiram de psicose a depressão por circunstâncias difíceis.

   Um juri do médico legista descobriu que a mulher tinha ficado tão pesada pelas pedras no seu cesto que era impossível escapar dos sete pés de profundidade em que ficou. Um homem viu-os ir ao fundo, mas como não os pôde assistir, foi buscar ajuda. Os corpos foram retirados um a um e colocados em Reading, uma vez que alguém levou a noticia ao Sr. Bissinger, que foi assolado pelo horror e pela dor. O incidente provou ser sensacional o suficiente para que um livro inteiro fosse dedicado a ele, e visitas guiadas ao canal ainda hoje mencionam o acontecimento.

   Adams decidiu Ver por ele próprio se o espírito da Sra. Bissinger ainda andava pelo canal, como a lenda dizia. Ele foi lá uma noite escura com vários repórteres. Como ele diz, depois de não terem sucesso, estavam a ir embora, desapontados, quando um dos repórteres se agarrou ao próprio peito e pareceu incapaz de respirar ou falar. Ele acabou por se recompor, mas foi incapaz de explicar o que se tinha acabado de passar consigo. Adamas perguntou-se se não teria sido um espírito a tentar entrar no seu corpo.

   E por falar em vitimas inocentes, elas podem também muito bem serem adultos. Um típico exemplo de uma assombração é alguém ser castigado por um crime que não cometeu, e deseja deixar algo para trás para lembrar as pessoas da injustiça praticada.




Crime Contra a Inocência

   Em Jim Thorpe, Pennsylvan, anteriormente conhecida como Mauch Chunk, os Protestantes Ingleses e Galeses eram donos das minas de carvão, mas eram os Católicos Irlandeses que lá trabalhavam. Eles trabalhavam longas horas e sofriam acidentes frequentes, ganhando o mínimo dinheiro possível para sobreviverem. Eles também eram forçados a pagar o seu prórpio equipamento, mais um insulto.

   Durante meio dos anos 1800, a raiva contra as companhias de minagem e os seus representantes cresceu em segreedo formando uma sociedade secreta de Irlandeses violentos conhecidos como Molly Maguires. Eles levaram a cabo actos de sabotagem, que custaram á companhia tempo e dinheiro. Depois, quando Frank B. Gowan tornou-se presidente da Reading Railroad Company em 1869, ele decidiu destruir as uniões, e isso significava atacar os Molly Maguires. Para os parar, contratou Allen Pinkerton, que colocou um agente entre os Mollies. Este juntou provas suficientes que resolveram vários assassinatos na área, e sete dos Mollies foram presos em 1877 e levados para a prisão.


Alexander Campbell, retrato

   Alexander Campbell era um deles. Enquanto admitiu ser um dos "acessórios" porque esteve presente num dos homicídios, o tribunal declarou-o culpado de homicídio em primeiro grau. Ele continuou a insistir na sua inocência, mesmo enquanto o arrastavam para a sua cela, a cela número 17. Antes de ser fisicamente retirado ele colocou a sua mão na parede e afirmou que a marca da sua mão ficaria ali visível como prova de que o que dizia era a verdade. "Esta é a mão de um homem inocente!" exclamou. Mas culpado ou não, ele devia servir de exemplo para todos os que pensassem tornarem-se membros dos Mollies, por isso acabou por ser enforcado.

   De acordo com a lenda, como recontada em Weird Penssylvania (Estranha Penssylvania), após mais de um século e várias camadas de tinta nessa parede, a impressão da mão ainda hoje é visível. Supostamente, cada vez que a tentam tapar ela misteriosamente reaparece para relembrar da tragédia de executar um homem inocente - especialmente em nome da ganância. Pode ser vista em visitas guiadas do Old Jail Museum (Velho Museu da Prisão), que fica na antiga Carbon County Jail ( Prisão do Condado de County). Afirmativamente, algum equipamento de alta-tecnologia ocasionalmente falha quando tenta captar esta imagem.

   Querelas e violência parecem criar fantasmas, ou pelo menos histórias de fantas, e por vezes as vitimas idirectas são quem acaba por sofrer.




EM DESENVOLVIMENTO
Chegasteis até aqui,
Não chegarás mais além.

Excelente tópico(s).....Estou a espera do próximo :)
Cumprimentos, pedro(cody)...
I see now that the circumstances of one's birth are irrelevant, is what you do with the gift of life that determines who you are"

a espera do proximo desenvolvimento  :laugh:

sofiagov

FINAL DO TRABALHO DE TRADUÇÃO
LOCAIS DE CRIMES ASSOMBRADOS

A VINGANÇA DE HAMILTON

  Logo depois de se passar Kill-Devil-Hills no Cape Hatteras National Seashore na North Carolina está a maior duna de areia da costa do Atlântico — Jockey's Ridge. Durante o dia, é a Mecca dos praticantes de Asa Delta. No entanto, houve um tempo em que foi um sítio bastante sinistro durante a noite.


