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  • O Hinduísmo - pequena abordagem
    Iniciado por César Pedrosa
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"No terceiro milénio a.C. havia, junto dos rios Indo e Ganges, uma civilização já bastante avançada. Entre 2000 e 1500 a.C. o povo ariano destrói essa civilização e estabelece ali a religião védica. Veneram muitos deuses. Entretanto aparecem os Upanishadas que forneceram uma nova direcção para a tradição védica. O seu estudo deu lugar ao bramanismo (religião dos sacerdotes, Brâhmanes) e depois, no início da nossa era o hinduísmo."

A religião védica, consiste numa mitologia muito elaborada. Os deuses do Veda, como diz no Rig-Veda são seres activos que intervêm com naturalidade nos assuntos humanos. Enumeram-se normalmente 33, dividindo-os em deuses terrestres, e deuses celestes, estes 1ºs chamados de seres do espaço intermédio, depois dividem-nos por guerreiros, e patronos de certas funções ( tal como nós fazemos com os anjos e santos...) Eles normalmente chamam-lhe Devas.
Já agora é uma religião totalmente de rito, ou seja rituais, sem espaço para a fé.
a grande demanda é que o ritual não sofra qualquer tipo de erro comparativamente com a 1ª vez que foi efectuado.
"Religião de exactidão ritual e confiança na sua eficácia ignora o elemento Fé". (O Hinduísmo, Louis Renou, pág. 25)

"A teologia hindu se fundamenta no culto aos avatares (manifestações corporais) da divindade suprema, Brâman. Particular destaque é dado à Trimurti - uma trindade constituída por Brama (Brahma), Xiva (Shiva) e Vixnu (Vishnu). Tradicionalmente o culto directo aos membros da Trimurti é relativamente raro - em vez disso, costumam-se cultuar avatares mais específicos e mais próximos da realidade cultural e psicológica dos praticantes, como por exemplo Críxena (Krishna), avatar de Vixnu e personagem central do Bagavadguitá.
O que é interessante é perceber que a sua base é uma Trindade e que depois se desconhece porque é assim...

"O hinduísmo é citado frequentemente como a "mais antiga tradição religiosa" dentre os principais grupos religiosos do mundo,[ou como a "mais antiga das principais tradições existentes".
É formado por diferentes tradições e composto por diversos tipos, e não possui um fundador. Estes tipos, sub-tradições e denominações, quando somadas, fazem do hinduísmo a terceira maior religião, depois do cristianismo e do islamismo."

O hinduísmo não tem um "sistema unificado de crenças, codificado numa declaração de fé ou um credo", mas sim é um termo abrangente, que engloba a pluralidade de fenómenos religiosos que se originaram e são baseados nas tradições védicas.
O hinduísmo é um sistema diversificado de pensamento, com crenças que abrangem o monoteísmo, politeísmo,
panteísmo, monismo e ateísmo, e o seu conceito de Deus é complexo, e está vinculado a cada uma das suas tradições e filosofias. Por vezes é tido como uma religião henoteísta (isto é, que envolve a devoção a um único deus, embora aceite a existência de outros), porém o termo é visto, da mesma maneira que os outros, como uma generalização excessiva.
As escrituras hindus se referem a entidades celestiais chamadas devas (ou devī, na sua forma feminina; devatā é usado como sinonimo de Deva em hindi), "os brilhantes", que pode ser traduzido como "deuses" ou "seres celestiais
A maior parte dos hindus acredita que o espírito ou a alma - o "eu" verdadeiro de cada pessoa, chamado de ātman — é eterno. De acordo com as teologias monistas/panteístas do hinduísmo (tais como a escola Advaita Vedanta), este Atman não pode ser distinguido, em última instância, do Brâman, o espírito supremo; estas escolas são, portanto, chamadas de não-dualistas. A meta da vida, de acordo com a escola Advaita, é chegar à conclusão que o seu ātman é idêntico ao Brâman, a alma suprema. Os Upanixades afirmam que quem que tome consciência do ātman como o âmago de si próprio estabelece uma identidade com Brâman, atingindo assim o moksha ("liberação" ou "liberdade&quot:).

