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#30
Olá

Um obsidiado não consegue livrar-se do obsessor através de benzedeiras. Os espiritos não têm medo de rituais, nem de exorcismos. Eles riem-se disso. Trata-se da alma de pessoas como nós, eles não são estúpidos. Estando fora do corpo, eles conseguem usar a inteligência de forma ainda mais eficiente do que nós. Sabem o que estamos a pensar.

A única força contra um espirito é a elevação moral. Os bons espiritos têm uma força irresistivel, sobre os maus. Daí que nós partimos do principio de que a frequência de uma associação espirita é boa, porque acreditamos que lá existem bons espiritos, que dirigem espiritualmente as associações.

Fica sempre a dúvida se todas elas têm um bom ambiente, que permita que essa condição (a existência de bons espiritos), pois ninguém é perfeito. Mas, em principio, o facto de haver ali pessoas que trabalham gratuitamente, já denota vontade de fazer o bem. Se é suficiente, isso não sei. Mas, para além disso tentam instruir a própria pessoa. O importante não é dar o peixe, é ensinar a pescar. De qualquer modo, não sei aconselhar melhor sitio para ir, quando se tem problemas espirituais.

bem hajam  

Ligeia
Por favor utilizem o verificador ortográfico antes de submeterem os vossos posts. Grata  ;)

Fenrir
CitaçãoUm obsidiado não consegue livrar-se do obsessor através de benzedeiras. Os espiritos não têm medo de rituais, nem de exorcismos. Eles riem-se disso.

A benzedeira, fará através das rezas, uma espécie de limpeza, ou purificação, das energias-negativas impostas por obra da entidade. Exorcismos também funcionam, muito bem.

CitaçãoTrata-se da alma de pessoas como nós, eles não são estúpidos. Estando fora do corpo, eles conseguem usar a inteligência de forma ainda mais eficiente do que nós. Sabem o que estamos a pensar.

Uma pessoa como nós? Por um acaso você tem chifres? Fede a carniça? Faz pactos?

CitaçãoA única força contra um espirito é a elevação moral. Os bons espiritos têm uma força irresistivel, sobre os maus. Daí que nós partimos do principio de que a frequência de uma associação espirita é boa, porque acreditamos que lá existem bons espiritos, que dirigem espiritualmente as associações.

De fato, os Santos (bons espíritos) tem sim, uma força irresistível sobre os maus, porém, conheço pessoas que frequentam 'associações espiritas', e não adianta em nada.

Ligeia
#33
Citação de: Fenrir em 23 junho, 2012, 00:54
CitaçãoTrata-se da alma de pessoas como nós, eles não são estúpidos. Estando fora do corpo, eles conseguem usar a inteligência de forma ainda mais eficiente do que nós. Sabem o que estamos a pensar.

Uma pessoa como nós? Por um acaso você tem chifres? Fede a carniça? Faz pactos?

Desculpem interromper o vosso diálogo/debate, mas se me puderem esclarecer fico-vos grata.Se as entidades de que aqui se falam são incorpóreas (embora se manifestem através de matéria existente), de onde surge a pergunta do ter chifres? Um ser chifrudo não é apenas metafórico e uma representação humana daquilo que é entendido como entidade maléfica/Diabo/etc?... É que até se aceita que as entidades se manifestem através de pessoas vivas, agora dizer que têm uma corporeidade própria e chifres...
E o cheirar a carniça e fazer pactos, qualquer pessoa como nós é perfeitamente capaz de tal  ;)

Olá amiga Ligeia

Terá de perguntar isso ao Fenrir. Cada um de nós tem concepções do mundo diferentes. Provavelmente ele acredita no Diabo. Eu acho que é uma alegoria para simbolizar os espíritos maus e ignorantes. Na minha forma de ver, Deus é infinitamente Bom e Todo Poderoso. Nada acontece que Deus não permita. Se existem seres destinados a serem maus para a eternidade, eles teriam sido criados por Deus, ou tinham-se subtraído ao Seu poder. E então Deus não seria Todo Poderoso.

Na minha opinião o mal não existe em absoluto. O que chamamos mal é consequência da ignorância, porque aqueles que sabem o que é melhor para si mesmos e que querem progredir mais depressa, enquanto espíritos, na direcção da felicidade, fazem o bem.

