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  • Porque algumas pessoas acreditam em Deus e recusam-se a acreditar em Fantasmas?
    Iniciado por IceBurn
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Eu penso que não se trata de descrença ou ignorância, trata-se sim de uma crença na não existência dos espíritos. Algures na bíblia está escrito que a "a alma que pecar positivamente morrerá" e que os mortos não estão cônscios de nada...ou seja, quem analisa a bíblia dessa forma e tem em conta essas afirmações baseia-se nessa crença de que os espíritos não existem.

dartz

Eu só não entendo como é que Deus e Diabo se insere nos fantasmas?
Então Deus é um fantasma?
Bom, de qualquer forma, Deus e Diabo, é mais uma questão de fé, de religião. Pode-se acreditar numa coisa sem nunca a ver.
Chama-se a isso fé.
Agora o que é que isto tem a ver com fantasmas? Não são propriamente uma religião. Eu não tenho fé em fantasmas. Nem vou usar um fantasma ao peito como um crucifixo.
Ninguém diz: Ai, valha-me meu fantasma!

Não consigo é entender, como é que há pessoas que misturam coisas completamente antagónicas.
Agora eu posso muito bem acreditar em Deus e Diabo ( até porque se houvesse só Deus, seria pouco credível sem a fama do Diabo - para haver bem têm de haver mal, para comparação) e não acreditar em fantasmas sim senhora. Até porque não vou misturar alhos com bugalhos.
Assim como de certeza que há gente que não acredita em Deus e Diabo e acredita em fantasmas.
Porque uma coisa não tem a ver com a outra. São coisas diferentes.
Ashesrain

concordo contigo lauviah uma coisa nao tem necessariamente a ver com outra.
são coisas distintas.

Olá

A ciência jamais provou que Deus, os fantasmas (espiritos), etc. existem. Por aí não podemos ir. Todavia a ciência também nunca provou o oposto.

Mas há evidências cientificas interessantes, a considerar de que a vida depois da vida pode existir (experiências de quase morte, casos de crianças que se lembram de uma encarnação anterior, as manifestações medíunicas, etc. Há fenómenos associados. Eles podem é ser conotados com outras explicações diferentes. Contudo existem fenómenos a necessitar de uma explicação nova, pela ciência, seja essa explicação do domínio corrente da ciência convencional, ou seja anómalo, ou paranormal. Sem uma explicação, seja ela qual for a ciência não cumpre a sua função, nesta área. Negar os factos é uma postura que não me convence. A percepção extra-sensorial está estatisticamente demonstrada pela ciência. A experiência mais famosa, perfeitamente repetivel, é a da telepatia (experiência ganzfeld)

Todavia a existência de Deus não é derivada da observação de fenómenos, mas da ideia de que o universo foi criado, e, para além disso, foi criado por uma entidade inteligente, todavia não humana. Nós humanos jamais temos capacidade de criar o universo. como é muito óbvio. pelo menos não fui eu que o criei  :laugh:. Mas nem todos pensam assim. Alguns dizem que a matéria não existe, que é uma ilusão. Não é o meu caso. Eu acredito que a matéria existe e que isso é obvio. O que não é óbvio é como é que é a matéria, na realidade, pois nós apenas conhecemos a interacção da mesma com os nossos instrumentos e sentidos materiais. Um animal pode percepcionar a matéria de forma muito diferente, ao que se pensa.   

As religiões e tradições espirituais parecem ter origem na crença, muito antiga, pré-histórica, a avaliar pelos vestígios de cultos e rituais fúnebres, pelo cuidado com os túmulos, de que o nosso "eu" sobrevive à morte. As pessoas crentes na vida depois da vida, não têm, propriamente, medo da morte, mas dos mortos. Já os não crentes, são os que mais têm medo da morte, conforme se poderá constatar. Em regra, eles irritam-se ao debater estes assuntos, querem calar os outros, tal qual os religiosos, quando alguém contraria as crenças deles. Há duas facções, na realidade, uns são crentes na vida depois da vida, outros são descrentes, mas nenhuma das facções tem fundamentos científicos. São apenas duas crenças distintas. Mas não há dúvida que a crença nos fantasmas é mesmo muito antiga.   