Theodosia Burr - foto

  Foi Alexander Hamilton quem instigou á construção do primeiro farol no traidor Cabo Hatteras, e a sua acção eventualmente significou desastre a inúmeros navios que viajavam mais para Norte. Antigos acampamentos na área agora conhecida como Nag's Head incluía antigos piratas, que descobriram maneiras de continuar os seus roubos sem terem de ir para o mar. Eles sabiam o fácil que era para os navios de carga perderem a direcção, por isso inventaram um truque para atrair esses  navios contra as rochas. Em noites escuras, bandos de assassinos amarrariam uma lanterna ao pescoço de um velho cavalo e levá-lo-iam para o topo de Jockey's Ridge. Eles depois atavam um peso aos pés do cavalo para o desequilibrar, forçando a sua cabeça a subir e descer. A lanterna depois enganava os comandantes dos navios alvo de forma a alterarem o seu curso. Uma vez encurralados na rochas, esse navios eram alvos fáceis para os piratas. que os abordavam e matavam todos a bordo. Em noites sem estrelas, alguns diziam que ainda se podia ouvir os guinchos agonizantes dessas almas atormentadas que morreram sem misericórdia.

  Houve um passageiro no entanto que foi poupado: Theodosia Burr, filha de Aaron Burr, o inimigo político de Hamilton. A sua intensa inimizade terminou num duelo que matou Hamilton, considerado um homicídio odioso, e Burr foi forçado a esconder-se. Ele foi indiciado em New Jersey mas nunca preso. Mais, acabou por se mudar para New York.


Praia onde Theodosia Burr aparece

  Theodosia casou com um político da Carolina do Sul. Ele teve um filho, que cresceu doente e acabou por morrer. Prostrada com o desgosto, ela decidiu visitar o seu pai, por isso abordou o mal-destinado navio de seu nome The Patriot. Quando os piratas assaltaram o navio, começaram a matar toda a gente. A criada de Theodosia foi atirada borda fora diante dos seus olhos, e quando um pirata estava prestes a atravessar Theodosia com a sua espada, ela perdeu a cabeça. Supersticiosos acerca da loucura, os piratas levaram-na para a costa e deixaram-na ao cuidado dos cidadãos locais. Ninguém sabia quem ela era, embora trouxesse consigo uma pintura feita á mão de si mesma - um presente doseu pai. Ela foi ficando velha e doente, e um dia caminhou até ao oceano, deixando apenas pegadas na areia. O seu retrato foi dado a um físico , que o usou para descobrir a sua identidade. O retrato está agora em New York, mas Theodosia permanece em Outer Banks. Juntamente com os fantasmas dos caranguejos que proliferam pela praia, ela anda pela areia quando o céu está cinzento e o vento forte. Ela é muitas vezes vista por residentes que ficam durante o ano pela altura do Natal e Ano Novo.

  Foi pura ironia que se Burr não o tivesse morto, Hamilton poderia ter vivido para instalar luzes próprias ao longo da costa, prevenindo o tipo de desastre que roubou a filha de Burr. O próprio Burr assombra Wall Street (e possivelmente New Hope, PA), enquanto a sua mulher perturba o ar na mansão Morris-Jumel em New York.




Mansão Morris-Jumel



Eliza Jumel - Retrato

  A mansão Morris-Jumel na 175 Jumel Terrace em New York City foi construída por Roger Morris antes da Revolutionary War (Guerra da Revolução), e serviu uma vez como o quartel-general do presidente George Washington. Embora esteja aparentemente assombrada por cinco fantasmas, aquele que a maioria das pessoas diz ver é o espectro de Eliza Jumel, que ficou rica depois da morte do seu primeiro marido, Stephen.

  Eles ficaram com o edifício em 1810, mas permaneceram uma década em França antes de regressarem a Nova Iorque. Aparentemente as coisas não estavam bem na altura, poi Eliza estaria alegadamente a ter um caso amoroso com o antigo Vice-Presidente Aaron Burr. Deveras misteriosamente em 1832, Stephen caiu sobre um forcado (espécie de garfo enorme usado em agricultura) e morreu. Quase imediatamente, Eliza casou com Burr, que tinha na altura 77 anos. Mas parece que tinham companhia. Uma publicação de 1916 indica que havia um fantasma na casa, e estes rumores persistiram pelos anos.

  O casamente de Burr durou apenas três anos até ao divórcio. Aaron Burr morreu quase na miséria - depois de uma vida aparentemente passada doente. Eliza tornou-se introvertida, e era uma visão assutadora , com dentes falsos, cabelo em desalinho, roupa remendada e grandes pés. Finalmente, a demência levou a melhor e a sua conversa sem sentido acabou a afastar o ultimo parente. Em 1865, ela morreu sozinha na grande casa. Passados três anos, as pessoas contavam histórias acerca de a verem nas redondezas, vestida com um vestido branco. Dizia-se que todas as noites depois da meia-noite ouvia-se um grande barulho que assustava todos excepto os que dormiam profundamente, e as pessoas atribuíam esse som a Eliza.