A maior parte dos erros ortográficos são dos acentos no "i", não me parece grave, mas espero que agora saia melhor.

bem haja

Mephisto
#35
Citação de: _vitor_ em 23 junho, 2012, 16:24
Na minha forma de ver, Deus é infinitamente Bom e Todo Poderoso. Nada acontece que Deus não permita. Se existem seres destinados a serem maus para a eternidade, eles teriam sido criados por Deus, ou tinham-se subtraído ao Seu poder. E então Deus não seria Todo Poderoso.

Deus nunca deixa de ser Todo-Poderoso enquanto criador. A criação não é tutelar do destino que "só nós próprios" temos capacidade de traçar. O destino são múltiplas de uma matriz criadora mediada nos termos do conceito de livre-arbítrio. O homem tem apenas a capacidade de criar e destruir no seio do seu ínfimo habitat numa escala universal, sem que interfira no incessante processo de evolução e expansão do todo -universo. O espírito tem a capacidade de decidir o caminho que quer trilhar sem que afecte, consequentemente, mais que a sua própria consciência -a essência deste.
O bem e o mal são conceitos filosóficos relativos ou absolutos consoante o âmbito e a perspectiva. Enquanto conceito absoluto é determinante e irrefutável a sua existência dentro do nosso consciente, fruto de um processo civilizacional de preservação da raça transposto, entretanto, à religião (não matarás), por exemplo. Enquanto conceito relativo, enquadrado no factor equilíbrio, numa perspectiva meramente de ordem natural, confundem-se.
Só a existência do mal nos permite reconhecer o bem existente sendo que, não anulamos a supremacia de Deus enquanto realidade, por reconhecermos inequivocamente os mecanismos do mal. Anular o mal enquanto realidade, para lhe dar uma perspectiva de conceito contrário à idealização de um Deus Todo-Poderoso, omnipresente, religioso, é que torna volátil, a interpretação deste.
Com isto, não cedo à tentação de criticar o Ser religioso, pois é a linguagem de comunicação que erige essa Torre de Babel em torno do tema. Na verdade todos os caminhos vão dar a Roma -já diz o ditado- e o mundo continua a girar em torno de si mesmo e de um só Sol, nesta galáxia.
O mal existe desde que existem homens. Esta é uma verdade absoluta que a história da humanidade não consegue refutar.

Nota: Lúcifer, sem ir ao carácter religioso e alegórico do personagem, não é mais que um olhar espelhado do homem sobre a alma que carrega.

Fenrir
#36
Musifin ou Exu da Capa Preta, se trata de uma entidade que quando vida teve viveu com o título de Conde em uma época remota, mais antiga do que a própria antiguidade, algumas pesquisas relatam que pode ser encontrado parte da biografia desta entidade em uma antiga colônia, hoje denominada Pensilvânia. Foi um Bruxo com profundos conhecimentos sobre os mistérios da Magia Negra, da Alquimia, da quimbanda e dos poderes dos feitiços praticados com os elementos através da magologia. Conseguiu transpassar a barreira do tempo de sua própria existência através da prática da Magia e hoje incorpora em um médio para dar consultas e resolver problemas espirituais utilizando o seu conhecimento milenar, sua magia e seu poder de Exu. Quem recorre a esta poderosa entidade, para solucionar os seus problemas, seja ele de ordem física ou espiritual, jamais vivera em vão. Exú Capa Preta esta na hierarquia cabalística como Décimo sétimo comandado de exu calunga. Seu poder esta nas encruzilhadas e também no cemitérios, além de realizar trabalhos dentro de seu circulo cabalístico nos terreiros de kimbanda nos quais ele predomina, tem como curiador o marafó e todas as bebidas destiladas. Recebe também oferendas de pade(Farofas), carne de porco, ejé, Pimenta e etc... Ao realizar seus trabalhos se transforma num bruxo poderoso em volta da sua capa, fazendo evocações não à problemas que ele não possa solucionar.