As escrituras antigas, Bíblia, Alcorão, os escritos das tradições Hindus (os Sutras do Yoga, de Patanjali, por exemplo), não são livros de ciência. Todavia onde há fumo, há fogo. Há ali alguma coisa, mas não necessariamente de acordo com muitas interpretações mais místicas. Devemos ouvir todos os lados.

Na minha opinião, o espiritualismo moderno, nascido no séc. XIX, com as devidos cuidados e adaptações, para se aproximar mais da ciência, e menos da superstição e dos preconceitos, acaba por nos trazer uma solução de união, para todas as crenças. A ideia de que somos espiritos imortais a habitar provisoriamente um corpo de carne pode explicar muita coisa, tanto no âmbito da ciência, como do âmbito das religiões. É  na zona de intersecção entre as religiões, as várias tradições espirituais e a ciência que se pode encontrar um modelo adequado para explicar a realidade.

Dizia Einstein: "A ciência sem a religião é coxa, a religião sem a ciência é cega".

Uma das minhas crenças é que, tudo o que é realmente novo, aquelas descobertas que fazem mudar os paradigmas, surgem sob a forma de intuição. Mas a intuição, sem a razão, seria uma amálgama de sonho e realidade. Não saberíamos onde acabava a fantasia e começava a realidade. A razão, na minha óptica, é mais útil na confirmação das hipóteses que a intuição levanta, do que propriamente na descoberta de novas realidades, que não surjam por mera dedução de outras realidades já conhecidas. As coisas que são, realmente, novas.

bem hajam       

fialves
A maioria das pessoas que acredita em Deus acredita na existência de espíritos e fantasmas, embora com outro nome: alma (no caso dos cristãos).

O que não é acreditam é que essas almas se manifestem no mundo dos vivos. São coisas diferentes.

Quanto à ligação entre Deus e os espíritos/fantasmas, é evidente. Se existe vida além da morte, quer dizer que o Universo não foi criado por acaso, como dizem os ateus. Logo, haverá uma força criadora que está na origem de todas as formas visíveis e invisíveis. Essa força primordial é Deus.

Quanto ao demónio, não é verdade, no Cristianismo, que para haver Bem tenha de haver Mal para servir de comparação. Quem acreditava nisso eram os maniqueus e os zoroástricos na Pérsia Antiga, que diziam que existiam duas divindades, uma do Bem (Aura Mazda) e outra do Mal (Ahriman). O Zoroastrismo, que deve o seu nome ao profeta Zoroastro (também chamado Zaratustra) já foi uma das grandes religiões monoteístas mundiais, mas o Islão deu cabo deles. Ainda existem alguns zoroástricos na Índia e na diáspora indiana, onde lhes chamam 'Farsis'; por exemplo, o falecido Eddie Mercury, dos Queen, era de uma família Farsi de Zanzibar.

No Cristianismo, a existência do Demónio é explicada de outra forma: Deus criou o Universo, os Anjos e os Homens. Um dos anjos, Lucífer, ficou com ciúmes por Deus ter criado o Homem e revoltou-se contra o Pai. Quis ser livre e independente e deixar de obedecer a Deus. Organizou uma revolta de anjos contra Deus, mas foi derrotado e expulso de junto de Deus. Lucífer e os seus anjos renegaram Deus e juraram destruir o Homem, afastando-o também de Deus, incutindo nele o vícios do egoísmo, do ódio, da mentira, da luxúria e da soberba, procurando fazer-lhe crer que Deus não existe.

A este respeito, recomendo a leitura de relatos de exorcismos, publicados por autores como o padre Fortea e o padre Gabriele Amorth. À sua maneira, não deixam de ser comunicações de entidades espirituais... quem acredita em tudo o que os espíritos lhes dizem, devia saber também o que estes figurões dizem quando estão a ser exorcisados. Dizem que renegaram Deus e que andam no mundo para afastar o Homem de Deus.

Dizem que são infelizes, porque foram afastados da Luz de Deus e vivem nas trevas, mas que se recusam a pedir perdão. Dizem também que simpatizam com o desejo de Homem de 'matar' Deus, já que também eles, os anjos caídos, fizeram o mesmo.

