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  • A Mulher Marinha
    Iniciado por anjinha
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A Mulher Marinha

  Há muitos anos, por alturas do repovoamento destas terras conquistadas aos mouros, houve um Senhor de nome Froião, rico-homem da terra a que deu o nome, sendo o primeiro da estirpe D. Froilano. Era ele senhor do Castelo de Froyão.
  Um dia, partiu o ilustra Senhor pêlos seus montados com três escudeiros, em busca de caça. Cavalgando pêlos montes e vales da sua terra, juntavam e matavam enorme quantidade de animais com que organizavam grandiosos festins no castelo. Era frequente encontrar o javali, a corça, o veado, etc., que eram o regalo dos caçadoresMas naquele dia, junto ao rio, D. Fraião e os que o. acompanhavam tiveram uma visão deslumbrante e inusitada: uma belíssima mulher dormia sobre a erva, mesmo na borda da água! Perante aquela visão, concluíram todos que se tratava de uma mulher marinha. Já ouvira D. Fraião falar dessas mulheres, mas nunca tinha alguma vez visto uma delas. Ali estava uma mulher marinha dormindo. Mandou o fidalgo parar todo o séquito. Desceu da montada e, impondo silêncio a todos, desceu ao rio para ver melhor a mulher que o deslumbrava.
  A mulher marinha sentiu os passos do fidalgo, acordando logo de seguida. Ao ver D. Fraião, que se aproximava, e os seus três escudeiros, quis recolher ao mar, fugindo daqueles que desconhecia. D. Froião compreendeu as intenções da mulher marinha. Chamou os escudeiros e, juntos, foram em sua perseguição, apanhando-a antes que ela se acolhesse no mar, seu lugar próprio.
  Depois de a ter apanhado e de a ter coberto com o seu manto, mandou que a colocassem sobre uma besta, levando-a de seguida para o castelo. Por onde passava todos admiravam e beleza daquela mulher. Os olhos de D. Froião, iluminados pela formosura da mulher marinha, deixaram-se conquistar, obrigando o coração a entregar-se àquele amor misterioso. No desejo de desposar a que roubara ao mar, D. Fraião fez baptizar a mulher, dando-lhe o nome de Marinha, porque saíra do mar. A partir do dia do seu baptismo chamaram-lhe D. Marinha, nome que deixou marcado nas terras onde passou a viver com o seu amado Senhor.

  (in Lendas do Vale do Minho)
: Vejo nos seus olhos seu jeito de amar, vejo no seu jeito o prazer de te amar!!!
Esquecer você seria: perder a minha identidade, mudar a minha personalidade, apagar a melhor parte da minha vida... Tudo isso porque te amo!