Fig: 1/3 Musifin  Fig: 2 Hot Stuff (Brasinha)

Acho que não dá pra ser mais específico! ;D

CitaçãoDeus nunca deixa de ser Todo-Poderoso enquanto criador.
Deus Todo-Poderoso? A quem se refere? Ao Fanfarrão do Velho-Testamento? Gostaria de um dia poder ver o "poder" desta entidade. :laugh:

CitaçãoLúcifer, sem ir ao carácter religioso e alegórico do personagem, não é mais que um olhar espelhado do homem sobre a alma que carrega.
Quanta inocência... >:D


Mephisto
Citação de: Fenrir em 23 junho, 2012, 23:47
Acho que não dá pra ser mais específico! ;D

Especificares o contexto do post  ;)

Fenrir
#38
CitaçãoEspecificares o contexto do post

Cê tá brincando, né!? :P

Mephisto
#39
Citação de: Fenrir em 23 junho, 2012, 23:59
Cê tá brincando, né!? :P

Não. Estava apenas a pedir que explicasses a natureza do post. Se o propósito dele é justificar a associação representativa dos cornos nos demónios. Só isso.  ;)

Fenrir
Citação de: Mephisto em 24 junho, 2012, 00:02
Não. Estava apenas a pedir que explicasses a natureza do post. Se o propósito dele é justificar a associação representativa dos cornos aos demónios. Só isso.  ;)

Bem, neste caso, vou ser 'um pooouco' mais específico:

Hot Stuff, the Little Devil: (Brasinha, no Brasil e Portugal) era uma personagem de história em quadrinhos, publicada pela editora estadunidense Harvey Comics (responsável também por Gasparzinho e Riquinho, nomes no Brasil) a partir de outubro de 1957.

Brasinha - personagem cômico de histórias em quadrinhos, é baseado claramente no demônio cristão: chifres, tridente e cor avermelhada.

Musifin - uma das entidades que me perturba, carrega as mesmas características do demônio cristão: chifres, tridente e cor avermelhada.

Qualquer semelhança, NÃO é mera coincidência! >:D

Mephisto
#41
Citação de: Fenrir em 23 junho, 2012, 23:47

Deus Todo-Poderoso? A quem se refere? Ao Fanfarrão do Velho-Testamento? Gostaria de um dia poder ver o "poder" desta entidade. :laugh:
Quanta inocência... >:D

Não tinha reparado nesta pequena modificação. Faz o seguinte, uma vez que já tinha postado: Quando se der este caso "posta" à frente para não parecer ter ignorado isso.

Se achas que o estereotipo de Lúcifer foge da realidade da alma que o Ser Humano carrega, então, não sei se a inocência é minha ou tua. Mas tudo bem  ;).
Vens-me com personagens cujas fontes bibliográficas se perdem no tempo claro está:

"Musifin ou Exu da Capa Preta, se trata de uma entidade que quando vida teve viveu com o título de Conde em uma época remota, mais antiga do que a própria antiguidade, algumas pesquisas relatam que pode ser encontrado parte da biografia desta entidade em uma antiga colônia, hoje denominada Pensilvânia. "

Relatam, mas, curiosamente, pesquisas efectuadas na net dão a informação toda por igual e fontes bibliográficas são nulas. Caríssimo, de pais de santo e magos bi-polares está o mundo cheio. Muito fascínio e pouca base.

Já agora quando me citares lê tudo como deve ser antes de questionares aquilo que por si, o texto respondia explicitamente. No embalo lê o contexto em que foi inserido.  ;)


Fenrir
#42
CitaçãoSe achas que o estereotipo de Lúcifer foge da realidade da alma que o Ser Humano carrega, então, não sei se a inocência é minha ou tua. Mas tudo bem

Eu já me envolvi com Magia-Negra, sei muito bem do que estou falando... porém, não sei se Lúcifer (portador da luz), tem algo haver com o Diabo; pois este, pertence as trevas, somente.

CitaçãoRelatam, mas, curiosamente, pesquisas efectuadas na net dão a informação toda por igual e fontes bibliográficas são nulas. Caríssimo, de pais de santo e magos bi-polares está o mundo cheio. Muito fascínio e pouca base.

Concordo, eu apenas copiei o que estava descrito no "site oficial" da entidade, em questão.



PS: O maldito Capa-Preta, fez o meu navegador travar, quando visitei seu site novamente... tive que escrever tudo de novo. :P

Olá Mephisto

A minha perspectiva pessoal sobre o assunto é a seguinte:

O mal é a uma acção que nos faz sentir infelizes, ou seja nos faz sofrer. O bem é uma acção que nos faz sentir felizes.