E, sobretudo, divertem-se com o sofrimento que nos causam, não com problemas como possessões ou doenças causadas por bruxarias, mas com a influência maligna que exercem sobre muitas pessoas, causando-lhes infelicidade, incutindo sentimentos de desespero, vingança, malícia, soberba, luxúria, mentira, traição, descrença em Deus, etc. É desta forma que os demónios nos afectam realmente e não com cenas à filme de exorcismo.

Saudações



Citação de: lauviah em 13 setembro, 2013, 15:49
Eu só não entendo como é que Deus e Diabo se insere nos fantasmas?
Então Deus é um fantasma?
Bom, de qualquer forma, Deus e Diabo, é mais uma questão de fé, de religião. Pode-se acreditar numa coisa sem nunca a ver.
Chama-se a isso fé.
Agora o que é que isto tem a ver com fantasmas? Não são propriamente uma religião. Eu não tenho fé em fantasmas. Nem vou usar um fantasma ao peito como um crucifixo.
Ninguém diz: Ai, valha-me meu fantasma!

Não consigo é entender, como é que há pessoas que misturam coisas completamente antagónicas.
Agora eu posso muito bem acreditar em Deus e Diabo ( até porque se houvesse só Deus, seria pouco credível sem a fama do Diabo - para haver bem têm de haver mal, para comparação) e não acreditar em fantasmas sim senhora. Até porque não vou misturar alhos com bugalhos.
Assim como de certeza que há gente que não acredita em Deus e Diabo e acredita em fantasmas.
Porque uma coisa não tem a ver com a outra. São coisas diferentes.

...Pessoalmente, acredito e respeito mais os fantasmas do que um ser imaginário criado apenas para escravizar e domar o povo.

Citação de: Intrigada7 em 17 fevereiro, 2013, 18:02
Eu penso que não se trata de descrença ou ignorância, trata-se sim de uma crença na não existência dos espíritos. Algures na bíblia está escrito que a "a alma que pecar positivamente morrerá" e que os mortos não estão cônscios de nada...ou seja, quem analisa a bíblia dessa forma e tem em conta essas afirmações baseia-se nessa crença de que os espíritos não existem.

A Biblia é formada por muitos livros, havendo uma divisão muito clara. O Antigo Testamento e o Novo Testamento, o antes de Jesus e o depois de Jesus de Nazaré. As interpretações da Biblia são sempre vagas. A Biblia não foi escrita por Deus, a não ser que suponhamos Deus à semelhança do homem. Há passagens que nos deixam alguns indícios da vida depois da vida, mas podem sempre ser interpretadas de outra forma. A parábola de Nicodemos, por exemplo, diz claramente que a carne vem da carne e o espírito vem do espírito, ou seja somos a associação de duas realidades diferentes, embora intimamente ligadas:

Diálogo com Nicodemos - 1Entre os fariseus havia um homem chamado Nicodemos, um chefe dos judeus. 2Veio ter com Jesus de noite e disse-lhe: «Rabi, nós sabemos que Tu vieste da parte de Deus, como Mestre, porque ninguém pode realizar os sinais portentosos que Tu fazes, se Deus não estiver com ele.» 3Em resposta, Jesus declarou-lhe: «Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer do Alto não pode ver o Reino de Deus.» 4Perguntou-lhe Nicodemos: «Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura poderá entrar no ventre de sua mãe outra vez, e nascer?»

"5Jesus respondeu-lhe: «Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus. 6<b>Aquilo que nasce da carne é carne, e aquilo que nasce do Espírito é espírito</b>. 7Não te admires por Eu te ter dito: 'Vós tendes de nascer do Alto.' 8O vento sopra onde quer e tu ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem nem para onde vai. Assim acontece com todo aquele que nasceu do Espírito.»"

Assim, dizer que a Bíblia afirma que não somos espíritos imortais provisoriamente encarnados é tão certo ou tão errado como dizer o contrário. A Bliblia, só por si, não é suficiente, embora possa ser um ponto de partida para a dúvida. Mas quem conhece, por ter estudado, as palavras de Jesus de Nazaré, as palavras de um homem que viveu aqui há mais de 2000 anos, percebe a grandeza de Jesus e também de Deus, e que aquelas palavras não fariam sentido se não fossemos espíritos imortais, provisoriamente encarnados. Mas a cada um a sua interpretação, cada um só vai até o respectivo entendimento permite, cada um só aprende o que tem de aprender na altura certa, quando estiver preparado/ motivado para tal. E mesmo julgando nós que conhecemos algo, podemos estar redondamente errados e iludidos. A natureza é tão complexa que transcende a capacidade de compreensão do ser humano encarnado na Terra.

