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  • O sexto sentido, a bússola organica dos animais
    Iniciado por Fireflight
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O sexto sentido, a bússola organica dos animais.

Pesquisas indicam que alguns animais têm uma bússola orgânica.

por Spensy Pimentel


Visão, audição, tato, paladar, olfato e... magnetismo. Ué!? Desde quando magnetismo é um sentido? Alguns cientistas apostam que sim. Eles estudam magnetocepção, que é a capacidade que um animal tem de perceber campos magnéticos, da mesma maneira que os olhos registram a luz e os ouvidos reconhecem os sons. Em algumas bactérias, como a Aquaspirillum magnetotacticum, já foram identificados cristais de magnetita que servem para orientar seus movimentos como se fossem microscópicas bússolas orgânicas. Essa teoria, porém, está mais longe de ser comprovada quando se trata de seres mais evoluídos.

A principal dúvida é se o magnetismo teria algum papel na migração de animais. "Existem dados comportamentais que sugerem um sistema sensorial sensível ao magnetismo, mas seu funcionamento ainda é pouco conhecido", diz José Carlos de Freitas, diretor do Centro de Biologia Marinha da Universidade de São Paulo. Alguns pesquisadores discordam, sustentando que o campo magnético terrestre seria muito fraco para ser detectado por animais. "Para voar, as aves precisam se orientar, mas não há ainda a comprovação de que usem o campo magnético", diz Ronald Ranvaud, fisiologista do Instituto de Ciências Biomédicas da USP.



Peixes chocantes

Várias espécies de peixes, como enguias, lampréias e arraias, entre outros, utilizam o eletromagnetismo de uma maneira, digamos, chocante, e não para se orientar. Por meio de glândulas ou músculos adaptados, eles são capazes de produzir eletricidade em seu próprio corpo, gerando choques para imobilizar suas presas ou seus agressores. O poraquê, peixe elétrico da Amazônia, dá choques de até 500 volts. Pode até não matar, mas um nadador que seja atacado corre o risco de desmaiar com o choque e morrer afogado.



Os cientistas procuram a relação entre o encalhamento de baleias e golfinhos e a ocorrência das tempestades solares, que afetam o campo geomagnético. Acredita-se que essa seja a causa da desorientação que todos os anos leva milhares desses mamíferos marinhos a encalhar nas praias de todo o planeta



Alguns tubarões, como o martelo, parecem ser sensíveis aos campos eletromagnéticos criados no corpo de suas presas pelo movimento das guelras e pelos batimentos cardíacos. Eles usariam essas informações para direcionar seus ataques

Na década de 70, pesquisadores americanos da Universidade de Cornell, em Nova York, prenderam ímãs à cabeça de pombos-correio e verificaram que seu senso de orientação ficava sensivelmente perturbado. A hipótese é que cristais de magnetita encontrados no cérebro das aves estariam diretamente ligados a seu sistema nervoso

As migrações anuais de peixes, baleias, tartarugas e aves, que viajam em grandes bandos por rotas de até 90 000 quilômetros, são um dos alvos principais das pesquisas. Já se observou que tartarugas e aves utilizam o Sol e as estrelas para se localizar. O fato de serem capazes de manter o rumo até mesmo em dias nublados sugere a hipótese do uso do magnetismo.

Fonte:super.abril


Os seres humanos possuem magnetite no cérebro; daí que, na década de 1970, uma corrente científica afirmasse que podemos sentir os campos magnéticos terrestres e orientar-nos por eles, o que nunca foi demonstrado e ainda perturba especialistas como Thorsten Ritz, da Universidade da Califórnia em Irvine. "Gostaria de empreender um estudo com populações indígenas do Pacífico, as quais se conseguem orientar em zonas com escassas referências", admite o biofísico.

Schulten mostra-se cético. Os criptocromos fazem parte do nosso arsenal proteico, mas isso não significa que nos ajudem a orientar, uma capacidade que devemos ter perdido ao longo da evolução. "A ideia de Ritz é interessante e verosímil, mas várias experiências demonstraram que o ser humano não possui essa aptidão", esclarece Schulten.

No entanto, embora se tenha estudado profusamente a forma como as aves captam os campos magnéticos, ainda não sabemos muito sobre como outras espécies o fazem. Pensa-se que as lagostas, os peixes e mamíferos como o rato utilizam sistemas baseados mais em partículas de ferro do que no mecanismo de criptocromos. Por outro lado, os tubarões e as raias parecem recorrer a um método completamente distinto, relacionado com a indução eletromagnética.

São os primeiros passos para resolver o mistério, mais ainda há muito por investigar. "O mais provável é que a próxima década venha a testemunhar as maiores descobertas nesse campo", vaticinava Thorsten Ritz num artigo da revista New Scientist.

Fonte:Superinteressante
"É sinal de uma mente educada, ser capaz de entreter uma ideia sem necessariamente aceitá-la."-Aristoteles

anokidas
Muito bom tópico Fireflight,fico triste quando as baleias e golfinhos encalham na costa terrestre e acabam por morrer. Todos os anos isto acontece :-\