Bom é aquele que pratica intencionalmente acções que faz os outros felizes. Mau é aquele que pratica intencionalmente acções que fazem os outros felizes. Assim, nós não somos bons nem maus, em absoluto. Quando praticamos uma boa acção somos bons, quando praticamos uma má acção somos maus. As acções que praticamos, em regra estão entre estes dois extremos. Mas o que interessa é a real intenção (que pode não ser aquela que nós apregoamos, se não estamos a ser honestos).

O bem e o mal também funcionam para o individuo em relação a si próprio.   

A felicidade é um conceito relativo, pois o que faz uns felizes, pode não fazer os outros felizes. Como cada um não pode conhecer os pensamentos íntimos dos outros, será uma boa prática tomar-se a si próprio como referência. Assim, fazer o bem é fazer o que gostaríamos que nos fizessem e/ou aqueles que mais amamos. Fazer o mal será o oposto. Não faz sentido estabelecer uma definição de bem e de mal para nós e outra para os outros.

Estas definições são independentes de crenças espirituais.

Para olharmos sob o prisma espiritual, temos de definir as nossas crenças espirituais. 

Partindo do principio que Deus existe (definição de Deus: Inteligência Suprema, Causa Primeira de todas as coisas), se nós somos apenas meros corpos de carne, Deus não seria bom, de acordo com as definições acima indicadas. Pois, aqui na Terra, nós não nascemos todos em condições de igualdade, nem sequer de igualdade de oportunidades. Deus seria parcial. Ou, então, estava-se nas tintas para as suas criaturas. Se eu acreditasse que era um mero corpo de carne, então seria ateu, ou acreditaria em Deus, mas era indiferente ao Criador, a não ser que sofresse retaliações por isso. Nesse caso, teria de fazer como os povos primitivos(?), que tentavam "comprar" Deus com oferendas. Ou seja, tentava negociar, ou em alternativa, suicidava-me. E acabavam os sofrimentos (e as alegrias...).

Mas eu acredito que cada um de nós é uma alma imortal, provisoriamente associada a um corpo de carne. E que Deus é infinitamente Bom e Imparcial. A teoria da reencarnação é a única que permite explicar que Deus é infinitamente Bom e Justo (Imparcial). Vejamos:

- Deus criou os espíritos simples e ignorantes, sem ciência, com semelhantes oportunidades de progredir.
- Para progredirem, eles reencarnam sucessivas vezes em vários mundos materiais, para servirem de instrumento à transformação material desses mundos, para desenvolverem a inteligência e a sabedoria, e a aprenderem a conviver entre si.

"...A qualificação de mundos inferiores e mundos superiores nada tem de absoluta; é, antes, muito relativa. Tal mundo é inferior ou superior com referência aos que lhe estão acima ou abaixo, na escala progressiva..."(Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec - Instruções dos Espíritos)

Mundos inferiores

"...Os homens revestem a forma humana, mas sem nenhuma beleza. Seus instintos não têm a abrandá-los qualquer sentimento de delicadeza ou de benevolência, nem as noções do justo e do injusto. A força bruta é, entre eles, a única lei. Carentes de indústrias e de invenções, passam a vida na conquista de alimentos. Deus, entretanto, a nenhuma de suas criaturas abandona; no fundo das trevas da inteligência jaz, latente, a vaga intuição, mais ou menos desenvolvida, de um Ente supremo. Esse instinto basta para torná-los superiores uns aos outros e para lhes preparar a ascensão a uma vida mais completa, porquanto eles não são seres degradados, mas crianças que estão a crescer. Entre os degraus inferiores e os mais elevados, inúmeros outros há, e difícil é reconhecer-se nos Espíritos puros, desmaterializados e resplandecentes de glória, os que foram esses seres primitivos, do mesmo modo que no homem adulto se custa a reconhecer o embrião...(Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec - Instruções dos Espíritos)

