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  • Esperando que viessem buscar-me
    Iniciado por davide1
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Em 2009 sofri um acidente de trabalho grave, caí de uma altura de 6mt, cresci numa familia catolica mas cedo começei a fazer varias perguntas sobre as religiões, mais tarde veio a net e começei a minha pesquisa sobre este tema, estudei com as testemunhas de Jeova, mas logo vi que apesar de serem boas pessoas só conseguem ver aquilo so eles é que estao certos, por isso desisti, depois encontrei o espiritismo e gostei bastante desta doutrina ainda hoje sinto bastante simpatia, o que vos quero contar é que devido ao que aprendi no espiritismo, quando sofri o acidente depois da queda acordei num grande silencio e começei a pensar, estarei morto e olhei em redor a ver se alguem me vinha buscar, mas segundos depois começei a ouvir vozes, tudo aos gritos, eram os colegas, afinal estava ainda neste mundo, curioso era saber a minha reaçao se apenas tivesse conhecimento da doutrina catolica, com isto quero dizer que existe influencia e muito naquilo em que nos acreditamos, ou seja o nosso cerebro grava tudo e depois faz tipo um reset e bem tudo á memoria, ainda mais se tivermos tido varias vidas...

Porque achaste que te viriam buscar?

Eu acredito que quando morremos o espírito reage mediante a evolução espiritual que tem, para além de pesarem também as influências que lhe foram injectadas durante essa vida, as convicções em que acredita na altura da morte influenciam a sua reacção.

Para um espírito que veio pouco conhecedor do processo, ou seja, que ainda viveu poucas vezes a experiência da reencarnação e que, durante essa vida, sempre teve a convicção que não tinha lugar no céu, dificilmente se irá dirigir para a Luz, a luz é como que a nossa estrela polar, para os que apenas se lembram que é para lá que devem seguir, muitas das ajudas dos espíritas é apenas essa, encaminhar os espíritos jovens e que não sabem para onde ir, dizendo-lhes que devem seguir na direcção da Luz.

Um espírito médio dirige-se logo para lá e vai encontrando as entidades que se cruzaram com ele ao longo das vidas, aquelas que para si tiveram alguma relevância, para que se sinta em casa.

À medida que se vai tendo mais experiência, perde-se a necessidade de ter alguém à espera.

Isto é aquilo em que acredito, da mesma forma que penso que quando alguém morre não se deve chorar a sua partida, somos egoístas, isso é uma grande crueldade, eu tenho a tendência a colocar-me no lugar dos outros, cada um devia fazer o mesmo.

Quando eu morrer e for por aí acima toda contente com o sentimento de dever cumprido e pronta para outra, vou ficar tristérrima se os meus filhos estiverem a chorar ou tristes, têm muito tempo para sentir saudades, isso vai fazer com que eu me sinta mal, como se não fosse merecedora da minha própria libertação, a vez deles chegará quando tiver de chegar, não me devem prender nem fazer-me sentir culpada.

Eu gostava que, quem fosse ao meu funeral, fosse para me ajudar a ascender, que é o que faço quando alguém morre, eu tento fazer um esforço para relembrar os momentos mais sensacionais que passei com essa pessoa, e faço toda a questão de o lembrar aos outros, garanto que funciona, as pessoas sentem-se muito mais felizes e aliviadas por se lembrarem da pessoa que morreu como uma boa recordação, isto não tem nada de mal, é apenas um até breve.

No dia do velório do avô que eu mais gostava, eu e o meu irmão estivemos a noite toda em casa, à lareira a sorrir, relembrando das peripécias que passámos com ele e a falar com ele, na verdade, acho que estivemos os 3 à lareira enquanto os outros choravam no velório.

Eu acho que nada existe por acaso, deves tentar saber porque motivo caíste, não o motivo físico, porque esse não passa de uma forma de permitir que o motivo espiritual aconteça, mas alguma coisa os teus guias te quiseram mostrar.

Sempre que somos sujeitos a situações que nos aproximam assim da morte, temos de fazer uma reflexão profunda daquilo que andamos cá a fazer.

Há 3 formas de morrer:
1ª - Quando é suposto morrermos, porque cumprimos a nossa missão;
2ª - Quando nos suicidamos, usando o livre arbítrio;
3ª - Quando nos afastámos irrecuperavelmente do caminho que traçámos.

Acerca desta última, quem nos coloca cara a cara com a morte são os nossos próprios guias, provocam o que te aconteceu, uma situação de quase-morte, o tempo em que estás sem sentidos é a tua última oportunidade, pensas que é breve, mas nesse espaço de tempo reflectiste com eles, se vires que consegues ainda chegar a algum lado, eles orientam-te e quando recuperas os sentidos vens diferente, com outra perspectiva da vida e mais coragem, se admitires que mais vale começar de novo... escolhes não sobreviver.

Esta situação acontece com o coma e com doenças terminais, é por isso que existem, são oportunidades que temos de recuperar a meio da derrota e conseguir vencer.

Não incluí o homicídio porque não acredito que não seja planeado, a única excepção é para os casos muito graves em que uma pessoa ao decidir suicidar-se arrasta consigo outro ser, isto é o mais grave por que podemos passar, a responsabilidade do acto de suicídio por si só é grave, pois não afecta apenas o envolvido, as pessoas que vão sofrer com a sua morte não vieram preparadas para isso, não tinham de passar por isso, não escolheram isso para si.

Ao arrastar uma Alma despreparada consigo, afecta-a a ela que não cumpre a sua missão, mais todos os outros que não estavam preparados para tal, nestas situações eu concordo que se deva chorar... Chorar muito e sofrer, assim ajudamos o responsável, pois ao sentir o que fez sentir aos outros, recupera-se muito mais depressa, quando voltar decerto estará preparado para aconselhar outras pessoas que estejam a pensar fazer o mesmo.

Gostava de saber o que mudaste em ti depois dessa experiência, se foi positiva espiritualmente ou não.




O equilíbrio consegue-se entre o que é espírito e o que não o é.

sim, tudo isso pelo que passei fizme ver a vida com outros olhos, mas confesso que de tanto estudar e pesquisar a espiritualidade, acho que cada vez fico com mais duvidas, é quase como caminhar numa estra cheia de curvas, estamos sempre a aprender e o que fica para traz ja nao faz sentido...

E como suportávamos viver sem dúvidas?

Se não tivermos desafios, além de andarmos aqui a vegetar, não ficávamos felizes com as descobertas.

E se já soubessemos as respostas talvez nem conseguíssemos continuar aqui.

Quando eu era pequenina perguntei ao meu pai porque é que não sabíamos as coisas, que ir para o céu era bom e andavam sempre a esconder, ele respondeu assim:

- Porque depois as pessoas que ainda não estão preparadas para compreender, achavam tão bom que já não queriam estar aqui e assim não cumpriam o que vieram cá fazer.

Eu ainda hoje acredito nisto, por isso aceito o que vem, mas não gasto o meu tempo a procurar, acredito que tudo virá quando tiver de vir.
O equilíbrio consegue-se entre o que é espírito e o que não o é.