O Museu Morristown

  De acordo com Hans Holzer, no seu compêndio, Ghosts (Fantasmas), Havia uma suspeita de que Eliza tinha morto o seu primeiro marido, Stephen, por isso levou um psíquico ao local para tentar descobrir a verdade. O psíquico supostamente canalizou o espírito do homem e ouviu-o dizer que tinha de facto sido assassinado - e enterrado vivo. Talvez fosse por isso que Eliza parecia não ter descanso. Ou ela tinha uma consciência pesada de culpa, ou não estava autorizada a descansar depois de hediondo acto.

  A cidade comprou a imponente mansão em 1904 para a abrir como um museu. Visitas são oferecidas durante o dia, mas alguns ainda dizem que espíritos vagueiam no local á noite. Em 1964, vários escritores reportaram uma mulher que usava um vestido violeta aparecera a meia dúzia de crianças que estavam a visitar a casa. Elas identificaram-na através do retrato na casa como sendo Eliza. Ela havia-lhes gritado para "Se Calarem!". Nunca havia acontecido tão dramática aparição.

  Várias sessões foram tentadas na casa, e o espírito feminino que várias vezes se mostra é também geralmente delirante da mesma forma que Eliza era nos ultimas anos da sua vida.

  Parece que onde quer que seja que aconteçam homicídios ou suicídios, as pessoas experienciam algum tipo de energia residual, seja na forma de odores, pontos frios, toques, sons ou aparições. Existem muitos mais contos pelo país, e desconsoante serem ou não assombrações genuínas, eles certamente mantêm as histórias dos mortos, vivas.




Bibliografia

Adams, Charles. Ghost Stories of Berks County, Book 1, 2nd edition. Exeter House, 1982.

Anson, Jay. The Amityville Horror. New York: Bantam Books, 1977.

Blank, Dennis. "What!  Open a Haunted Restaurant? Pair run from a Contract," New York Times, September 10, 2005.

DeBolt, Margaret Wayt. Savannah Spectres. Norfolk, VA: Donning Company, 1984.

Description from menu at the former Society Hill restaurant, now Jimmy's, in Morristown, New Jersey.

Eastern State Penitentiary booklet.

"Ghost Hunters," Sci Fi Network, 2004.

Guiley, Rosemary Ellen. The Encyclopedia of Ghosts and Spirits. New York: Facts on File, 1992.

"Haunted Tombstone," History Channel.

Holzer, Hans. Ghosts: True Encounters with the World Beyond. NY: Black Dog & Leventhal, 1997.

Lake, Matt. Weird Pennsylvania. New York: Sterling Publishing, 2005.

Muller, L'Aura. "The Haunted Restaurant of Morristown," www.njhm.com.

Ramsland, Katherine. Ghost: Investigating the Other Side. NY: St. Martin's, 2001.

Reed v. King, 193 Cal. Rptr. 130 (Cal. Ct. App. 1983)

Rule, Leslie. Ghosts among Us.  Kansas City: Andres McMeel, 2004.

Smith, Katherine. Journey into Darkness: Ghosts and Vampires of New Orleans. New Orleans: DeSimonin Publications, 1998.

Stambovsky v. Ackley, 572 N.Y.S.2d 672 (N.Y. App. Div. 1991).

Sullivan, Terry. Killer Clown. Kensington, reprint edition, 2000.

Taylor, Troy. No Rest for the Wicked. Alton, IL: Whitechapel productions, 2001.




FONTE: http://www.crimelibrary.com/

Tradução por: Tiago Geraldes - Arghallad

Nota: Agradecimentos a todos pelo tempo que perderam em ler todo este trabalho, e promessa de que assim que encontrar outro, o postarei aqui para gáudio de todos.

Bem Haja.
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Excelente trabalho!!!! É sem dúvida interessante...
E já agora parabéns pela tradução, muito bem feita :)
cumprimentos, cody...
I see now that the circumstances of one's birth are irrelevant, is what you do with the gift of life that determines who you are"

Citação de: cody sweets em 13 maio, 2014, 20:57
Excelente trabalho!!!! É sem dúvida interessante...
E já agora parabéns pela tradução, muito bem feita :)
cumprimentos, cody...

Obrigado Cody. Foi da maneira que pude voltar a treinar o meu inglês, e também porque não confio nas traduções do Google.
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É sempre bom saber uma "segunda" língua, nunca confiando no google tradutor...No meu caso sei inglês mas falo fluentemente alemão...
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