Mundos Superiores

"...Nos mundos que chegaram a um grau superior, as condições da vida moral e material são muitíssimo diversas das da vida na Terra. Como por toda parte, a forma corpórea aí é sempre a humana, mas embelezada, aperfeiçoada e, sobretudo, purificada. O corpo nada tem da materialidade terrestre e não está, conseguintemente, sujeito às necessidades, nem às doenças ou deteriorações que a predominância da matéria provoca. Mais apurados, os sentidos são aptos a percepções a que neste mundo a grosseria da matéria obsta. A leveza específica do corpo permite locomoção rápida e fácil: em vez de se arrastar penosamente pelo solo, desliza, a bem dizer, pela superfície, ou plana na atmosfera, sem qualquer outro esforço além do da vontade, conforme se representam os anjos, ou como os antigos imaginavam os manes nos Campos Elísios. Os homens conservam, a seu grado, os traços de suas passadas migrações e se mostram a seus amigos tais quais estes os conheceram, porém, irradiando uma luz divina, transfigurados pelas impressões interiores, então sempre elevadas. Em lugar de semblantes descorados, abatidos pelos sofrimentos e paixões, a inteligência e a vida cintilam com o fulgor que os pintores hão figurado no nimbo ou auréola dos santos. A pouca resistência que a matéria oferece a Espíritos já muito adiantados torna rápido o desenvolvimento dos corpos e curta ou quase nula a infância. Isenta de cuidados e angústias, a vida é proporcionalmente muito mais longa do que na Terra. Em princípio, a
longevidade guarda proporção com o grau de adiantamento dos mundos. A morte de modo algum acarreta os horrores da decomposição; longe de causar pavor, é considerada uma transformação feliz, por isso que lá não existe a dúvida sobre o porvir. Durante a vida, a alma,
já não tendo a constringi-la a matéria compacta, expande-se e goza de uma lucidez que a coloca em estado quase permanente de emancipação e lhe consente a livre transmissão do pensamento. Nesses mundos venturosos, as relações, sempre amistosas entre os povos, jamais são perturbadas pela ambição, da parte de qualquer deles, de escravizar o seu vizinho, nem pela guerra que daí decorre. Não há senhores, nem escravos, nem privilegiados pelo nascimento; só a superioridade moral e intelectual estabelece diferença entre as condições e
dá a supremacia. A autoridade merece o respeito de todos, porque somente ao mérito é conferida e se exerce sempre com justiça. O homem não procura elevar-se acima do homem, mas acima de si mesmo, aperfeiçoando-se. Seu objectivo é galgar a categoria dos Espíritos
puros, não lhe constituindo um tormento esse desejo, porem, uma ambição nobre, que o induz a estudar com ardor para os igualar. Lá, todos os sentimentos delicados e elevados da natureza humana se acham engrandecidos e purificados; desconhecem-se os ódios, os
mesquinhos ciúmes, as baixas cobiças da inveja; uni laço de amor e fraternidade prende uns aos outros todos os homens, ajudando os mais fortes aos mais fracos. Possuem bens, em maior ou menor quantidade, conforme os tenham adquirido, mais ou menos por meio da
inteligência; ninguém, todavia, sofre, por lhe faltar o necessário, uma vez que ninguém se acha em expiação. Numa palavra: o mal, nesses mundos, não existe. No vosso, precisais do mal para sentirdes o bem; da noite, para admirardes a luz; da doença, para apreciardes a saúde. Naqueles outros não há necessidade desses contrastes. A eterna luz, a eterna beleza e a eterna serenidade da alma proporcionam uma alegria eterna, livre de ser perturbada pelas angústias da vida material, ou pelo contacto dos maus, que lá não têm acesso. Isso o que o espírito humano maior dificuldade encontra para compreender. Ele foi bastante engenhoso para pintar os tormentos do inferno, mas nunca pôde imaginar as alegrias do céu. Por quê? Porque, sendo inferior, só há experimentado dores e misérias, jamais entreviu as claridades celestes; não pode, pois, falar do que não conhece. A medida, porém, que se eleva e depura, o horizonte se lhe dilata e ele compreende o bem que está diante de si, como compreendeu o mal que lhe está atrás. Entretanto, os mundos felizes não são orbes privilegiados, visto que Deus não é parcial para qualquer de seus filhos; a todos dá os mesmos direitos e as mesmas facilidades para chegarem a tais mundos. Fá-los partir todos do mesmo ponto e a nenhum dota melhor do que aos outros; a todos são acessíveis as mais altas categorias: apenas lhes cumpre a eles conquistá-las pelo seu trabalho, alcançá-las mais depressa, ou permanecer inactivos por séculos de séculos no lodaçal da Humanidade..."(Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec - Instruções dos Espíritos)

Mundos de expiações e de provas (A Terra!)