Escolas dualísticas (Ver Dvaita e Bhakti) compreendem Brâman como um Ser Supremo que possui personalidade, e o/a veneram como Vixnu, Brama, Xiva ou Shakti, dependendo da seita. O ātman é dependente de Deus, enquanto o moksha depende do amor a Deus e da graça de Deus. Quando Deus é visto como um ser supremo pessoal (em lugar do princípio infinito), Deus é chamado de Ishvara ("O Senhor&quot:), Bhagavan ("O Auspicioso&quot:) ou Parameshwara ("O Senhor Supremo". As interpretações de Ishvara variam, no entanto, da não-crença no Ishvara dos seguidores do Mimamsakas, até a sua identificação com Brâman, pelo Advaita. Na maior parte das tradições do vixnuísmo Deus é Vixnu, e o texto das escrituras desta denominação identifica este Ser como Críxena,(Krisnha) por vezes chamado de svayam bhagavan. Também existem escolas, como o Samkhya, que têm tendências ateias.

Carma (Karma) pode ser traduzido literalmente como "acção", "obra" ou "feito"e pode ser descrito como a "lei moral de causa e efeito". De acordo com os Upanixades um indivíduo, conhecido como o jiva-atma, desenvolve sanskaras (impressões) a partir das acções, sejam elas físicas ou mentais. O linga sharira, um corpo mais subtil que o físico, porém menos subtil que a alma, armazena as impressões, e as carrega à vida seguinte, estabelecendo uma trajectória única para o indivíduo.Assim, o conceito de um carma infalível, neutro e universal, relaciona-se intrinsecamente à reencarnação, assim como à personalidade, característica e família de cada um. O carma une os conceitos de livre-arbítrio e destino.

O ciclo de acção, reacção, nascimento, morte e renascimento é um contínuo, chamado de samsara. A noção de reencarnação e carma é uma premissa forte do pensamento hindu. O Bagavadguitá afirma que:

"Assim como uma pessoa veste roupas novas e joga fora as roupas antigas e rasgadas, uma alma encarnada entra em novos corpos materiais, abandonando os antigos. (B.G. 2:22)[55]"

A samsara dá prazeres efémeros, que levam as pessoas a desejarem o renascimento para gozar dos prazeres de um corpo perecível. No entanto, acredita-se que escapar do mundo da samsara através do moksha assegura felicidade e paz duradouras. Acredita-se que depois de diversas reencarnações um atman eventualmente procura a união com o espírito cósmico (Brâman/Paramatman).

A meta final da vida, referida como moksha, nirvana ou samādhi, é compreendida de diversas maneiras diferentes: como uma realização da união de alguém com Deus; como a realização da relação eterna de alguém com Deus; realização da unidade de toda a existência; abnegação total e conhecimento perfeito do próprio Eu; como o alcance de uma paz mental perfeita; e como o desprendimento dos :)desejos mundanos. Tal realização libera o indivíduo da samsara e termina com o ciclo de renascimentos....
Os hindus acreditam num espírito supremo cósmico, que é adorado de muitas formas, representado por divindades individuais. O hinduísmo é centrado sobre uma variedade de práticas que são vistos como meios de ajudar o indivíduo a experimentar a divindade que está em todas as partes, e realizar a verdadeira natureza de seu Ser.

O vaso corpo de escrituras do hinduísmo se divide em shruti ("revelado&quot:) e smriti ("lembrado&quot:). Estas escrituras discutem a teologia, filosofia e a mitologia hinduísta, e fornecem informações sobre a prática do dharma (vida religiosa). Entre estes textos os Vedas e os Upanixades possuem a primazia na autoridade, importância e antiguidade. Outras escrituras importantes são os Tantras, os Ágamas, sectários, e os Puranas (AFI: [Purāṇas]), além dos épicos Maabárata (AFI: [Mahābhārata]) e Ramáiana (AFI: [Rāmāyaṇa]). O Bagavadguitá (AFI: [Bhagavad Gītā]), um tratado do Maabárata, narrado pelo deus Críxena (Krishna), costuma ser definido como um sumário dos ensinamentos espirituais dos Vedas.