Os estudos antropológicos indicam que, ao contrário do que muitos pensam, desde a pré-história que os homens têm medo dos mortos e não da morte. Os vestígios deixados pelos túmulos sugerem isso. Mas espiritualidade e a intuição do homem é uma coisa e a superstição é outra, que também existe. Ainda hoje há quem confie que o destino está escrito na palma da mão, porque não existiriam superstições na antiguidade?

Se a Biblia negasse a existência dos seres espirituais como se justificariam as manifestações paranormais que ela descreve? Que eram os demónios que Jesus expulsava senão espíritos atrasados? Acaso é mais credível que o Criador tenha vindo esculpir letras em pedra ou que os 10 mandamentos tenham sido mediunidade de efeitos físicos?

Como pode ver, tudo é discutível, se tomarmos como única referência a Biblia. E que Deus horrível e injusto ela descreve se a reencarnação não existisse. Podemos não crer nos espíritos, mas todos percebemos que o Deus que Jesus descreve é Justo. E se é Justo porque é que as pessoas eram criadas em condições tão desiguais, e ainda por cima condenadas por serem quem são logo à nascença?

Se não somos espíritos imortais, então, a meu ver, a crença mais lógica seria o ateísmo, e o mais lógico era crer que somos apenas corpos de carne mortais. E, nesta última possibilidade, se a vida não tem um propósito superior, somos meras máquinas de carne. E não há mérito nem desmérito. Um grande homem, um génio da ciência, da música, das artes, em relação aos outros todos seria apenas como uma couve que, por alguma razão natural cresceu mais do que as outras, porque estava em solo mais fértil, porque era mais bem irrigada, por exemplo. Seriamos apenas "a besta sadia, cadáver adiado que procria". E os egos inflamados dos poderosos e dos que se consideram sábios, inteligentes geniais, seriam apenas manifestações ridículas de estúpidas máquinas iludidas de que são gente, de que não são máquinas. Pois máquinas não têm mérito. Depois de destruídas são montes de lixo sem utilidade. E os nossos corpos de carne são apenas montes de lixo, é apenas uma questão de tempo até apodrecerem.

Todavia existem evidências cientificas e outras. Podemos ignorá-las, mas, sem as explicar, elas não se ignoram, negam-se. E negam-se sem apresentar evidências cientificas dessa negação. Juntando essas evidências e vendo a Biblia e outros ensinamentos espirituais milenares à luz da hipótese de que somos espíritos imortais, provisoriamente associados a corpos de carne mortais, o conjunto pode fazer sentido. O que nos parece erro, impossível, ridículo, pode ser apenas uma visão deturpada e deslumbrada de uma realidade maior.

O conhecimento humano deve socorrer-se de todos pontos de vista, para que possa ser completo e dar uma perspectiva completa e complementar das coisas. Depois, cada um, segundo o respectivo entendimento, que faça a sua interpretação. Mas que não tente fazer a interpretação dos outros, pois isso é tentativa de totalitarismo, que é possível pela tendência de seguidísmo que muitas pessoas têm, para se sentirem mais seguras. Preferem alguém que dê um chão falso do que não sentir o chão debaixo dos pés. É pena que haja quem gosta mais de pensar pela cabeça dos outros do que pela própria.

Então, para refutar a existência dos  espíritos (os tais fantasmas) que se utilize algo mais credível e argumentos mais inteligentes do que simplesmente dizer que a Biblia diz outra coisa. Até porque, para provar que é isso que a Biblia diz, não basta dizê-lo, é preciso demonstrá-lo, com base na globalidade da Biblia e não apenas com uma ou duas passagens desse conjunto de livros milenares. Se quisermos provar algo apenas como uma ou duas passagens, podemos provar tudo à luz da Biblia, seja lá o que for, é uma questão de ir buscar à mesma as passagens que mais nos convierem.

Bem haja