Que vos direi dos mundos de expiações que já não saibais, pois basta observeis o em que habitais? A superioridade da inteligência, em grande número dos seus habitantes, indica que a Terra não é um mundo primitivo, destinado à encarnação dos Espíritos que acabaram de sair das mãos do Criador. As qualidades inatas que eles trazem consigo constituem a prova de que já viveram e realizaram certo progresso. Mas,
também, os numerosos vícios a que se mostram propensos constituem o índice de grande imperfeição moral. Por isso os colocou num mundo ingrato, para expiarem aí suas faltas, mediante penoso trabalho e misérias da vida, até que hajam merecido ascender a um planeta mais ditoso. Entretanto, nem todos os Espíritos que encarnam na Terra vão para aí em expiação..."(Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec - Instruções dos Espíritos)


"...Os Espíritos em expiação, se nos podemos exprimir dessa forma, são exóticos, na Terra; já tiveram noutros mundos, donde foram excluídos em conseqüência da sua obstinação no mal e por se haverem constituído, em tais mundos, causa de perturbação para os bons. Tiveram de ser degradados, por algum tempo, para o meio de Espíritos mais atrasados, com a missão de fazer que estes últimos avançassem, pois que levam consigo inteligências desenvolvidas e o gérmen dos conhecimentos que adquiriram. Daí vem que os Espíritos em punição se encontram no seio das raças mais inteligentes. Por isso mesmo, para essas raças é que de mais amargor se revestem Os infortúnios da vida.

A Terra, conseguintemente, oferece um dos tipos de mundos expiatórios, cuja variedade é infinita, mas revelando todos, como carácter comum, o servirem de lugar de exílio para Espíritos rebeldes à lei de Deus. Esses Espíritos tem aí de lutar, ao mesmo tempo, com a perversidade dos homens e com a inclemência da Natureza, duplo e árduo trabalho que simultâneamente desenvolve as
qualidades do coração e as da inteligência. E assim que Deus, em sua bondade, faz que o próprio castigo redunde em proveito do progresso do Espírito...(Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec - Instruções dos Espíritos) 


Mundos regeneradores

16. Entre as estrelas que cintilam na abóbada azul do firmamento, quantos mundos não haverá como o vosso, destinados pelo Senhor à expiação e à provação! Mas, também os há mais miseráveis e melhores, como os há de transição, que se podem denominar de
regeneradores. Cada turbilhão planetário, a deslocar-se no espaço em torno de um centro comum, arrasta consigo seus mundos primitivos, de exílio, de provas, de regeneração e de felicidade. Já se vos há falado de mundos onde a alma recém-nascida é colocada, quando
ainda ignorante do bem e do mal, mas com a possibilidade de caminhar para Deus, senhora de si mesma, na posse do livre-arbítrio. Já também se vos revelou de que amplas faculdades é dotada a alma para praticar o bem. Mas, ah! há as que sucumbem, e Deus, que não as quer
aniquiladas, lhes permite irem para esses mundos onde, de encarnação em encarnação, elas se depuram, regeneram e voltam dignas da glória que lhes fora destinada. Os mundos regeneradores servem de transição entre os mundos de expiação e os mundos felizes. A alma penitente encontra neles a calma e o repouso e acaba por depurar-se. Sem dúvida, em tais mundos o homem ainda se acha sujeito às leis que regem a matéria; a Humanidade experimenta as vossas sensações e desejos, mas liberta das paixões desordenadas de que sois escravos, isenta do orgulho que impõe silêncio ao coração, da inveja que a tortura, do ódio que a sufoca. Em todas as frontes, vê-se escrita a palavra amor; perfeita equidade preside às relações sociais, todos reconhecem Deus e tentam caminhar para Ele, cumprindo-lhe as leis.
Nesses mundos, todavia, ainda não existe a felicidade perfeita, mas a aurora da felicidade. O homem lá é ainda de carne e, por isso, sujeito às vicissitudes de que libertos só se acham os seres completamente desmaterializados. Ainda tem de suportar provas, porém,
sem as pungentes angústias da expiação. Comparados à Terra, esses mundos são bastante ditosos e muitos dentre vós se alegrariam de habitá-los, pois que eles representam a calma após a tempestade, a convalescença após a moléstia cruel. Contudo, menos absorvido pelas
coisas materiais, o homem divisa, melhor do que vós, o futuro; compreende a existência de outros gozos prometidos pelo Senhor aos que deles se mostrem dignos, quando a morte lhes houver de novo ceifado os corpos, a fim de lhes outorgar a verdadeira vida. Então, liberta, a
alma pairará acima de todos os horizontes. Não mais sentidos materiais e grosseiros; somente os sentidos de um perispírito puro e celeste, a aspirar as emanações do próprio Deus, nos aromas de amor e de caridade que do seu seio emanam. Mas, ah! nesses mundos, ainda falível é o homem e o Espírito do mal não há perdido completamente o seu império. Não avançar é recuar, e, se o homem não se houver
firmado bastante na senda do bem, pode recair nos mundos de expiação, onde, então, novas e mais terríveis provas o aguardam.
Contemplai, pois, à noite, à hora do repouso e da prece, a abóbada azulada e, das inúmeras esferas que brilham sobre as vossas cabeças, indagai de vós mesmos quais as que conduzem a Deus e pedi-lhe que uni mundo regenerador vos abra seu seio, após a expiação
na Terra..."(Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec - Instruções dos Espíritos) 