Livros sagrados

- Vedas (Palavra em sânscrito que significa "conhecimento divino&quot:).

Os Vedas são hinos escritos em sânscrito arcaico do séc. XII ao V a.C. e foram cinco colecções ou Samhita, que teriam sido reveladas por Brama aos rishi, ou sábios: é o "shruti", ou revelações. Divide-se em

Rig-Veda – ou veda das estrofes, composto por mil e vinte e oito hinos dirigidos à divindade;

Yajur-Veda – ou Veda das fórmulas sacrificais, composto por cinco colecções de formulação poética;

Sarna-Veda – ou Veda das melodias compreende muitas estrofes acompanhadas quase sempre por notações musicais arcaicas para uso dos cantores.

Atharva-Veda – ou dos contos mágicos, composto por trechos cosmogónicos e místicos.

Os Vedas foram comentados, explicados e completado por outras obras.

Brâma – Série de livros que servem de comentários explicativos aos Vedas e de guia aos sacerdotes nos sacrifícios. Os mais antigos parecem situar-se no séc. VII a.C.

Upanixade – Comenta as Vedas. São textos de doutrina oculta, compostos entre o VII a.C. e a época medieval que contêm, de forma não sistematizada, os temas fundamentais filosofia indiana.

Mahabharata – Longo poema escrito ao longo de alguns séculos; é constituído por fábulas e dissertações morais sendo a mais célebre a Baghavadgita, ou canto de Bem-aventurado. Fundamento particular de devoção a Krisna, ensina a conduta correcta.

Ramayana – E o mais antigo poema épico-religioso. Compõe-se de 50000 versos e conta as aventuras do herói Rama, encarnação de Vixnu.

O hinduísmo professa três deuses principais: Brama, que vem da raiz brah e que significa crescimento. Brama é a personificação masculina do Absoluto, pai e origem de todas as coisas, criador do Universo. É representado com quatro caras e quatro braços para indicar a sua omnipotência. Está presente em todas as coisas podendo manifestar-se sob qualquer espécie humana, animal (vacas sagradas, elefante) ou mineral (rio Ganges). Víxnu é a divindade solar que preside as coisas criadas, conservando-as e fazendo-as prosperar. Xiva é oposto a Víxnu, e é chamado o "destruidor".

Festas

Uma religião com tantos deuses tem festas inumeráveis – mais de 40 por ano, variando segundo as regiões. Embora sendo difícil citá-las, indicando as principais

Durga-puja – É a festa em honra de Durga, deusa da fecundidade, esposa de Xiva. Celebra-se em Outubro – Novembro. São dez dias de procissões e cerimónias, nos templos.

Sivaratri – Em Fevereiro, em honra de Xiva, os fiéis decoram os templos e passa lá a noite.

Diwalí – Celebra-se em Outubro – Novembro, na lua nova, em honra de Lakshmi, deusa da prosperidade e da felicidade, É a festa das luzes. Vêem-se lâmpadas, por todos os lados, nos templos, nas casas, nos caminhos, no mar...

Holi – Em Fevereiro – Março, com danças e procissões, festeja a Primavera, a fecundação, o deus do amor.
Na luz e com a Luz
Bem hajam
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Wikipédia; As grandes religiões do mundo,enc.; O Hinduísmo, Louis Renou,; Net
Que a LUZ que nos une prevaleça sobre as trevas que nos afastam.
Bem Hajam

Olá!

Recomendo porque ja os li:
"Patanjali eo yoga" de Mircea Eliade,grade obra e "mitos e simbolos na arte e civelização Indianas" de Heinrich Zimmer

Para que queira desenvolcer sua cultura acerca do Imaginario Indu
...E não sabendo que era impossivel foi lá...e fez