Esta descrição breve da vida em vários mundos, dá-nos a ideia de como são os seus habitantes e de como são os espíritos que neles encarnam.

Os espíritos não são, portanto, maus ou bons, são mais ignorantes ou menos ignorantes, mais desenvolvidos ou menos desenvolvidos. As suas acções são condizentes com o seu desenvolvimento. Todos progridem, não há espíritos destinados eternamente a fazer o mal.   
             
bem hajam

Citação de: Mephisto em 23 junho, 2012, 20:11
Deus nunca deixa de ser Todo-Poderoso enquanto criador. A criação não é tutelar do destino que "só nós próprios" temos capacidade de traçar. O destino são múltiplas de uma matriz criadora mediada nos termos do conceito de livre-arbítrio. O homem tem apenas a capacidade de criar e destruir no seio do seu ínfimo habitat numa escala universal, sem que interfira no incessante processo de evolução e expansão do todo -universo. O espírito tem a capacidade de decidir o caminho que quer trilhar sem que afecte, consequentemente, mais que a sua própria consciência -a essência deste.
O bem e o mal são conceitos filosóficos relativos ou absolutos consoante o âmbito e a perspectiva. Enquanto conceito absoluto é determinante e irrefutável a sua existência dentro do nosso consciente, fruto de um processo civilizacional de preservação da raça transposto, entretanto, à religião (não matarás), por exemplo. Enquanto conceito relativo, enquadrado no factor equilíbrio, numa perspectiva meramente de ordem natural, confundem-se.
Só a existência do mal nos permite reconhecer o bem existente sendo que, não anulamos a supremacia de Deus enquanto realidade, por reconhecermos inequivocamente os mecanismos do mal. Anular o mal enquanto realidade, para lhe dar uma perspectiva de conceito contrário à idealização de um Deus Todo-Poderoso, omnipresente, religioso, é que torna volátil, a interpretação deste.
Com isto, não cedo à tentação de criticar o Ser religioso, pois é a linguagem de comunicação que erige essa Torre de Babel em torno do tema. Na verdade todos os caminhos vão dar a Roma -já diz o ditado- e o mundo continua a girar em torno de si mesmo e de um só Sol, nesta galáxia.
O mal existe desde que existem homens. Esta é uma verdade absoluta que a história da humanidade não consegue refutar.

Nota: Lúcifer, sem ir ao carácter religioso e alegórico do personagem, não é mais que um olhar espelhado do homem sobre a alma que carrega.

Na minha forma de ver, se o Bem (Deus) existe o mal também existe (Diabo) porque segundo a biblia, coisa que acredito, o diabo foi um anjo que se rebelou contra Deus, tal como um filho que se revolta contra um pai e dai surgiu a maldade. Desde o inicio dos tempos esse anjo queria governar tanto como Deus nas coisas da Terra e do Universo, por isso tentou Eva e Adão. Então é verdade que o mal existe desde o inicio dos tempos. E acredito que Deus, não-material, é todo o nosso espírito, e parte de uma motivação do ser humano que por vezes tem uma ideia errada do que é ser religioso e acreditar em Deus.
Por exemplo, as guerras religiosas dão se pelo facto de as pessoas elevaram as suas crenças. Se Deus é espiritual ele não se pode elevar sobre outras crenças, as pessoas é que fazem disso motivo para vários problemas. Devemos ter a nossa fé, o nosso credo mas não influenciar ou rebaixar os outros.
Terá tudo na vida uma explicação? E na morte? Quem explica o facto de que tudo tem solução menos a morte?